A Internet Corporation for Assigned Names and Numbers (ICANN), entidade reguladora dos domínios da Internet a nível mundial, solicitou ao Departamento de Comércio dos Estados Unidos que deixe de ser tutelada pelo governo americano.
No relatório entregue pelo ICANN, considera-se que os objectivos já alcançados de entre os defenidos pelo governo americano, permitem um funcionamento autónomo, independente de qualquer tutela governamental.
Foi o próprio governo americano que solicitou ao presidente da ICANN, Paul Twomey, um relatório sobre os passos dados por esta instituição, revelando os resultados que metade do "Joint Project Agreement", onde consta o acordo contendo os objectivos necessários para libertar a ICANN de controlo oficial.
A independência do ICANN é essencial para uma maior flexibilidade da sua operação e contribuirá para uma transparência que, estando dependente do governo de um dado país, dificilmente pode ser alcançado, pelo que este passo, que há muito devia ter sido dado, será extremamente importante numa altura em que se discutem regulações que podem afectar a criação de novos tipos de domínios ou a classificação dos existentes.
sábado, fevereiro 02, 2008
VMER dependem de disponibilidade de pessoal hospitalar
Apesar de inúmeras vezes repetida pelo anterior Ministro da Saúde, a existência de 38 Viaturas Médicas de Emergência e Reanimação (VMER) em território continental não significa que este efectivo esteja permanentemente disponível e pronto para efectuar missões de socorro urgentes.
A morte de uma paciente no distrito de Bragança ocorrida na 2ª feira passada levantou, mais uma vez, esta questão que cria uma ilusão de falsa segurança, pensando que pode ser socorrido por um meio que, afinal, pode não estar disponível.
A operacionalidade das VMER depende da disponibilidade de médicos e enfermeiros dos hospitais onde estão baseadas, dado não terem um quadro de pessoal próprio, independente de qualquer unidade de saúde, pelo que poderão estar fora de serviço em períodos de algumas horas durante vários dias por semana.
O facto de serem profissionais de saúde que, fora dos seus horários normais de trabalho, tripulam as VMER tem óbvias consequências na eficácia do socorro, sobretudo nos distritos do Interior e nas zonas onde foram encerrados serviços de atendimento permanentes (SAP) ou valências em unidades de saúde.
Desta falta de recursos humanos resulta que, por exemplo, a VMER sedeada no Hospital de Chaves, está inoperacional às quartas e sextas-feiras de manhã, tendo o socorro, independentemente da gravidade, ser realizado por outros meios, que poderão ser inadequados, colocando em risco os habitantes da zona transmontana.
Se atentarmos ao facto de terem sido encerrados serviços no próprio Hospital de Chaves, que obriga a transferências para Vila Real, a indisponibilidade da VMER poderá ter consequências graves, pois os meios de que dispoem os bombeiros nem sempre são os mais adequados ao socorro, sobretudo se é necessária, por exemplo, a presença de um médico ou de equipamento de reanimação.
Este tipo de situação, comum em muitos distritos, com especial incidência no Interior, traduz-se numa segurança ilusória dadas às populações, que presumem ter nas proximidades um meio de socorro que, afinal, poderá não estar disponível para ocorrer às situações mais graves.
Sem atribuir tripulações próprias às VMER, a capacidade operacional destas fica dependente da disponibilidade de pessoal médico e de enfermagem que as opera fora do seu horário de trabalho, diminuindo a sua capacidade e criando situações de potencial perigo, pelo que será da maior importância dotá-las de pessoal próprio, com treino cada vez mais específico e que tenham na área da emergência o essencial da sua formação.
Um dos meios mais importantes do sistema de socorro, sem dúvida o mais sofisticado, merece um tratamento diferente, que potencie o investimento realizado e dele extraia a máxima rentabilidade, mantendo as VMER sempre operacionais e disponíveis para intervir quando solicitadas.
A morte de uma paciente no distrito de Bragança ocorrida na 2ª feira passada levantou, mais uma vez, esta questão que cria uma ilusão de falsa segurança, pensando que pode ser socorrido por um meio que, afinal, pode não estar disponível.
A operacionalidade das VMER depende da disponibilidade de médicos e enfermeiros dos hospitais onde estão baseadas, dado não terem um quadro de pessoal próprio, independente de qualquer unidade de saúde, pelo que poderão estar fora de serviço em períodos de algumas horas durante vários dias por semana.
O facto de serem profissionais de saúde que, fora dos seus horários normais de trabalho, tripulam as VMER tem óbvias consequências na eficácia do socorro, sobretudo nos distritos do Interior e nas zonas onde foram encerrados serviços de atendimento permanentes (SAP) ou valências em unidades de saúde.
Desta falta de recursos humanos resulta que, por exemplo, a VMER sedeada no Hospital de Chaves, está inoperacional às quartas e sextas-feiras de manhã, tendo o socorro, independentemente da gravidade, ser realizado por outros meios, que poderão ser inadequados, colocando em risco os habitantes da zona transmontana.
Se atentarmos ao facto de terem sido encerrados serviços no próprio Hospital de Chaves, que obriga a transferências para Vila Real, a indisponibilidade da VMER poderá ter consequências graves, pois os meios de que dispoem os bombeiros nem sempre são os mais adequados ao socorro, sobretudo se é necessária, por exemplo, a presença de um médico ou de equipamento de reanimação.
Este tipo de situação, comum em muitos distritos, com especial incidência no Interior, traduz-se numa segurança ilusória dadas às populações, que presumem ter nas proximidades um meio de socorro que, afinal, poderá não estar disponível para ocorrer às situações mais graves.
Sem atribuir tripulações próprias às VMER, a capacidade operacional destas fica dependente da disponibilidade de pessoal médico e de enfermagem que as opera fora do seu horário de trabalho, diminuindo a sua capacidade e criando situações de potencial perigo, pelo que será da maior importância dotá-las de pessoal próprio, com treino cada vez mais específico e que tenham na área da emergência o essencial da sua formação.
Um dos meios mais importantes do sistema de socorro, sem dúvida o mais sofisticado, merece um tratamento diferente, que potencie o investimento realizado e dele extraia a máxima rentabilidade, mantendo as VMER sempre operacionais e disponíveis para intervir quando solicitadas.
sexta-feira, fevereiro 01, 2008
Desfibrilador automático Philips HeartStart Defibrillator
Desfibrilador Philips HeartStart Defibrillator
O desfibrilador automático Philips HeartStart Defibrillator foi concebido para ser utilizado por pessoal não especializado, apenas com uma formação no seu uso, e tem como mercado principal as pequenas empresas, aviões ou espaços comerciais, mas pode ser utilizado por qualquer entidade responsável por missões de socorro.
Este modelo inclui todos os acessórios necessários para o uso em adultos, como as almofadas de contacto, mala de transporte, manual e guia de referência rápida, para além de uma bateria recarregável com 4 anos de duração.
A sua utilização é extremamente fácil, dado que fornece indicações por voz, em inglês, durante todo o processo, interpretando as acções do utilizador e acompanhando a reanimação mesmo quando esta envolve respiração boa a boca ou massagem cardiaca.
Os sensores permitem avaliar o estado da vítima, recorrendo a descargas eléctricas apenas em caso de necessidade e com a voltagem necessária, recorrendo a um algoritmo de avaliação que envolve um sistema baseado em "microchips".
Este modelo realiza um auto-teste diário, de modo a estar sempre pronto para ser usado, avisando em caso de ser necessária manutenção ou recarga.
É possível adquirir este tipo de equipamento, com acessórios e uma garantia de 5 anos por um preço de aproximadamente 800 euros, a que acrescem portes e taxas alfandegárias, mas a sua valia, atestada por mais de 175.000 unidades vendidas, poderá justificar este valor numa única utilização.
Algumas perguntas sem resposta relacionadas com o socorro
As alterações introduzidas na rede hospitalar e nas urgências levam-nos a formular um conjunto de perguntas sem resposta relacionadas com o socorro, para as quais ainda não encontramos resposta nos planos do Governo.
Entre as questões que consideramos essencial vermos respondidas encontram-se as seguintes:
Qual o meio de socorro primário adequado para esta situação?
