Tal como aconteceu em anos anteriores, o período crítico de incêndios foi prolongado, concretamente até ao dia 15 de Outubro, do que resulta a manutenção do dispositivo num nível mais elevado, mantendo-se em vigor um conjunto de restrições que abrangem áreas florestais.
Assim, a proibição de algumas actividades, incluindo-se aqui a circulação em zonas florestais, essencial para muitos passeios em todo o terreno obriga a que actividades sejam adiadas para além de dia 15 de Outubro, podendo, caso as condições climatéricas assim o justifiquem, verificar-se um novo prolongamento.
Num ano em que os incêndios florestais causaram um número de vítimas e de destruição absolutamente trágico e com a previsão da manutenção do tempo quente nos próximos dias, este prolongamento era de esperar, sendo muito difícil de justificar o termo do período crítico numa altura em que se prevêm temperaturas perto dos 30º e a chuva ainda parece distante, com os solos a ficarem sucessivamente mais secos.
Aconselhamos os nossos leitores a reler a portaria que estabelece este período, bem como a legislação conexa, antes de decidir efectuar actividades em zonas florestais e esperar pelo termo do período crítico, verificando se não existe um novo prolongamento, antes de qualquer iniciativa.
sábado, setembro 30, 2017
sexta-feira, setembro 29, 2017
Cartas topográficas militares em aplicação - 2ª parte
O tipo de cartografia e escala são adaptados ao dispositivo e ao zoom utilizado no momento, recorrendo a diversos tipos de carta de acordo com a selecção das opções do utilizador, com os detalhes apresentados a dependerem das capacidades do écran e necessidades para a navegação.
Entre as várias funcionalidades está a pesquisa por toponímia e coordenadas, a navegação por azimute e distância, a leitura de ficheiros em formato KML, utilizados no Google Earth, a gravação, navegação e partilha de percursos e rotas, a definicão, visualização e partilha de "waypoints", o posicionar centralmente o utilizador no écran e rodar a cartografia de acordo com sentido de movimento.
Apesar de a aplicação ser gratuita, a utilização depende da existência de mapas, com as aquisições a terem preços que variam entre os 0.99 e os 9.99 Euros, tendo a possibilidade de, com os mapas guardados, se proceder a uma navegação "off line", essencial em zonas remotas onde a transmissão de dados pode ser impossível.
A aplicação "Cartas Militares" não inclui todas as opções de alguns dos seus rivais, caso do CompeGPS, mas tem uma facilidade de utilização muito superior, sendo de aprendizagem fácil e contando com a actualização dos mapas, feita a partir do repositório do CIGeoE, resultando numa navegação segura e rápida, sem complexidades para o utilizador.
Entre as várias funcionalidades está a pesquisa por toponímia e coordenadas, a navegação por azimute e distância, a leitura de ficheiros em formato KML, utilizados no Google Earth, a gravação, navegação e partilha de percursos e rotas, a definicão, visualização e partilha de "waypoints", o posicionar centralmente o utilizador no écran e rodar a cartografia de acordo com sentido de movimento.
Apesar de a aplicação ser gratuita, a utilização depende da existência de mapas, com as aquisições a terem preços que variam entre os 0.99 e os 9.99 Euros, tendo a possibilidade de, com os mapas guardados, se proceder a uma navegação "off line", essencial em zonas remotas onde a transmissão de dados pode ser impossível.
A aplicação "Cartas Militares" não inclui todas as opções de alguns dos seus rivais, caso do CompeGPS, mas tem uma facilidade de utilização muito superior, sendo de aprendizagem fácil e contando com a actualização dos mapas, feita a partir do repositório do CIGeoE, resultando numa navegação segura e rápida, sem complexidades para o utilizador.
quinta-feira, setembro 28, 2017
Pesquisar a privacidade no Google - 4ª parte
Também entidades comerciais acedem cada vez mais a estes dados, por vezes ilegitimamente, seja por recolha indevida, seja por aquisição a outrém, normalmente sem autorização ou com o desconhecimento de quem consta das enormes bases de dados transacionadas, por vezes por valores extremamente elevados, e quase sempre sem respeito pela privacidade de cada um, podendo consolidar toda a informação de modo a estabelecer perfís que incluam os vários cliente-tipo.
