Devemos, no entanto, lamentar o facto de existir quem, de forma demagógica, proceda a este tipo de comparação, que carece de objectividade nem esconde o facto de, na União Europeia, Portugal ser responsável por 60% da área ardida este ano.
Também de pouco adianta apontar para questões climáticas, sabendo-se desde há muito que o clima está efectivamente a mudar e uma eventual imprevisibilidade é, em sí mesma, previsível e obriga a um planeamento ajustado a esta nova realidade, contemplando um sistema mais flexível e com uma maior rapidez de resposta.
Mesmo o elevado número de ignições, cujas causas apontam essencialmente para a negligência, enquanto a rápida propagação se deve, essencialmente, ao actual estado das florestas e matos, bem como a um Verão particularmente quente, só marginalmente pode constituir uma justificação que, quando o clima for favorável, era menorizado pelo poder político, ansioso por recolher os louros de uma falsa vitória.
No entanto, também é de salientar que apontar para o Ministério da Administração Interna, para a Autoridade Nacional de Protecção Civil ou para o dispositivo de combate, exigindo-lhes satisfações por uma situação cuja génese está na manifesta ausência de prevenção, imputáveis sobretudo à estrutura do Ministério da Agricultura e às autarquias, revela falta de conhecimento da realidade e em nada contribui para uma solução de fundo.
sábado, agosto 21, 2010
sexta-feira, agosto 20, 2010
Guinchos chineses: compra conjunta - 1ª parte
O guincho X 12 vendido na China
Obtivemos recentemente uma cotação para guinchos de 12.000 libras, por parte de um fabricante chinês, cujas características nos pareceram interessantes, sobretudo porque se afastam de alguns modelos produzidos no mesmo país e cuja qualidade nos parece duvidosa.
Este é um modelo de 12.000 libras ou 5.454 kg, com motor de 6.0 hp ou 4.5 kw, planetários de 3 estágios e uma relação de 189:1, com resistência aos elementos e mesmo à água e que inclui controle remoto e sistema de guias com roletes.
Após algumas pesquisas, o mesmo modelo de guincho foi identificado como um vendido pela Winchmax, uma empresa inglesa que salienta a qualidade do seu produto garantindo que são produzidos na mesma fábrica que produz os Superwinch, cuja reputação é indiscutível.
Arderam 92.000 hectares até meados de Agosto - 1ª parte
Um incêndio florestal em Portugal
Segundo o EFFIS, arderam este ano 92.930 hectares, ultrapassando todos os anos desta década com excepção de 2003 e 2005, e com um valor que já ultrapassa a média destes últimos dez anos, sendo que esta área excede em muito os 71.687 hectares de área ardida até 15 de Agosto que constam do relatório da Autoridade Florestal Nacional (AFN).
Para este valor, em muito contribuiram os 73.583 hectares que queimados entre os dias 01 e 17 de Agosto, sendo manifesto que este será um mês particularmente gravoso em termos de área queimada, podendo a situação prolongar-se pelo mês de Setembro.
A comparação em termos estatísticos com anos anteriores terá pouca relevância em termos de desempenho operacional, dado que as condições se alteraram de forma substancial, sobretudo porque a realidade da floresta portuguesa, e mesmo das regiões onde ocorrem a maioria dos fogos é muito diferente, pelo que nos abstemos desse tipo de comentário.
quinta-feira, agosto 19, 2010
Ligação OBD2 via "bluetooth"
Um conector ELM 327 "bluetooth"
A diferença entre os modelos USB e "bluetooth" tem apenas a ver com a ligação, dispensando este último os controladores e tendo a vantagem de não necessitar de uma conexão física, mas torna-se mais vulnerável a interferências de outros equipamentos a operar na mesma frequência e pode apresentar uma menor fiabilidade.
