É de notar que a opção de partilha de localização, ou "Location sharing", tem objectivos diferentes, concretamente a partilha com familiares e amigos, o que permite a indivíduos ou grupos restritos marcar um encontro num determinado local, com determinação em tempo real de trajectos e hora estimada de chegada, ou o auxílio em caso de necessidade, podendo ser activado e suspenso com facilidade e em função de situações específicas.
É difícil saber qual o conjunto de dados que o Google foi recolhendo acerca de um dado indivíduo, sem que tal seja explicito para muitos, que desconhecem os termos de utilização e a interpretação dos mesmos, e as opções de privacidade, incluindo a nível de destruição de dados, podem levantar dúvidas quanto à sua real eficácia, sendo certo que existem questões legais, decorrentes da legislação aplicável nas várias jurisdições, que dificultem ainda mais conhecer quais os dados armazenados.
Naturalmente que não é apenas o Google que regista dados dos utilizadores, sendo obrigatória a sua manutenção pelo prazo estipulado na lei por parte dos operadores de telecomunicações, os quais poderão ser facultados às autoridades judiciais nos casos e situações contemplados na legislação em vigor, e que pode ser complementada por dados recolhidos por outros meios, sobretudo electrónicos.
Se a estes vastos conjuntos de informações se adicionarem outras que são automaticamente recolhidas, como as provenientes de transações electrónicas, seja bancárias, seja a nível de sistemas de transportes ou portagens, ou da videovigilância existente em muitos locais, para usar exemplos comuns, é manifesto que a privacidade, mesmo para quem a queira manter, dificilmente é defendida pelas entidades oficiais, para as quais a sua perda representa, efectivamente, uma mais valia.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário