sábado, março 28, 2009

Metade dos bombeiros voluntários não tem actividade operacional - 1ª parte


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Uma máquina de rastro combate um incêndio florestal

Dos perto de 43.000 bombeiros contabilizados nas 400 corporações existentes, perto de metade não desenvolverão actividade operacional, limitando-se a inflacionar os efectivos para efeitos de atribuição de subsídios.

Estes dados, anunciados pela Associação Portuguesa de Bombeiros Voluntários (APBV) resulta de um levantamento realizado e revela uma evidência facilmente intuível perante os efectivos disponíveis quer no Verão, no combate aos fogos, quer no Inverno, quando há inundações, cheias ou mau tempo.

Os recentes incêndios na Peneda-Gerês vieram expor esta realidade, com uma trintena dos oitenta efectivos a participar nas operações, sendo que esta situação pode ser extrapolada para as restantes corporações, podendo significar que apenas uns 15.000 voluntários estarão realmente disponíveis para combater as chamas.

Deve, no entanto, ser ressalvado que existe todo um conjunto de tarefas de suporte à actividade operacional que é indispensável, nas quais estão envolvidos elementos das corporações que aí dedicam o tempo que têm disponível, pelo que se deve ter um especial cuidado ao analisar estes números.

Para além dos 43.000 voluntários, existem ainda 12.000 sapadores, para além de efectivos provenientes de outras entidades, entre os quais das forças de segurança, mas a impossibilidade de prever qual a disponibilidade real de meios humanos compromete em muito qualquer planeamento operacional.

sexta-feira, março 27, 2009

Nova versão do Downadup surge a 1 de Abril


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Um efeito deste virus

Uma nova mutação do Downadup, um vírus tipo "trojan" variante do Conficker, será activada no dia 1 de Abril nas máquinas infectadas.

Esta nova versão poder gerar 50.000 novos URL's por dia e destruir o conteúdo dos computadores infectados, estimando-se que mais de 10.000.000 de equipamentos com Windows tenham sido atacados.

Como prevenção, sugere-se a instalação da correcção MS08-067, disponível no "site" da Microsoft, a instalação de actualizações no anti-vírus, o recurso a uma ferramenta adequada e a desactivação do "autorun", que podem proteger um computador em caso de ataque.

Este é um dos vírus mais perigosos que existem e podem comprometer sistemas e redes inteiras, sendo necessário tomar medidas adequadas de modo a evitar o caos que facilmente se pode instalar a nível global, razão pela qual se justifica começar, desde já, a preparar a defesa contra esta ameaça.

Incidência em áreas protegidas - 3ª parte


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Bombeiros durante um incêndio florestal

Ao invés, vedar ou dificultar acessos, impor regras que afastam as populações, limitar a actividade económica, destruindo a sustentabilidade e o equilíbrio que vigorou durante séculos, e desertificando áreas que ficarão ao abandono, fruto da falta de habitantes e de investimento, corresponde a uma destruição a prazo de um importante capital natural.

As opções seguidas têm sido, manifestamente, neste último sentido, optando o Estado por reduzir as perspectivas de sustentabilidade enquando diminui o investimento público, considerado como não prioritário numa época de crise económica e social, do que resulta um quase completo abandono e o declínio de áreas que em breve não terão merecimento de uma classificação especial.

Nesta perspectiva, perde-se um importante património, que dificilmente poderá ser recuperado nas próximas gerações, acrescendo a possibilidade de, por perda da actual classificação, estas áreas protegidas serem abertas a actividades que as comprometam para sempre.

A sustentabilidade das áreas protegidas passa por parcerias público-privadas, pela abertura a actividades turísticas e de lazer, pela mobilização da sociedade civil através de programas de voluntariado e por políticas agrícolas que voltem a fixar populações, sendo possível, com um investimento inicial moderado, obter proventos substanciais a médio e longo prazo, bastando para tal uma perspectiva de futuro integrada do desenvolvimento regional.

quinta-feira, março 26, 2009

Lanterna Petzl e+Lite (Elite) - 1ª parte


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Lanterna Petzl e+Lite (Elite)

As luzes de localização, a serem utilizadas por quem esteja perdido e a ser procurado, têm vindo a evoluir em termos de miniaturização e do aumento do período de funcionamento, existindo cada vez mais alternativas no mercado.

A Petzl e+Lite (Elite) é uma lanterna leve que pode ser posicionada em redor da cabeça, de um braço ou de um pulso, segura por uma banda elástica, ou presa ao vestuário através de um sistema de "clip", orientando-se a luz na direcção desejada.

Este sistema de iluminação é composto por três "leds" brancos e um vermelho, orientáveis em 360º, que se destina a perservar a visão noturna, sendo estes activados por um interruptor rotativo com sistema de travão que impede ligar ou desligar inadvertidamente.

Estão disponíveis modos de economia, de forma a manter a luz o máximo de tempo possível activa e outra de maior intensidade, com todos os "leds" ligados em modo intermitente.

Incidência em áreas protegidas - 2ª parte


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Bombeiros durante um incêndio florestal

Este elevado número de ocorrência, em zonas desertificadas ou afastadas das populações, nas quais não existe nem vigilância, nem um trabalho sério de prevenção e de cuidados com a manutenção de acessibilidades pode, obviamente, ter origem na acção humana, mas, mesmo que tal aconteça, existe uma óbvia cumplicidade das entidades responsáveis pela gestão desta área protegida e de quem atribui os meios de protecção.

Sem acessos, como resultado de uma opção da gestão do Parque Natural da Peneda Gerês, quase sem populações autóctones, com sérias restrições de passagem que aumentam o isolamento e dificultam a detecção e vigiado por meia dúzia de guardas, é expectável que os incêndios se sucedam, sobretudo quando se permite o crescimento desordenado de vegetação.

Quando o secretário de Estado fala de especificidades, recorre a uma terminologia correcta, mas falha no seu real significado, esquecendo que as opções da gestão do PNPG em termos de prevenção, que se baseia no isolamento de uma zona praticamente vedada, quando devia ser posta ao serviço de todos, está criada uma situação potencialmente explosiva e quase inédita a nível nacional.

A defesa de áreas protegidas passa pela sua colocação ao serviço das populações, promovendo actividades consentâneas com a sua manutenção e protecção, estimulando a actividade económica autóctone, muitas vezes tradicional e essencial para o equilíbrio ecológico, e dando os meios adequados a quem está encarregue de funções de prevenção e defesa.

quarta-feira, março 25, 2009

Lâmpada de emergência ou "strobe" - 2ª parte


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Um modelo de lâmpada de emergência

A luz, proveninente de uma lâmpada de xenon, é visível a mais de três quilómetros, num angulo de 360º e pisca 60 vezes por minuto, com uma variação de mais ou menos 10 vezes.

As dimensões deste modelo são 15.3 x 4.0 cm, tem um peso de 74 gramas e é alimentado por duas baterias alcalinas "AA" de 1.5V que permitem operar continuamente durante mais de 8 horas a perto de 1 grau negativo.

Com baterias de litium incluidas e uma garantia de um ano contra defeitos de fabrico, o preço deste equipamento certificado pela US Coast Guard anda pela vintena de Euros no EBay, onde é possível encontrar inúmeras alternativas aos mais variados preços.

Este tipo de equipamento destina-se, sobretudo, a navegantes, mas também quem se desloque em áreas de acesso remoto e onde as comunicações são difíceis de estabelecer, como zonas montanhosas ou desérticas, também pode ficar mais seguro caso transporte um destes auxiliares de localização.

