No Interior, onde o número de postos de abastecimento é mais reduzido e, como consequência do isolamento, o transporte terrestre é vital, basta lembrar que em muitas povoações não existe abastecimento de alimentos em quantidade suficiente, quanto mais o acesso a medicamentos, a falta de combustiveis pode revelar-se particularmente problemática, sendo agravada pelo facto de estas áreas não serem contempladas pelos serviços mínimos impostos pelo Governo.
Face à reacção de pânico de muitos automobilistas, que normalmente abastecem apenas o suficiente para poucos dias e desta vez atestaram os depósitos, era óbvio que o combustível esgotou com alguma rapidez face a um aumento súbito do consumo, algo que seria óbvio para todos quantos conhecem o comportamento humano, e inevitável perante a dimensão dos depósitos dos postos.
A falta de combustíveis afecta, dramaticamente, o funcionamento de um país, e nem sequer vamos avaliar o impacto na área económica, onde sectores como o da distribuição, de que depende o abastecimento de bens de primeira necessidade, ou do turismo, que sem combustível nos aeroportos, assiste a uma queda de receitas, só para citar dois exemplos óbvios, tendo um impacto severo nas populações, com o efeito a agravar-se com o passar do tempo.
Se em apenas num par de dias assistimos a um quase caos, o prolongar seria catastrófico, com rupturas de abastecimento de bens essenciais, que, tal como aconteceu nos postos de abastecimento, sem dúvida levará a uma corrida semelhante aos supermercados, situação onde o pânico gerado será muito superior, dado estarmos a falar de bens de primeira necessidade, essenciais para a sobrevivência, e de que quase sempre resultam situações de maior conflitualidade e mesmo, possivelmente, de alguma violência.
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