Em termos de "software" suportado, após estabelecida a ligação, não existem diferenças entre os dois modelos, operando exactamente da mesma forma, mas a dispensa de controladores permite à versão "bluetooth" ser utilizada em sistemas não Windows, desde que suportem este protocolo de comunicações e existam aplicações adequadas para o explorar.
O preço de um modelo "bluetooth" é ligeiramente superior ao de uma versão USB, devendo a escolha incidir sobre o que mais se adequar ao uso, lembrando que existem diversas versões do "chip" "ELM 327", pelo que se deverá optar por uma 1.4a ou superior.
Parque Nacional da Peneda-Gerês arde outra vez este ano - 2ª parte
Bombeiros no combate a um fogo em Portugal
A falta de uma utilização equilibrada, que implica o usufruto da área a todos os níveis, mas sobretudo no seu potencial turístico, tem vindo a criar uma situação que algums classificam como de desenvolvimento natural mas que, efectivamente, é de abandono e resulta no crescimento desordenado de algumas espécies e na inexistência de acessos.
O facto de os incêndios no PNPG continuarem activos há mais de uma semana, mesmo que sendo novas ocorrências, demonstra que a actual configuração deste parque não permite um combate eficaz, cabendo aos meios aéreos o papel principal no ataque aos fogos, algo que é obviamente insuficiente e obriga a uma quase suspensão durante o período da noite.
Esta opção táctica, quando imposta pelas circunstâncias resultantes do actual estado do Parque, impõe que se adoptem medidas, equilibrando ecologia e deixando tão intactas quanto possível as principais áreas da reserva, onde existam colónias de especial importância, mas aceitando que terão que se efectuar mudanças a nível de ordenamento e das acessibilidades, acabando com o actual regime de excessiva restrição.
quarta-feira, agosto 18, 2010
O "Cristo das trincheiras"
O Cristo das Trincheiras na Flandres, em 1918
A imagem foi oferecida pela França a Portugal 50 anos após a batalha, encontrando-se actualmente no Mosteiro de Santa Maria da Vitória, na Batalha, junto do túmulo do Soldado Desconhecido, e mais do que um episódio ocorrido durante a 1ª Guerra Mundial, simboliza a fé e a esperança que os militares portugueses mantiveram, mesmo nas difíceis circunstâncias que enfrentaram.
Hoje, a imagem sobre a terra queimada e devastada, homenageia todos os que lutam contra os fogos, especialmente aqueles que perderam a vida, bem como os que foram por eles afectados e que hoje merecem igualmente ser lembrados.
Nacionalizar, ordenar ou gerir - 3ª parte
Consideramos que a maioria dos proprietários aceitaria que as suas propriedades, actualmente abandonadas, caso obtivessem algum tipo de benefício, pudessem ser incorporadas em explorações, sempre na condição de manterém a propriedade e de participarem dos lucros da exploração de forma proporcional à área possuida e, eventualmente, a trabalho realizado.
Também será de considerar seja uma forma de solicitar a exclusão de uma desta áreas ordenadas, caso exista um projecto viável para o uso da propriedade, bem como a possibilidade de gestão autónoma, mas integrado num sistema mais abrangente, desde que tal não implique riscos ou prejuízo para as áreas circundantes.
Em todo o caso, o direito de propriedade deverá ser respeitado, mas o mesmo conjugado com o valor social e ecológico da terra, sempre tendo em conta que, ao contrário de outros bens, esta nunca se irá multiplicar, pelo que existe um pervilégio, mas também uma responsabilidade acrescida para quem a detém.
No entanto, independentemente da solução sectorial a adoptar, sem estar integrada numa perspectiva mais abrangente que implica uma visão estratégica do País, nem um plano para a floresta, nem para a agricultura terá possibilidades de sucesso, acabando por não ser mais do que uma mero adiar de um problema que parece só ter relevância quando os fogos devastam o pouco que ainda resta do mundo rural.
Também será de considerar seja uma forma de solicitar a exclusão de uma desta áreas ordenadas, caso exista um projecto viável para o uso da propriedade, bem como a possibilidade de gestão autónoma, mas integrado num sistema mais abrangente, desde que tal não implique riscos ou prejuízo para as áreas circundantes.
Em todo o caso, o direito de propriedade deverá ser respeitado, mas o mesmo conjugado com o valor social e ecológico da terra, sempre tendo em conta que, ao contrário de outros bens, esta nunca se irá multiplicar, pelo que existe um pervilégio, mas também uma responsabilidade acrescida para quem a detém.
No entanto, independentemente da solução sectorial a adoptar, sem estar integrada numa perspectiva mais abrangente que implica uma visão estratégica do País, nem um plano para a floresta, nem para a agricultura terá possibilidades de sucesso, acabando por não ser mais do que uma mero adiar de um problema que parece só ter relevância quando os fogos devastam o pouco que ainda resta do mundo rural.
terça-feira, agosto 17, 2010
Alguns Land Rover poderão ser feitos na Ásia
Um dos Land Rover que poderão ser feitos na Índia
A Land Rover está também em negociações com um parceiro da "joint-venture" na China, com o intuito de produzir igualmente aí alguns modelos da Jaguar e da Land Rover, pelo que se espera que uma boa parte da produção da marca abandone a Europa.
Sabendo-se que alguns mercados asiáticos estão em forte expansão e que os custos de produção aí são francamente menores, aliado ao facto de a Tata Motors ser de origem indiana, era expectável que surgisse esta deslocalização, provavelmente inevitável para a viabilidade comercial de uma marca que tem enfrentado tempos difíceis.
Com esta nova distribuição da produção e o surgimento de novos modelos, como os recentemente apresentados Range Rover, espera-se que a Land Rover tenha os lucros necessários para que outros modelos, como os Defender, tenham novas gerações devidamente actualizadas, mas seguindo as tradições de modelos anteriores.
Nacionalizar, ordenar ou gerir - 2ª parte
Uma opção seria a de haver benefícios fiscais para quem limpasse as suas matas, em vez ter na lei apenas a actual obrigação de o fazer, permitindo aos particulares que as despesas resultantes fossem deductíveis no IRS, mas tal será, consideramos insuficiente.
É de ter em conta que, para além de a maioria dos contribuintes pouco ou nada pagarem de IRS, a limpeza das matas implica não um investimento, dado que estas tendem a não ser rentáveis, mas tão somente um empate de capital, dificilmente disponível.
Se bem que o incentivo fiscal pode ser útil, manifestamente é preciso ir mais longe, sem colocar em causa direitos constitucionalmente estabelecidos, mas também sem comprometer a segurança do País, pelo que inevitavelmente o ordenamento e a estrutura fundiária têm que ser contemplados.
Apesar da manifesta falta de confiança no Estado, aceitamos que este possa assumir o controle, mas nunca a propriedade, das áreas florestais que se encontram ao abandono, englobando-as em zonas ordenadas com gestão especializada, mas funcionando sob a forma de cooperativas ou associações.
É de ter em conta que, para além de a maioria dos contribuintes pouco ou nada pagarem de IRS, a limpeza das matas implica não um investimento, dado que estas tendem a não ser rentáveis, mas tão somente um empate de capital, dificilmente disponível.
Se bem que o incentivo fiscal pode ser útil, manifestamente é preciso ir mais longe, sem colocar em causa direitos constitucionalmente estabelecidos, mas também sem comprometer a segurança do País, pelo que inevitavelmente o ordenamento e a estrutura fundiária têm que ser contemplados.
Apesar da manifesta falta de confiança no Estado, aceitamos que este possa assumir o controle, mas nunca a propriedade, das áreas florestais que se encontram ao abandono, englobando-as em zonas ordenadas com gestão especializada, mas funcionando sob a forma de cooperativas ou associações.
segunda-feira, agosto 16, 2010
Conector de diagnósticos "ELM 327" versão 1.4a - 2ª parte
Um dos muitos écrans do PCScan
O vendedor em questão inclui ainda o acesso ao seu próprio servidor, onde se encontram versões actualizadas de diversos programas, entre os quais o PCScan, que oferece um conjunto de vistas, incluindo a maioria dos parâmetros do motor, bem como capacidade de impressão de relatórios detalhados.
