A FCX apresentou uma solução para um sistema corta-corrente, de modo a que este possa ser posicionado na caixa de assentos de um Defender, ao alcance da mão, tal como deve acontecer com tudo o que está ligado a emergências, mas protegendo-o de um accionamento involuntário, que pode desligar todo o circuito eléctrico do veículo.
Para instalar este acessório é necessário cortar a caixa de assentos, eventualmente perto da bateria, e efectuar as ligações necessárias, podendo a FCX fornecer um corta-correntes de 100A, com 6 polos, respeitando as normas FIA, e que será o suficiente para a maioria das aplicações que excluam guinchos.
No conjunto está incluída a resistência de 3 Ohm, bem como os rebites e instruções para a instalação da forma mais adequada, nomeadamente aquela que permite um accionamento mais fácil e com menor probabilidade de erro, evitando ainda uma reposição do circuito através de um movimento involuntário que accione a alavanca e reponha a situação original.
O preço desta caixa da FCX é de 30 libras, acrescendo outro tanto para um corta-correntes FIA, podendo o comprador usar um que possua ou que venha a adquirir, caso 100A sejam insuficientes ou possa efectuar a compra por um preço mais favorável, sendo esta uma solução a ter em conta caso se opte por instalar um corta-corrente num Defender num local que permita o seu accionamento em caso de emergência e passando um mínimo de cabos.
sábado, julho 01, 2017
sexta-feira, junho 30, 2017
Empréstimo de câmaras para Google Street View
Todos conhecem o "street view", a visualização ao nível do solo disponível em muitas áreas cobertas pelo Google Maps, e que resulta da utilização de um sofisticado sistema de filmagem, disponível em diversas versões, cujo resultado, após processado, dá origem a um resultado que consideramos excepcionalmente interessante.
Recentemente, o Google decidiu disponibilizar, por empréstimo, alguns desses equipamentos, na versão para viatura e integrada numa mochila, que pode ser transportada às costas, o que permite cobrir diversos tipos de percurso, seja em estrada, seja nos locais mais recôndidos, onde é impossível transitar num veículo.
Os interessados poderão preencher um formulário de candidatura, que será avaliado pelo Google, e, caso sejam selecionados, receberão por empréstimo, por via e condições a acordar, o equipamento que permitirá dar um contributo na cobertura do nosso Planeta, registando locais que sejam considerados de interesse e que, como consequência da limitação de recursos ou do desconhecimento, não tenham ainda sido contemplados.
Acresce, naturalmente, a possibilidade de integrar esta acção num projecto mais vasto, que permita potenciar os locais em diversas vertentes, sendo esta uma opção a ter em conta por parte de entidades e autarquias locais que pretendam aumentar a sua visibilidade na mais importante ferramenta de pesquisa e divulgação de conteúdos da actualidade.
Recentemente, o Google decidiu disponibilizar, por empréstimo, alguns desses equipamentos, na versão para viatura e integrada numa mochila, que pode ser transportada às costas, o que permite cobrir diversos tipos de percurso, seja em estrada, seja nos locais mais recôndidos, onde é impossível transitar num veículo.
Os interessados poderão preencher um formulário de candidatura, que será avaliado pelo Google, e, caso sejam selecionados, receberão por empréstimo, por via e condições a acordar, o equipamento que permitirá dar um contributo na cobertura do nosso Planeta, registando locais que sejam considerados de interesse e que, como consequência da limitação de recursos ou do desconhecimento, não tenham ainda sido contemplados.
Acresce, naturalmente, a possibilidade de integrar esta acção num projecto mais vasto, que permita potenciar os locais em diversas vertentes, sendo esta uma opção a ter em conta por parte de entidades e autarquias locais que pretendam aumentar a sua visibilidade na mais importante ferramenta de pesquisa e divulgação de conteúdos da actualidade.
quinta-feira, junho 29, 2017
Um crime chamado SIRESP - 2ª parte
Interrogamo-nos, portanto, quanto ao tipo de testes efectuados, nomeadamente a simulação de possíveis falhas, a vários níveis, bem como da capacidade de o sistema recuperar um conjunto de funcionalidades que o mantenham operacional, bem como a capacidade dos operadores de, em tempo útil, reporem o desempenho nos níveis habituais, seja através da recuperação da falha, seja por via alternativa.