Quanto demora a chegar ao local da ocorrência, em condições de difícil circulação e/ou com más condições climáticas?
Que alternativas existem, caso o percurso inicialmente previsto esteja intransitável?
Que meio socorro secundário adequado pode ser accionado caso o meio primário esteja ou fique indisponível?
Quanto demora a alternativa a chegar ao local da ocorrência, em condições de difícil circulação e/ou más condições climáticas?
Que alternativas existem, caso o percurso inicialmente previsto para o meio secundário esteja intransitável?
Estas questões têm que ser colocadas para cada localidade onde seja necessário prestar socorro de modo a que os meios disponíveis sejam posicionados de onde possam acorrer e chegar ao seu destino dentro do espaço de tempo determinado.
Será este, sem dúvida, um processo complexo e trabalhoso, mas só quando for possível garantir que cada ponto do território nacional está coberto por um socorro eficaz, capaz de comparecer dentro de um espaço de tempo pré determinado e com os meios adequados a cada ocorrência se pode falar em termos de rede nacional.
No entanto, não queremos com o aperfeiçoamento da organização e da coordenação do socorro substituir cuidados que devem ser prestados em unidades hospitalares, erro em que tem caido o processo de reorganização em curso, misturando funções que cabem a entidades distintas.
Enquanto não houver resposta para as questões colocadas e preferencialmente, for possível âs populações, através de um mapa interactivo, ver qual o meio disponível para cada local, o caminho a percorrer, o tempo estimado e que alternativas existem, dificilmente qualquer reforma do mapa hospitalar poderá ter sucesso e ser compreendido pelos utentes do Serviço Nacional de Saúde.
Entre as questões que consideramos essencial vermos respondidas encontram-se as seguintes:
Qual o meio de socorro primário adequado para esta situação?
Quanto demora a chegar ao local da ocorrência, em condições de difícil circulação e/ou com más condições climáticas?
Que alternativas existem, caso o percurso inicialmente previsto esteja intransitável?
Que meio socorro secundário adequado pode ser accionado caso o meio primário esteja ou fique indisponível?
Quanto demora a alternativa a chegar ao local da ocorrência, em condições de difícil circulação e/ou más condições climáticas?
Que alternativas existem, caso o percurso inicialmente previsto para o meio secundário esteja intransitável?
Estas questões têm que ser colocadas para cada localidade onde seja necessário prestar socorro de modo a que os meios disponíveis sejam posicionados de onde possam acorrer e chegar ao seu destino dentro do espaço de tempo determinado.
Será este, sem dúvida, um processo complexo e trabalhoso, mas só quando for possível garantir que cada ponto do território nacional está coberto por um socorro eficaz, capaz de comparecer dentro de um espaço de tempo pré determinado e com os meios adequados a cada ocorrência se pode falar em termos de rede nacional.
No entanto, não queremos com o aperfeiçoamento da organização e da coordenação do socorro substituir cuidados que devem ser prestados em unidades hospitalares, erro em que tem caido o processo de reorganização em curso, misturando funções que cabem a entidades distintas.
Enquanto não houver resposta para as questões colocadas e preferencialmente, for possível âs populações, através de um mapa interactivo, ver qual o meio disponível para cada local, o caminho a percorrer, o tempo estimado e que alternativas existem, dificilmente qualquer reforma do mapa hospitalar poderá ter sucesso e ser compreendido pelos utentes do Serviço Nacional de Saúde.
quinta-feira, janeiro 31, 2008
Não haverá mais encerramentos de urgências sem alternativas
Um dos muitos SAP perdidos neste País
Apesar da intenção de manter a actual política de reformas na área da Saúde, abrangendo a rede hospitalar, e de assegurar que não haverá recuos, surge agora a promessa de que serão criadas alternativas antes de qualquer novo encerramento.
As declarações do primeiro-ministro, que poderão parecer prudentes, confirmam o que todos sabemos, ou seja, que se procedeu a encerramentos sem criar alternativas, colocando conscientemente em risco as populações apenas devido a uma questão de controle de despesas.
A gravidade destas afirmações, que só por sí deviam atingir contornos de autêntico escândalo público, correspondem a uma autêntica confissão, confirmando a irresponsabilidade de um conjunto de decisões políticas das quais resultou, quase certamente, a perda de vidas humanas devido às deficiências do socorro prestado.
Espera-se que o compasso de espera que, inevitavelmente, teremos pela frente, permita repensar muitos dos planos traçados e responder a um conjunto de perguntas que continuam em aberto e brevemente aqui formularemos, e que podem comprometer o socorro em Portugal.
Uma panaceia chamada GPS
Quando surge algum problema de falta de coordenação, comunicação ou simples incompetência, é normal pensar que as novas tecnologias são uma espécie de panaceia para todos os males e dispensam o mais elementar dos raciocínios.
Após o descalabro público resultante do atendimento a uma vítima de queda, em Alijó, a primeira ideia não é a de atacar a raiz do problema, seja repensando o encerramento das urgências hospitalares, seja a nível da formação e da profissionalização do socorro, mas tão somente a de instalar um sistema de orientação nas ambulâncias.
Colocar um GPS nas viaturas de emergência, e nem sequer estamos a falar de um sistema capaz de transmitir a sua posição para uma central de coordenação, foi a solução proposta, aliada à referenciação geográfica das chamadas de pedido de socorro, há muito prometido, mas sempre adiado por razões mais financeiras do que técnicas.
Na verdade, se pensarmos nas vantagens do sistema e as aplicarmos ao que ocorreu em Alijó, provavelmente nada teria mudado, com a excepção da conversa inicial onde a operadora poderia ter identificado a origem da chamada sem mais delongas, mas a partir daí não teria sido o facto de as ambulância terem um GPS que teria aumentado a sua disponibilidade, nem este equipamento podia aumentar a velocidade de uma viatura de emergência médica que se deslocava em condições climáticas difíceis.
As novas tecnologias são essenciais como complemento, com uma mera ferramenta capaz de potenciar aquilo que uma estrutura organizada e bem treinada, mas não corigem erros estruturais ou organizacionais nem substituem uma formação profissional adequada.
Adicionar novas ferramentas a um profundo erro pode, no limite, ter um efeito perverso de apaziguar críticas, acalmar ânimos e simular uma tentativa de resolução do problema, mas rapidamente ser revelará um castelo de cartas e os efeitos da sua implementação serão pouco mais do que o dispêndio inútil de verbas que seriam mais bem aplicadas noutra área, como na formação de pessoal ou na manutenção das urgências em locais isolados.
Após o descalabro público resultante do atendimento a uma vítima de queda, em Alijó, a primeira ideia não é a de atacar a raiz do problema, seja repensando o encerramento das urgências hospitalares, seja a nível da formação e da profissionalização do socorro, mas tão somente a de instalar um sistema de orientação nas ambulâncias.
Colocar um GPS nas viaturas de emergência, e nem sequer estamos a falar de um sistema capaz de transmitir a sua posição para uma central de coordenação, foi a solução proposta, aliada à referenciação geográfica das chamadas de pedido de socorro, há muito prometido, mas sempre adiado por razões mais financeiras do que técnicas.
Na verdade, se pensarmos nas vantagens do sistema e as aplicarmos ao que ocorreu em Alijó, provavelmente nada teria mudado, com a excepção da conversa inicial onde a operadora poderia ter identificado a origem da chamada sem mais delongas, mas a partir daí não teria sido o facto de as ambulância terem um GPS que teria aumentado a sua disponibilidade, nem este equipamento podia aumentar a velocidade de uma viatura de emergência médica que se deslocava em condições climáticas difíceis.
As novas tecnologias são essenciais como complemento, com uma mera ferramenta capaz de potenciar aquilo que uma estrutura organizada e bem treinada, mas não corigem erros estruturais ou organizacionais nem substituem uma formação profissional adequada.