Incidência em áreas protegidas - 1ª parte


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Bombeiros durante um incêndio florestal

O incêndio que lavrou durante 36 horas e destruiu perto de 400 hectares de floresta na Portela do Homem, concelho de Terras de Bouro, em pleno Parque Nacional da Peneda-Gerês será investigado pela Polícia Judiciária.

Nestes últimos dias, em que se verificaram numerosos incêndios florestais, o número de áreas protegidas atingidas voltou a ser percentualmente significativo em relação ao total, numa situação que parece vir a repetir-se nos últimos anos.

Estas ocorrências, tidas por alguns como atípicas devido à conjugação de diversos factores, como os locais das ocorrências e a época do ano fazem alguns apontar para especificidades ou particularidades sobre as quais convém refletir.

Para o secretário de Estado da Protecção Civil, José Miguel Medeiros, a origem das chamas teria origem humana, seja negligente, como através de uma queimada, ou dolosa, com a intenção e dar origem a um incêndio.

Os reacendimentos em locais remotos e de difícil acesso resultaram em acusações de fogo posto e mesmo na existência de um plano elaborado no sentido de causar o máximo de prejuizos, apesar de não ser apontado nenhum responsável, suspeito ou a quem benefecie esta destruição.

terça-feira, março 24, 2009

Lâmpada de emergência ou "strobe" - 1ª parte


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Um modelo de lâmpada de emergência ou "strobe"



As luzes de localização de emergência, também designadas por "strobe", destinam-se a facilitar a localização de um dado indivíduo à distância, pelo que devem implementar um conjunto de funcionalidades em termos de resistência, facilidade de utilização, duração e visualização a grandes distâncias que ajudem quem efectua o socorro.

No modelo que encontramos no EBay e usamos com exemplo, o corpo é em plástico ABS de alta resistência, em cor de laranja, e inclui sistemas de fixação que permitem uma montagem fácil através de "clip" ou de velcro.

O interruptor foi concebido de modo a ser activado por um movimento giratório, que pode ser facilmente efectuado com luvas calçadas ou em condições adversas, como em situações de ondulação acentuada.

Este modelo é à prova de água e pode ser submerso até três metros de profundidade sem problemas, sendo igualmente resistente à corrosão.

Fogos regressam ao Parque da Peneda-Gerês


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Um incêndio florestal

O regresso dos incêndios a áreas protegidas, entre elas o Parque Nacional da Peneda-Gerês (PNPG), volta a levantar questões quanto às acções de prevenção realizadas em áreas que deviam ter uma atenção especial por parte das autoridades oficiais.

A opção por uma estratégia de isolamento das áreas protegidas, vedando cada vez mais os acessos, incluindo a absurda imposição de portagens no PNPG, ao invês de proteger estas zonas, torna-as especialmente vulneráveis, dificultando a detecção e resultanto numa cada vez maior intransitabilidade dos caminhos florestais.

O contínuo argumento de falta de acessos, que surge como uma justificação para as dificuldades e insucesso do combate, resulta de opções erradas, que julgam que vedar as áreas protegidas, eliminando visitantes, ou optam por afastar populações que se vêm impossibilidades de resistir às restrições impostas, é algo de constante, mas as consequências, visíveis por todos, não alteram esta opção.

Como justificação, surgem as quase contínuas alegações de fogo posto, apontando para actos criminosos o que bem pode ter origem numa estratégia errada, que se limita a aumentar a vulnerabilidade e a retirar a sustentabilidade de áreas protegidas.

Quem cria os cenários é, em larga medida, a classe política, dando origem a um conjunto de permissas onde os actores acabam por se limitar a representar os papeis atribuidos, quase sem liberdade de improvisação, narrando uma história com fim conhecido.

segunda-feira, março 23, 2009

Até sempre, minha "Magrinha"!


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A "Magrinha", uma lutadora incansável

Não há palavras para exprimir toda a imensa tristeza por ver desaparecer uma amiguinha que tanto lutou para sobreviver.

Infelizmente, um vírus fulminante provocou um edema pulmonar e em questão de poucas horas o estado da "Magrinha" piorou e, não obstante os esforços médicos, foi impossível salvá-la.

Estes 30 dias que a "Magrinha" permaneceu connosco serão sempre recordados como uma história de luta, de coragem e de muita ternura e a presença desta gatinha encantadora permanecerá viva para sempre.

Uma palavra final de um reconheimento e admiração sem limites para a Mariana, que foi incansável na aplicação de todos os medicamentos e que proporcionou à "Magrinha" uma qualidade de vida que parecia impossível quando a recolhemos, e para os médicos e colaboradores da clínica veterinária João XXI que tanto lutaram por esta gatinha.

Até sempre, minha "Magrinha"!

Um Março de chamas


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Um incêndio florestal

As primeiras três semanas deste mês de Março foram das piores dos últimos anos em termos de incêndios florestais, com mais de milhar e meio de ocorrências registadas pela Autoridade Nacional de Protecção Civil (ANPC) e números que apontam para um crescendo.

Este ano já morreram pelo menos quatro pessoas em queimadas que deram origem a outros tantos incêndios, ocorridos nos concelhos de Miranda do Douro, Mogadouro, Penamacor e Pombal, facto algo ignorado pela comunicação social, mas que deve recordar a todos o peso que têm os fogos em termos de perda de vidas humanas.

As queimadas, necessárias e tradicionais, mas extremamente perigosas quando realizadas com tempo quente, tal como tem sucedido nestes últimos dias, nos quais as temperaturas têm sido superiores ao habitual, colidindo assim com alguns hábitos enraizados que apontam para esta época do ano para realizar queimadas.

É manifesto, seja pelos dados da meteorologia, seja pelos testemunhos escutados, que o clima tem mudado substancialmente nos últimos anos, mas esta alteração não tenha sido acompanhada por novas atitudes em termos de prevenção e planeamento e, menos ainda, no calendário agrícola seguido por muitos proprietários rurais que usam como base as datas tradicionais.

A combinação de factores que contribuem para o aumento de ocorrências de incêndios florestais em épocas onde estes tradicionalmente ocorriam em menor número devem-se a factores derivados da acção humana, alguns dos quais têm implicações a nível ambiental, acabando por se confundir causas e efeitos, muitos dos quais surgem como inevitabilidades.

A passividade, a resignação e a contínua desculpabilização, reforçadas pela falta de planeamento adequado como resposta a alterações evidentes que deviam obrigar a repensar toda a estratégia de combate aos fogos e o próprio planeamento rural são, efectivamente, os responsáveis que alguns tentam fazer confundir com factores exógenos e incontroláveis, que mais parecem resultar de uma maldição do que da sua própria inacção.

domingo, março 22, 2009

Incendiário condenado à morte pela morte de cinco bombeiros - 2ª parte


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Um dos inúmeros incêndios que ocorreram na Califórnia

Na altura, foi evocado a possibilidade de o acto ter como consequência previsível um acidente e que, a existir, seria muito provavelmente uma colisão frontal de que resulta tipicamente a perda de vidas humanas.

Assim, mesmo não havendo o propósito, ou sendo impossível prová-lo, o Tribunal considerou que o grau de possibilidade de tal acontecer justificava uma condenação por múltiplos homicídios, com o cúmulo jurídico, no qual entravam crimes rodoviários, a atingir o máximo possível em Portugal e que tende a ser raramente aplicado.

De certa forma, podemos fazer o paralelo com quem dispara um tiro para o meio de uma multidão não compacta, tentando visar um intervalo, mas que acaba por atingir mortalmente alguém, independentemente de tal não ser a intenção.

Para a maioria, se não para a totalidade dos Tribunais, uma morte resultante de um tal acto teria como consequência uma condenação por homicído, algo que nos surge como intuitivo e perfeitamente razoável, mas que não tem contrapartida ou equivalente em muitas outras atitudes que consideramos equivalentes.