terça-feira, janeiro 29, 2008

Técnicos de emergência exigem reorganização do socorro


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Desfibrilador semi-automático

Um comunicado da Associação Nacional dos Técnicos de Emergência Pré Hospitalar (ANTEPH) veio pedir ao Governo "medidas claras" para a reorganização do socorro em Portugal.

A ANTEPH pretende que sejam implementadas medidas urgentes, como a "profissionalização" das tripulações das ambulâncias de socorro, pertencentes aos bombeiros, a criação de centrais integradas de emergência médica e a suspensão da actual política de encerramentos de unidades de saúde.

Citando eventos recentes, como as que têm ocorrido no distrito de Vila Real, a ANTEPH considera existir uma "clara falta de apoios que o Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) e a Autoridade Nacional de Protecção Civil têm dado às corporações de bombeiros, uma vez que são do conhecimento de todos e nada foi feito para serem corrigidas" e que os problemas crescentes na emergência pré-hospitalar se deve à "política de desintegração do socorro, utilizadas pelo INEM, através da megalomania de ter uma rede de ambulâncias próprias, desapoiando as estruturas já existentes".

Apesar do aumento do número de tripulações profissionais ao serviço do INEM, estas continuam em franca minoria, sendo de lamentar que a falta de formação dada a muitos dos elementos adstritos a equipas de socorro os impeça de recorrer aos equipamentos mais sofisticados que estão disponíveis.

Neste último aspecto, devemos recordar a mais de uma centena de desfibriladores automáticos, semelhantes aos usados em muitos aviões comerciais, que estão fora de serviço devido à falta de formação das tripulações das ambulâncias.

Este facto é tanto mais lamentável quando um desfibrilador é um instrumento essencial para a reanimação e se nos lembrarmos que os modelos automáticos permitem uma utilização fácil e segura, para a qual a formação necessária é rápida e pode ser ministrada com facilidade por instrutores qualificados.

Torna-se cada vez mais dolorosamente evidente que unidades ou valências na área da saúde foram encerradas sem que uma alternativa viável, que não pode passar unicamente pelo reforço dos meios de socorro, estivessem disponíveis e a funcionar em pleno.

As consequências de um planeamento evidentemente deficiente, que assume contornos de negligência ao não prever todo um conjunto de situações que eram inevitáveis e têm como resultado a perda de vidas humanas, deviam há muito ter tido consequências políticas e a suspensão imediata de todo o processo.

Lamenta-se que a teimosia continue a impedir alguns governantes de arrepiar caminho e corrigir um conjunto de erros que se têm vindo a multiplicar, deixando atrás de sí uma longa série de vítimas, das quais só as que são denunciadas pela comunicação social têm vindo a público.

2 comentários:

anjo disse...

olá , este pequeno aparelho pode salvar tantas vidas e infelizmente os bombeiros não podem usar . Nos países + desenvolvidos este apararelho existe em vários locais e por isso é + facil qd existe alguma situação de paragem existe + probabilidade de sobrevivência,bjsa

Nuno Cabeçadas disse...

Olá

Vou tentar descobrir um modelo automático, de fácil utilização e barato que possa ser usado pelas corporações de bombeiros.

Penso que consigo encontrar algo perto dos 1.000 euros, que talvez estejam ao alcance de quem tiver apoio de uma autarquia ou da população.

Beijos