O próprio Google, entre outros, recorre a publicidade direccionada e muitos poderão interrogar-se quanto à sua adequação, por vezes estranhamente adequada ao utilizador, seja a nível de perfil, seja por um comportamento específico que nos leva a interrogar qual o nível de intrusão necessário para atingir uma precisão que será, no mínimo, suspeita, sobretudo quando directamente relacionada com o conteúdo de uma mensagem que devia, em princípio, ser inteiramente privada.
Quando coligidas, a precisão do perfil individual de cada utilizador assume contornos assustadores, podendo constar deste todas as rotinas habituais ou hábitos de consumo, mas também as deslocações menos comuns, efectuadas uma única vez, tal como os diversos tipos de interacção ou transacção, mesmo as não comerciais, e, caso sejam adicionados dados provenientes de redes sociais, será um retrato com contornos pessoais onde inclusivé algumas confidências poderão ser expostas.
Não existem formas de evitar completamente o que, no limite, pode ser uma devassa da vida privada, sendo certo de que muita informação será recolhida, independentemente da vontade de cada um, mas existem medidas e atitudes que possam minimizar o risco da sua exposição, e será nesta vertente que todos nos devemos concentrar os maiores esforços por ser onde podem ser alcançados resultados mais concretos.
O próprio Google, entre outros, recorre a publicidade direccionada e muitos poderão interrogar-se quanto à sua adequação, por vezes estranhamente adequada ao utilizador, seja a nível de perfil, seja por um comportamento específico que nos leva a interrogar qual o nível de intrusão necessário para atingir uma precisão que será, no mínimo, suspeita, sobretudo quando directamente relacionada com o conteúdo de uma mensagem que devia, em princípio, ser inteiramente privada.
Quando coligidas, a precisão do perfil individual de cada utilizador assume contornos assustadores, podendo constar deste todas as rotinas habituais ou hábitos de consumo, mas também as deslocações menos comuns, efectuadas uma única vez, tal como os diversos tipos de interacção ou transacção, mesmo as não comerciais, e, caso sejam adicionados dados provenientes de redes sociais, será um retrato com contornos pessoais onde inclusivé algumas confidências poderão ser expostas.
Não existem formas de evitar completamente o que, no limite, pode ser uma devassa da vida privada, sendo certo de que muita informação será recolhida, independentemente da vontade de cada um, mas existem medidas e atitudes que possam minimizar o risco da sua exposição, e será nesta vertente que todos nos devemos concentrar os maiores esforços por ser onde podem ser alcançados resultados mais concretos.
quarta-feira, setembro 27, 2017
Cartas topográficas militares em aplicação - 1ª parte
A aplicação "Cartas Militares" da InfoPortugal SA permite a dispositivos móveis Android ou iOS recorrer às cartas topográficas militares de todo o território nacional, nas escalas mais populares do Centro de Informação Geoespacial do Exército (CIGeoE) para efeitos de navegação.
Esta será uma opção face a outros programas, como o OziExplorer ou similares, que utilizam o mesmo tipo de cartografia, uma vez calibrada, mas cujo processo de adição de mapas é manual e obriga a conhecimentos técnicos por parte do utilizador, pelo que, mesmo com maiores potencialidades, existem dificuldades cuja resolução não estão ao alcance de todos.
Ao automatizar os procedimentos e compatibilizar os formatos com plataformas populares, como o Google Maps, esta aplicação vem resolver um conjunto de problemas inerentes a um menor "know how" ou à necessidade de utilização imediata de recursos sem que exista a necessidade de adquirir conhecimentos e experiência, única forma de obter resultados positivos em situações de maior complexidade.
Utilizando as cartas de várias escalas, incluindo a 1/500.000, 1/250.000, 1/50.000 e 1/25.000, a mais utilizada pelos praticantes do todo o terreno, a aplicação permite acompanhar em permanência o território nacional, estando presentes os diversos elementos do terreno, que incluem o relevo, hidrografia, vegetação, redes viárias, edificações e marcos de referência.
Esta será uma opção face a outros programas, como o OziExplorer ou similares, que utilizam o mesmo tipo de cartografia, uma vez calibrada, mas cujo processo de adição de mapas é manual e obriga a conhecimentos técnicos por parte do utilizador, pelo que, mesmo com maiores potencialidades, existem dificuldades cuja resolução não estão ao alcance de todos.
Ao automatizar os procedimentos e compatibilizar os formatos com plataformas populares, como o Google Maps, esta aplicação vem resolver um conjunto de problemas inerentes a um menor "know how" ou à necessidade de utilização imediata de recursos sem que exista a necessidade de adquirir conhecimentos e experiência, única forma de obter resultados positivos em situações de maior complexidade.
Utilizando as cartas de várias escalas, incluindo a 1/500.000, 1/250.000, 1/50.000 e 1/25.000, a mais utilizada pelos praticantes do todo o terreno, a aplicação permite acompanhar em permanência o território nacional, estando presentes os diversos elementos do terreno, que incluem o relevo, hidrografia, vegetação, redes viárias, edificações e marcos de referência.
terça-feira, setembro 26, 2017
Pesquisar a privacidade no Google - 3ª parte
É de notar que a opção de partilha de localização, ou "Location sharing", tem objectivos diferentes, concretamente a partilha com familiares e amigos, o que permite a indivíduos ou grupos restritos marcar um encontro num determinado local, com determinação em tempo real de trajectos e hora estimada de chegada, ou o auxílio em caso de necessidade, podendo ser activado e suspenso com facilidade e em função de situações específicas.
É difícil saber qual o conjunto de dados que o Google foi recolhendo acerca de um dado indivíduo, sem que tal seja explicito para muitos, que desconhecem os termos de utilização e a interpretação dos mesmos, e as opções de privacidade, incluindo a nível de destruição de dados, podem levantar dúvidas quanto à sua real eficácia, sendo certo que existem questões legais, decorrentes da legislação aplicável nas várias jurisdições, que dificultem ainda mais conhecer quais os dados armazenados.
Naturalmente que não é apenas o Google que regista dados dos utilizadores, sendo obrigatória a sua manutenção pelo prazo estipulado na lei por parte dos operadores de telecomunicações, os quais poderão ser facultados às autoridades judiciais nos casos e situações contemplados na legislação em vigor, e que pode ser complementada por dados recolhidos por outros meios, sobretudo electrónicos.
Se a estes vastos conjuntos de informações se adicionarem outras que são automaticamente recolhidas, como as provenientes de transações electrónicas, seja bancárias, seja a nível de sistemas de transportes ou portagens, ou da videovigilância existente em muitos locais, para usar exemplos comuns, é manifesto que a privacidade, mesmo para quem a queira manter, dificilmente é defendida pelas entidades oficiais, para as quais a sua perda representa, efectivamente, uma mais valia.
É difícil saber qual o conjunto de dados que o Google foi recolhendo acerca de um dado indivíduo, sem que tal seja explicito para muitos, que desconhecem os termos de utilização e a interpretação dos mesmos, e as opções de privacidade, incluindo a nível de destruição de dados, podem levantar dúvidas quanto à sua real eficácia, sendo certo que existem questões legais, decorrentes da legislação aplicável nas várias jurisdições, que dificultem ainda mais conhecer quais os dados armazenados.
Naturalmente que não é apenas o Google que regista dados dos utilizadores, sendo obrigatória a sua manutenção pelo prazo estipulado na lei por parte dos operadores de telecomunicações, os quais poderão ser facultados às autoridades judiciais nos casos e situações contemplados na legislação em vigor, e que pode ser complementada por dados recolhidos por outros meios, sobretudo electrónicos.
Se a estes vastos conjuntos de informações se adicionarem outras que são automaticamente recolhidas, como as provenientes de transações electrónicas, seja bancárias, seja a nível de sistemas de transportes ou portagens, ou da videovigilância existente em muitos locais, para usar exemplos comuns, é manifesto que a privacidade, mesmo para quem a queira manter, dificilmente é defendida pelas entidades oficiais, para as quais a sua perda representa, efectivamente, uma mais valia.
segunda-feira, setembro 25, 2017
Faleceu D. Manuel Martins, o "bispo vermelho"
Faleceu pelas 14:05 de domingo, aos 90 anos de idade, D. Manuel Matins, bispo emérito de Setúbal, por muitos designado pelo "bispo vermelho" pelo seu envolvimento em lutas sociais na diocese, um figura ímpar na Igreja Católica, que lutou durante toda a vida pela justiça social.
Desde que chegou à diocese de Setúbal em 1975, numa altura em que havia fome, desemprego e conflitos sociais, D. Manuel Martins teve um papel essencial no apoio aos mais necessitados, fazendo ouvir a sua voz e implementando programas para minorar os problemas então existentes.
Um seguidor do bispo de Porto, António Ferreira Gomes, admirador de D. Hélder da Câmara, o bispo de Setúbal foi essencial no reposicionamento da Igreja em termos sociais, na implementação de princípios de solidariedade presentes na doutrina, mas muitas vezes ignorados pela hierarquia, com um discurso forte que tem muitas semelhanças com o do actual Papa.
D. Manuel Martins será sempre um dos bispos que mais marcou a Igreja em Portugal, defendendo a dignidade da pessoa humana, com lucidez e liberdade, sem constrangimentos, mas pesando bem as palavras, com objectivos bem definidos e com uma orientação coerente e constante, demonstrando uma enorme capacidade de diálogo que em muito contribuiu para pacificar uma diocese tumultosa, onde as carências se avolumavam.
Desde que chegou à diocese de Setúbal em 1975, numa altura em que havia fome, desemprego e conflitos sociais, D. Manuel Martins teve um papel essencial no apoio aos mais necessitados, fazendo ouvir a sua voz e implementando programas para minorar os problemas então existentes.
Um seguidor do bispo de Porto, António Ferreira Gomes, admirador de D. Hélder da Câmara, o bispo de Setúbal foi essencial no reposicionamento da Igreja em termos sociais, na implementação de princípios de solidariedade presentes na doutrina, mas muitas vezes ignorados pela hierarquia, com um discurso forte que tem muitas semelhanças com o do actual Papa.
D. Manuel Martins será sempre um dos bispos que mais marcou a Igreja em Portugal, defendendo a dignidade da pessoa humana, com lucidez e liberdade, sem constrangimentos, mas pesando bem as palavras, com objectivos bem definidos e com uma orientação coerente e constante, demonstrando uma enorme capacidade de diálogo que em muito contribuiu para pacificar uma diocese tumultosa, onde as carências se avolumavam.
domingo, setembro 24, 2017
Land Rover Owners de Outubro de 2017 já nas bancas
Já se encontra nos locais de venda habituais a edição de Outubro de 2017 da Land Rover Owners International, com o protagonismo a ir para as saídas ou expedições de fim de semana, sendo dado exemplos em Inglaterra, Escócia, Irelanda e França, com um conjunto de informações relevantes para quem pretenda repetir uma destas experiências.
Um Defender 110 manifestamente bem equipado para expedições, como resultado de um investimento que ronda, ao câmbio actual, os 190.000 Euros, ilustra a capa, com um guia de compra e de utilização fora de estrada para os Freelander 1 e 2 e Discovery Sport igualmente a merecer destaque.
Uma rélica do famoso modelo incial de "condução central", que está na origem dos primeiros Serie, as expedições, incluindo uma de costa a costa em Inglaterra, as preparações e técnicas de condução para este tipo de actividade, utilizando diversos modelos, sendo nalguns casos específicas, podem ser extrapoladas ou servir de base para outras situações.
Estão ainda incluídos numersos artigos técnicos, entre eles a recuperação de assentos dos Defender TDCi, que podem ajudar noutros modelos, bem como a habitual apresentação de novos produtos, a que acresce a publicidade temática, para além da divulgação de actividades são interessantes e inspiradoras numa altura em que estão prestes a terminar as restrições à circulação vigentes durante o período crítico de incêndios florestais.
Um Defender 110 manifestamente bem equipado para expedições, como resultado de um investimento que ronda, ao câmbio actual, os 190.000 Euros, ilustra a capa, com um guia de compra e de utilização fora de estrada para os Freelander 1 e 2 e Discovery Sport igualmente a merecer destaque.
Uma rélica do famoso modelo incial de "condução central", que está na origem dos primeiros Serie, as expedições, incluindo uma de costa a costa em Inglaterra, as preparações e técnicas de condução para este tipo de actividade, utilizando diversos modelos, sendo nalguns casos específicas, podem ser extrapoladas ou servir de base para outras situações.
Estão ainda incluídos numersos artigos técnicos, entre eles a recuperação de assentos dos Defender TDCi, que podem ajudar noutros modelos, bem como a habitual apresentação de novos produtos, a que acresce a publicidade temática, para além da divulgação de actividades são interessantes e inspiradoras numa altura em que estão prestes a terminar as restrições à circulação vigentes durante o período crítico de incêndios florestais.
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