Esperamos brevemente, após testes, dar uma ideia mais concreta de como esta nova versão do "ELM 327" se adapta ao uso nos Land Rover e quais os programas mais eficazes para ler o conteúdo das unidades de gestão electrónica dos mesmos.
Nacionalizar, ordenar ou gerir - 1ª parte
A recente proposta formulada pelo ministro da Agricultura no sentido de que o Estado poderia assumir o controle de áreas rurais abandonadas tem sido entendida como uma forma de nacionalização e, obviamente, fortemente contestada.
Num País onde o Estado é incapaz de cuidar adequadamente das extensas áreas de que é proprietário, adicionar uma imensa superfície segundo critérios que, quaisquer que pudessem ser, seriam contestados judicialmente, demonstra um completo irrealismo e um desconhecimento da realidade que não pode deixar de lembrar a completa falta de investimento público na floresta.
Poucos ainda se lembram, mas convém recordar, que existe um imposto sobre os combustíveis, no valor de 1% e que já disponibilizou largos milhões de euros, destinados a proteger a floresta e a reflorestação, dos quais nada foi destinado ao seu propósito inicial, ficando nos cofres do Estado para outros fins.
Muito podia ser acrescentado, mas perante esta perspectiva, é manifesto que o Governo não tem sido capaz de apresentar políticas válidas na área florestal, ou mesmo agrícola, algo que, dado que não conhecemos uma visão global ou uma perspectiva de desenvolvimento para o País, surge como perfeitamente natural.
Num País onde o Estado é incapaz de cuidar adequadamente das extensas áreas de que é proprietário, adicionar uma imensa superfície segundo critérios que, quaisquer que pudessem ser, seriam contestados judicialmente, demonstra um completo irrealismo e um desconhecimento da realidade que não pode deixar de lembrar a completa falta de investimento público na floresta.
Poucos ainda se lembram, mas convém recordar, que existe um imposto sobre os combustíveis, no valor de 1% e que já disponibilizou largos milhões de euros, destinados a proteger a floresta e a reflorestação, dos quais nada foi destinado ao seu propósito inicial, ficando nos cofres do Estado para outros fins.
Muito podia ser acrescentado, mas perante esta perspectiva, é manifesto que o Governo não tem sido capaz de apresentar políticas válidas na área florestal, ou mesmo agrícola, algo que, dado que não conhecemos uma visão global ou uma perspectiva de desenvolvimento para o País, surge como perfeitamente natural.
domingo, agosto 15, 2010
Conector de diagnósticos "ELM 327" versão 1.4a - 1ª parte
Conector de diagnósticos "ELM 327" versão 1.4a
Este "interface" é genérico, multi-marcas e compatível com os veículos com conector OBD-2, o que acontece com os modelos mais recentes, suportando também o protocolo OBD anterior bem como os SAE-J1850 (PWM e VPW), ISO-9141, ISO-14230 (KWP2000) e ISO-15765 (CAN).
Muito do que escrevemos relativamente à versão anterior, é aplicável neste novo modelo, pelo que sugerimos a leitura ou releitura desses textos, mas existem alguns pequenos detalhes que se justifica acrescentar.
A versão 1.4a é compatível com as anteriores, mas o novo "chip" inclui novas instruções, é mais rápido e corrige algumas incompatibilidades ou flutuações de sinais eléctricos um implicavam, por vezes, a necessidade de desligar e voltar a ligar os anteriores equipamentos baseados no "ELM 327", sendo portanto mais fáceis de utilizar e compatíveis com um maior número de veículos.
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