Adicionar novas ferramentas a um profundo erro pode, no limite, ter um efeito perverso de apaziguar críticas, acalmar ânimos e simular uma tentativa de resolução do problema, mas rapidamente ser revelará um castelo de cartas e os efeitos da sua implementação serão pouco mais do que o dispêndio inútil de verbas que seriam mais bem aplicadas noutra área, como na formação de pessoal ou na manutenção das urgências em locais isolados.
quarta-feira, janeiro 30, 2008
CompeGPS apresenta mapas digitais
Mapa da zona de Marrakesh em África
Os mapas são vendidos em DVD, existindo, atualmente, para diversos países europeus, incluindo a Espanha, a Alemanha e a Finlândia, bem como, em resoluções mais baixas, para outros continentes.
Os mapas podem ser adquiridos em conjunto com o CompeGPS Land, a um preço inferior ao dos produtos comprados individualmente, e foram adaptados a um formato vetorial que facilite o uso com este programa.
Obviamente, questões relacionadas com a calibragem, "datuns" ou outras que por vezes dificultam a utilização de mapas digitais não se sentirão por parte de quem recorrer a estes mapas que se encontram prontos a ser utilizados.
Chamamos a atenção para o facto de a colecção de 515 mapas que cobrem o continente africano são de origem soviética e têm parte da informação em cirílico, com tradução para inglês, podendo ser adquiridos na totalidade ou nas zonas correspondentes ao Norte e ao Sul, divididos pela linha do equador.
Com preços entre os 89 os 149 euros, os mapas do CompeGPS podem parecer caros, mas se verificarmos que a cobertura intergral do território espanhol à escala 1/25.000 fica dentro destes valores e compararmos com o preço de uma colecção semelhante de mapas militares portugueses, podemos concluir que o valor será adequado.
Esta é uma sugestão que se destina, sobretudo, aos dirigentes de clubes de todo o terreno ou aos organizadores de expedições, que muitas vezes se confrontam com dificuldades na obtenção de mapas de algumas zonas de eleição, como Marrocos ou a Tunísia.
Demitiu-se o ministro da Saúde
O ministro demissionário, Correia de Campos
A falta de credibilidade resultante de uma política que consideramos errada, aliada a uma manifesta incapacidade de explicar as alterações que pretendia introduzir no Serviço Nacional de Saúde, cujas consequências para os cidadãos todos conhecemos, tornavam insustentável a manutenção por mais tempo de Correia de Campos à frente do ministério da Saúde sem que as cada vez maiores dificuldades que enfrentava permitissem qualquer acção governativa.
A ausência de planeamento, a opção por encerrar antes de implementar alternativas, a ideia de que o socorro pode substituir serviços de urgência, as deficiências de coordenação entre instituições e organismos e todo um extenso conjunto de problemas que, tal como tantos outros, temos vindo a denunciar e condenar, há muito que antecipavam este desfecho, não obstante as palavras do titular do cargo, presente diariamente em noticiários televisivos onde tentava esconder as evidências.
No entanto, não é a substituição do ministro que, só por sí, vai resolver os problemas que se têm avolumado, que resultam não apenas da acção anterior protagonista, mas de uma linha política determinada a nível superior e que envolve outros decisores que se mantêm em funções.
Esta será, sobretudo, uma oportunidade para credibilizar o ministério da Saúde, mas, mantendo-se a mesma linha de acção, as tréguas serão curtas e a nova titular do cargo em breve estará numa situação semelhante à do seu predecessor, com a desvantagem de uma muito menor tolerância perante qualquer novo incidente que surja.
Caso este temporário "estado de graça" não seja utilizado para suspender um conjunto de medidas que, independentemente do seu mérito, só podem avançar quando todo o conjunto em que se incluem estiver completo e depois de devidamente explicadas às populações, o desgaste da nova titular do cargo será extremamente rápido e em breve não terá maior autoridade política do que o seu antecessor.
terça-feira, janeiro 29, 2008
Windows XP "Service Pack" 3 "Release Candidate" disponível para download
Écran do Windows XP com SP3 instalado
Esta actualização inclui, essencialmente, um conjunto de alterações, melhoramentos ou correcções que têm vindo a ser disponibilizados de forma avulsa, tendo sido acrescentados alguns "updates".
Os "Release Candidate" são versões pós-beta, que serão no essencial idênticas às que serão disponibilizadas como defenitivas, mas podem ainda ter alguns erros, pelo que a sua instalação deve apenas ser feita em equipamentos que não desempenhem tarefas ou missões críticas e após salvaguarda dos dados nele contidos.
Este "Service Pack" inclui poucas novidades, tendo como intenção consolidar diversos "updates" que antes estavam dispersos e não introduz diferenças significativas no Windows XP, pelo que será de equacionar com prudência a sua instalação dado serem escassas as melhorias sentidas.
Técnicos de emergência exigem reorganização do socorro
Um comunicado da Associação Nacional dos Técnicos de Emergência Pré Hospitalar (ANTEPH) veio pedir ao Governo "medidas claras" para a reorganização do socorro em Portugal.
A ANTEPH pretende que sejam implementadas medidas urgentes, como a "profissionalização" das tripulações das ambulâncias de socorro, pertencentes aos bombeiros, a criação de centrais integradas de emergência médica e a suspensão da actual política de encerramentos de unidades de saúde.
Citando eventos recentes, como as que têm ocorrido no distrito de Vila Real, a ANTEPH considera existir uma "clara falta de apoios que o Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) e a Autoridade Nacional de Protecção Civil têm dado às corporações de bombeiros, uma vez que são do conhecimento de todos e nada foi feito para serem corrigidas" e que os problemas crescentes na emergência pré-hospitalar se deve à "política de desintegração do socorro, utilizadas pelo INEM, através da megalomania de ter uma rede de ambulâncias próprias, desapoiando as estruturas já existentes".
Apesar do aumento do número de tripulações profissionais ao serviço do INEM, estas continuam em franca minoria, sendo de lamentar que a falta de formação dada a muitos dos elementos adstritos a equipas de socorro os impeça de recorrer aos equipamentos mais sofisticados que estão disponíveis.
Neste último aspecto, devemos recordar a mais de uma centena de desfibriladores automáticos, semelhantes aos usados em muitos aviões comerciais, que estão fora de serviço devido à falta de formação das tripulações das ambulâncias.
Este facto é tanto mais lamentável quando um desfibrilador é um instrumento essencial para a reanimação e se nos lembrarmos que os modelos automáticos permitem uma utilização fácil e segura, para a qual a formação necessária é rápida e pode ser ministrada com facilidade por instrutores qualificados.
Torna-se cada vez mais dolorosamente evidente que unidades ou valências na área da saúde foram encerradas sem que uma alternativa viável, que não pode passar unicamente pelo reforço dos meios de socorro, estivessem disponíveis e a funcionar em pleno.
As consequências de um planeamento evidentemente deficiente, que assume contornos de negligência ao não prever todo um conjunto de situações que eram inevitáveis e têm como resultado a perda de vidas humanas, deviam há muito ter tido consequências políticas e a suspensão imediata de todo o processo.
Lamenta-se que a teimosia continue a impedir alguns governantes de arrepiar caminho e corrigir um conjunto de erros que se têm vindo a multiplicar, deixando atrás de sí uma longa série de vítimas, das quais só as que são denunciadas pela comunicação social têm vindo a público.
A ANTEPH pretende que sejam implementadas medidas urgentes, como a "profissionalização" das tripulações das ambulâncias de socorro, pertencentes aos bombeiros, a criação de centrais integradas de emergência médica e a suspensão da actual política de encerramentos de unidades de saúde.
Citando eventos recentes, como as que têm ocorrido no distrito de Vila Real, a ANTEPH considera existir uma "clara falta de apoios que o Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) e a Autoridade Nacional de Protecção Civil têm dado às corporações de bombeiros, uma vez que são do conhecimento de todos e nada foi feito para serem corrigidas" e que os problemas crescentes na emergência pré-hospitalar se deve à "política de desintegração do socorro, utilizadas pelo INEM, através da megalomania de ter uma rede de ambulâncias próprias, desapoiando as estruturas já existentes".
Apesar do aumento do número de tripulações profissionais ao serviço do INEM, estas continuam em franca minoria, sendo de lamentar que a falta de formação dada a muitos dos elementos adstritos a equipas de socorro os impeça de recorrer aos equipamentos mais sofisticados que estão disponíveis.
Neste último aspecto, devemos recordar a mais de uma centena de desfibriladores automáticos, semelhantes aos usados em muitos aviões comerciais, que estão fora de serviço devido à falta de formação das tripulações das ambulâncias.
Este facto é tanto mais lamentável quando um desfibrilador é um instrumento essencial para a reanimação e se nos lembrarmos que os modelos automáticos permitem uma utilização fácil e segura, para a qual a formação necessária é rápida e pode ser ministrada com facilidade por instrutores qualificados.
Torna-se cada vez mais dolorosamente evidente que unidades ou valências na área da saúde foram encerradas sem que uma alternativa viável, que não pode passar unicamente pelo reforço dos meios de socorro, estivessem disponíveis e a funcionar em pleno.
As consequências de um planeamento evidentemente deficiente, que assume contornos de negligência ao não prever todo um conjunto de situações que eram inevitáveis e têm como resultado a perda de vidas humanas, deviam há muito ter tido consequências políticas e a suspensão imediata de todo o processo.
Lamenta-se que a teimosia continue a impedir alguns governantes de arrepiar caminho e corrigir um conjunto de erros que se têm vindo a multiplicar, deixando atrás de sí uma longa série de vítimas, das quais só as que são denunciadas pela comunicação social têm vindo a público.
segunda-feira, janeiro 28, 2008
Polar Rose desenvolve sistema de reconhecimento facial
A Polar Rose, uma empresa sueca especializada no desenvolvimento de "software" de reconhecimento facial vai disponibilizar um serviço "on-line" nesta área, esperando tê-lo operacional até ao próximo Verão.
Vai ser disponibilizado um "software" gratuito, destinado a pesquisar fotos armazenadas localmente ou "on-line", recorrendo a tecnologias de reconhecimento que identificam caraterísticas específicas de cada rosto.
Estas caraterísticas comparáveis são obtidas através do "software" que identifica um conjunto de pontos chave e converte os dados de imagens bidimensionais em modelos tridimensionais, dando origem ao que é designado por "impressões faciais".
Será com base na identificação de pontos que serão estabelecidos um conjunto de dados antropométricos que incluem proporções faciais, formatos, distâncias e outros valores quantificaveis que possam ser usados em pesquisas.
Os sistemas de reconhecimento facial têm vindo a ganhar importância, com utilização nas mais diversas áreas, sobretudo no controle de presenças ou na elaboração de bases de dados.
Vai ser disponibilizado um "software" gratuito, destinado a pesquisar fotos armazenadas localmente ou "on-line", recorrendo a tecnologias de reconhecimento que identificam caraterísticas específicas de cada rosto.
Estas caraterísticas comparáveis são obtidas através do "software" que identifica um conjunto de pontos chave e converte os dados de imagens bidimensionais em modelos tridimensionais, dando origem ao que é designado por "impressões faciais".
Será com base na identificação de pontos que serão estabelecidos um conjunto de dados antropométricos que incluem proporções faciais, formatos, distâncias e outros valores quantificaveis que possam ser usados em pesquisas.
Os sistemas de reconhecimento facial têm vindo a ganhar importância, com utilização nas mais diversas áreas, sobretudo no controle de presenças ou na elaboração de bases de dados.
Impacto no socorro do aumento de serviços de transporte - 2ª parte
Ambulância dos bombeiros em Lisboa
Submeter um sistema de socorro a um esforço prolongado, sobrecarregando-o com missões que deveriam ser da responsabilidade de outras entidades, pode levar a um colapso em zonas onde uma combinação de factores, como o maior número de quilómetros a percorrer, a escassez de efectivos e meios ou as dificuldades climáticas resultem num desgaste rápido.
Por outro lado, não foi devidamente acautelada a saúde financeira das corporações, que suportam a esmagadora maioria dos serviços, nem a sua disponibilidade em termos de meios e de efectivos, sendo que a maior exigência horária, aliada a uma desertificação do Interior, pode resultar na necessidade de recorrer cada vez mais a pessoal contratado.
Esta possibilidade, de que pode resultar o colapso financeiro das corporações com menos recursos, arrastaria consigo não apenas o sistema de socorro, mas a própria assistência médica, cada vez mais dependente do sistema de evacuação e transporte, resultando em sérios problemas não apenas na prestação do socorro, mas de cuidados médicos primários às populações.
Verifica-se que, efectivamente, houve muito pouco planeamento e uma evidente falha no equacionar de todos os efeitos colaterais resultantes do encerramento de unidades de saúde, sendo que as consequências não serão imediatas, mas irão agravar-se à medida que o dispositivo de socorro, devido à sobrecarga de trabalho, aumentar o tempo de resposta ou começar a falhar em alturas de maior pressão.
As reais consequências desta política, que classificamos como desastrosa, será sentida, sobretudo, no próximo Verão, quando a combinação de incêndios florestais, férias e desgaste de meses de esforço acrescido se farão sentir com maior intensidade e mais graves efeitos nas populações do Interior.
Esta previsão, que esperamos não se verifique, mas que acreditamos estar devidamente fundamentada, significa, inevitavelmente, perda de vidas humanas e um cada vez maior risco para os que desempenham missões na área do socorro, resultante de uma combinação de maior desgaste, aumento dos quilómetros a percorrer, maior sentido de urgência e pressão contínua para manter em funcionamento um dispositivo em franca degradação.
Espera-se que nos meses que medeiam até ao próximo Verão, uma análise cuidadosa e o bom senso levem à adopção de medidas que estabilizem e melhorem o actual dispositivo e reponham o nível de segurança existente antes das absurdas modificações a que assistimos nos dias de hoje.
domingo, janeiro 27, 2008
Detector de monóxido de carbono
Detector de monóxido de carbono
A morte por inalação de monóxido de carbono de uma bombeira numa viatura de comunicações e comando, ocorrida em 2006, mas lembrada num texto recente, levou-nos a reflectir sobre a necessidade de implementar um sistema de detecção que previna novas mortes.
Este detector de monóxido de carbono modelo 9CO5-UK, que encontramos no EBay inglês, obedece às regulamentações daquele país e funciona a pilhas, pelo que a sua montagem não depende de qualquer circuito de alimentação.
Os detectores podem ser adquiridos em quantidade, a preços mais vantajosos, vindo embalados individualmente, com folha de instruções em inglês, sendo que para unidades adquiridas isoladamente, o preço anda pela dúzia de euros a que acrescem portes.
Este é um equipamento de segurança de baixo custo, cuja necessidade em veículos que sejam estacionados nas proximidades de incêndios ou operem geradores é absolutamente essencial, mas que também não deve ser ignorado por todos quantos usem gás nas suas casas.
Por um valor módico, este aparelho ou um equivalente pode dar um acréscimo de segurança que não deve ser negligenciado, sobretudo pelos responsáveis por quantos têm que desempenhar missões em áreas onde este perigo esteja mais presente.
Impacto no socorro do aumento de serviços de transporte - 1ª parte
Ambulância dos Bombeiros de Vidago
Com o encerramento ou a redução de horários de centros de saúde, tem-se vindo a assistir ao posicionamento de ambulâncias nos locais onde estes funcionavam ou durante o período de encerramento, quando se verifique, por exemplo, o fecho noturno.
Estas ambulâncias, que podem pertencer ao Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) ou, em maior número, aos bombeiros, ficam, normalmente imobilizadas, numa missão que alguns pretendem que minimize o impacto da perda de um serviço de atendimento.
Obviamente, substituir um serviço e uma estrutura de atendimento por uma ambulância, por muito bem equipada que esteja e por muito qualificada que seja a tripulação é algo que, para nós, não faz qualquer sentido, podendo resultar não numa solução parcial, mas num duplo prejuizo, quando à perda da unidade de saúde se adiciona a de um meio de socorro que fica impossibilitado de cumprir a sua missão.
O encerramento de unidades de saúde, por outro lado, aumenta substancialmente o número de quilómetros a percorrer não apenas em missões de socorro, mas também em transportes, os quais acabam por ser cada vez mais morosos e empenham um maior número de recursos que, assim, ficam indisponíveis para outro tipo de missões.
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