As alterações introduzidas na rede hospitalar e nas urgências levam-nos a formular um conjunto de perguntas sem resposta relacionadas com o socorro, para as quais ainda não encontramos resposta nos planos do Governo.
Entre as questões que consideramos essencial vermos respondidas encontram-se as seguintes:
Qual o meio de socorro primário adequado para esta situação?
Quanto demora a chegar ao local da ocorrência, em condições de difícil circulação e/ou com más condições climáticas?
Que alternativas existem, caso o percurso inicialmente previsto esteja intransitável?
Que meio socorro secundário adequado pode ser accionado caso o meio primário esteja ou fique indisponível?
Quanto demora a alternativa a chegar ao local da ocorrência, em condições de difícil circulação e/ou más condições climáticas?
Que alternativas existem, caso o percurso inicialmente previsto para o meio secundário esteja intransitável?
Estas questões têm que ser colocadas para cada localidade onde seja necessário prestar socorro de modo a que os meios disponíveis sejam posicionados de onde possam acorrer e chegar ao seu destino dentro do espaço de tempo determinado.
Será este, sem dúvida, um processo complexo e trabalhoso, mas só quando for possível garantir que cada ponto do território nacional está coberto por um socorro eficaz, capaz de comparecer dentro de um espaço de tempo pré determinado e com os meios adequados a cada ocorrência se pode falar em termos de rede nacional.
No entanto, não queremos com o aperfeiçoamento da organização e da coordenação do socorro substituir cuidados que devem ser prestados em unidades hospitalares, erro em que tem caido o processo de reorganização em curso, misturando funções que cabem a entidades distintas.
Enquanto não houver resposta para as questões colocadas e preferencialmente, for possível âs populações, através de um mapa interactivo, ver qual o meio disponível para cada local, o caminho a percorrer, o tempo estimado e que alternativas existem, dificilmente qualquer reforma do mapa hospitalar poderá ter sucesso e ser compreendido pelos utentes do Serviço Nacional de Saúde.
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