Naturalmente que apenas como simulacros, efectuados em situações que reproduzam aquelas que podem ocorrer durante operações que envolvam efectivos elevados, se podem obter conclusões e aprimorar procedimentos, estabelecendo rotinas e treinando os operadores na recuperação do sistema.
É absolutamente necessário simular falhas, seja, por exemplo, desligando repetidores, através do corte de alimentação, ou cortando conexões físicas, desligando cabos de comunicações, e analizando como o sistema se comporta e qual o tipo de efeito e possibilidades de recuperação existem, nomeadamente com a entrada em serviço de outras unidades ou vias de comunicações alternativas.
Tal deve ser testado com um elevado número de terminais em funcionamento, tal como acontece em operações, verificando-se qual a capacidade de redirecionar o tráfego e o tipo de constrangimentos que surjam, avaliando se os recursos alternativos existentes respondem adequadamente às solicitações.
Naturalmente que apenas como simulacros, efectuados em situações que reproduzam aquelas que podem ocorrer durante operações que envolvam efectivos elevados, se podem obter conclusões e aprimorar procedimentos, estabelecendo rotinas e treinando os operadores na recuperação do sistema.
É absolutamente necessário simular falhas, seja, por exemplo, desligando repetidores, através do corte de alimentação, ou cortando conexões físicas, desligando cabos de comunicações, e analizando como o sistema se comporta e qual o tipo de efeito e possibilidades de recuperação existem, nomeadamente com a entrada em serviço de outras unidades ou vias de comunicações alternativas.
Tal deve ser testado com um elevado número de terminais em funcionamento, tal como acontece em operações, verificando-se qual a capacidade de redirecionar o tráfego e o tipo de constrangimentos que surjam, avaliando se os recursos alternativos existentes respondem adequadamente às solicitações.
quarta-feira, junho 28, 2017
Incêndio no túnel do Marão - 4ª parte
Havendo redundância nas comunicações, os riscos são menores, mas a impossibilidade de intervenção física, accionando componentes, como portas que permitam passar de um túnel para outro, bem como as dificuldades de uma análise remota quando os sensores e outros equipamentos são afectados, seja por avaria, seja pela diminuição da performance, necessitam de ser reequacionados, mesmo tendo em conta as sempre presentes questões financeiras.
Adicionar componentes extra de segurança tem, percentualmente, um valor baixo face aos custos de exploração e, mesmo reflectido nos utilizadores, implica um aumento marginal do preço, pelo que será no equilíbrio entre a necessária rentabilidade e o assegurar toda a segurança possível que um compromisso deve ser alcançado, com a participação dos vários intervenientes, entre estes aqueles que têm a responsabilidade de intervir em caso de acidente.
Algo que parece óbvio, mesmo antes da conclusão do inquérito, é que houve procedimentos de segurança que não foram seguidos, nomeadamente interditar ambas as galerias de imediato, tal como previsto no plano de emergência, ou o atraso na activação de meios da GNR, demonstrando que existem procedimentos a rever e que a falta de um simulacro, previsto para o Verão de 2016 e adiado por indisponibilidade de meios, na altura empenhados no combate os fogos, se faz sentir.
Espera-se que o relatório venha lançar luz sobre o que correu menos bem e sobre a polémica localização do centro de controle de tráfego e que as lições decorrentes deste incidente, que felizmente teve poucas consequências, sejam rapidamente aplicadas nos túneis rodoviários existentes em Portugal.
Adicionar componentes extra de segurança tem, percentualmente, um valor baixo face aos custos de exploração e, mesmo reflectido nos utilizadores, implica um aumento marginal do preço, pelo que será no equilíbrio entre a necessária rentabilidade e o assegurar toda a segurança possível que um compromisso deve ser alcançado, com a participação dos vários intervenientes, entre estes aqueles que têm a responsabilidade de intervir em caso de acidente.
Algo que parece óbvio, mesmo antes da conclusão do inquérito, é que houve procedimentos de segurança que não foram seguidos, nomeadamente interditar ambas as galerias de imediato, tal como previsto no plano de emergência, ou o atraso na activação de meios da GNR, demonstrando que existem procedimentos a rever e que a falta de um simulacro, previsto para o Verão de 2016 e adiado por indisponibilidade de meios, na altura empenhados no combate os fogos, se faz sentir.
Espera-se que o relatório venha lançar luz sobre o que correu menos bem e sobre a polémica localização do centro de controle de tráfego e que as lições decorrentes deste incidente, que felizmente teve poucas consequências, sejam rapidamente aplicadas nos túneis rodoviários existentes em Portugal.
terça-feira, junho 27, 2017
Um crime chamado SIRESP - 1ª parte
As falhas do SIRESP, um sistema que, pela sua importância no socorro e na segurança deveria oferecer garantias de funcionamento, mesmo nas situações mais críticas, estarão, para sempre, ligadas aos trágicos acontecimentos de Pedrogão Grande e a todos quantos aí perderam a vida.
Podemos sempre interrogarmo-nos quanto à relação de causalidade directa entre as falhas no SIRESP e as mortes que então ocorreram, mas da impossibilidade de uma prova definitiva não pode resultar qualquer tipo de complacência ou tolerância face a um problema que consideramos da maior gravidade.
Pela sua natureza e propósito, o SIRESP deveria ser imune à maioria dos problemas ou falhas que afectam uma rede de comunicações comum, e, caso tal acontecesse, teria que possuir a redundância e capacidade de reposição de serviços que, mesmo que com alguma perda de desempenho, inerente a um circuito secundário, mantivesse o essencial das funcionalidades.
Esta redundância e capacidade de recuperação automática manifestamente não existe, e os tempos de intervenção, independentemente do esforço e competência dos operadores, é incompatível com uma situação de crise, podendo-se apontar como exemplo as mais de 12 horas necessárias para que o SIRESP voltasse a ficar operacional durante os recentes fogos florestais.
Podemos sempre interrogarmo-nos quanto à relação de causalidade directa entre as falhas no SIRESP e as mortes que então ocorreram, mas da impossibilidade de uma prova definitiva não pode resultar qualquer tipo de complacência ou tolerância face a um problema que consideramos da maior gravidade.
Pela sua natureza e propósito, o SIRESP deveria ser imune à maioria dos problemas ou falhas que afectam uma rede de comunicações comum, e, caso tal acontecesse, teria que possuir a redundância e capacidade de reposição de serviços que, mesmo que com alguma perda de desempenho, inerente a um circuito secundário, mantivesse o essencial das funcionalidades.
Esta redundância e capacidade de recuperação automática manifestamente não existe, e os tempos de intervenção, independentemente do esforço e competência dos operadores, é incompatível com uma situação de crise, podendo-se apontar como exemplo as mais de 12 horas necessárias para que o SIRESP voltasse a ficar operacional durante os recentes fogos florestais.
segunda-feira, junho 26, 2017
Uma tragédia previsível - 4ª parte
É manifesto, e nem necessita de ser cientificamente demonstrado, não obstante as inúmeras provas que a ciência pode fornecer, que o clima se tem vindo a alterar, tal como um conjunto de factores não apenas ambientais, mas também sócio-económicos que alteraram em muito os cenários nos quais os fogos se propagam de forma incontrolável, criando situações cada vez mais propícias para a ocorrência de tragédias.
Há muito que estavam criadas as condições para que esta tragédia ocorresse, sendo apenas impossível prever quando e onde, mas não as consequências, embora sem as quantificar no respeitante ao número de vítimas, pelo que existe uma responsabilidade objectiva que deve ser atribuída a todos quantos, por acção ou incúria, contribuiram para criar um cenário onde este seria o único enredo possível.
O País, desequilibrado e desestruturado, parcialmente desertificado, encontra-se particularmente vulnerável, sem perspectivas de melhoras, com a atenção dos governantes a concentrar-se nos grandes centros urbanos, enquanto o interior rural se encontra cada vez mais abandonado, à mercê do seu destino e de alguns cuidados paliativos que assumem contornos de caridade.
Sendo um problema estrutural, não serão medidas avulsas, meramente conjunturais, nem sequer planos um pouco mais elaborados, que poderão resolver as inúmeras implicações resultantes das assimetrias regionais e de uma manifesta falta de solidariedade nacional, que mina a coesão do País, pelo que se impõe repensar Portugal como um todo, de forma integrada e numa perspectiva de desenvolvimento integrado.
Há muito que estavam criadas as condições para que esta tragédia ocorresse, sendo apenas impossível prever quando e onde, mas não as consequências, embora sem as quantificar no respeitante ao número de vítimas, pelo que existe uma responsabilidade objectiva que deve ser atribuída a todos quantos, por acção ou incúria, contribuiram para criar um cenário onde este seria o único enredo possível.
O País, desequilibrado e desestruturado, parcialmente desertificado, encontra-se particularmente vulnerável, sem perspectivas de melhoras, com a atenção dos governantes a concentrar-se nos grandes centros urbanos, enquanto o interior rural se encontra cada vez mais abandonado, à mercê do seu destino e de alguns cuidados paliativos que assumem contornos de caridade.
Sendo um problema estrutural, não serão medidas avulsas, meramente conjunturais, nem sequer planos um pouco mais elaborados, que poderão resolver as inúmeras implicações resultantes das assimetrias regionais e de uma manifesta falta de solidariedade nacional, que mina a coesão do País, pelo que se impõe repensar Portugal como um todo, de forma integrada e numa perspectiva de desenvolvimento integrado.
domingo, junho 25, 2017
Lisboa, cidade fechada - 30ª parte
Sem grandes resultados práticos, num auditório pleno de vozes críticas, técnicos da Câmara Municipal de Lisboa, sem acompanhamento de qualquer eleito, tentaram responder, de forma mais ou menos satisfatória, a numerosas questões sobre as obras realizadas no Bairro do Arco do Cego e que, cremos, ainda irão ser revistas.
Talvez a expressão "vocês deram cabo do nosso bairro", pronunciada logo no início da sessão, seja a que, de forma mais sucinta, exprime o que parece ser o sentimento colectivo dos presentes, para quem a reparação das vias e passeios degradados e a manutenção de equipamentos existentes, com a introdução do mínimo de modificações possível, seria o cenário mais adequado à realidade de um bairro com muitas especificidades.
E na verdade parece consensual que o bairro está hoje muito pior, em tudo menos a nível da qualidade de vias e passeios, com o experimentalismo camarário, numa ânsia de testar novas soluções num local onde o fracasso destas e a penosidade para os residentes tenha escassas consequências eleitorais, tem levado de um desaire a outro, com uma substancial degradação da qualidade de vida dos residentes, relativamente aos quais a Câmara manifesta uma completa indiferença.
Da reunião resultam poucas certezas, para além do consenso dos moradores e da incapacidade da autarquia em dar explicações aceitáveis ou a assumir responsabilidades pelo desaire, num misto de indiferença e arrogância, patente na afirmação dos técnicos que dizem ser eles os especialistas, pelo que o que os moradores vivem e sentem, manifestamente, está errado, sem dúvida proveniente de alguma realidade alternativa.
Talvez a expressão "vocês deram cabo do nosso bairro", pronunciada logo no início da sessão, seja a que, de forma mais sucinta, exprime o que parece ser o sentimento colectivo dos presentes, para quem a reparação das vias e passeios degradados e a manutenção de equipamentos existentes, com a introdução do mínimo de modificações possível, seria o cenário mais adequado à realidade de um bairro com muitas especificidades.
E na verdade parece consensual que o bairro está hoje muito pior, em tudo menos a nível da qualidade de vias e passeios, com o experimentalismo camarário, numa ânsia de testar novas soluções num local onde o fracasso destas e a penosidade para os residentes tenha escassas consequências eleitorais, tem levado de um desaire a outro, com uma substancial degradação da qualidade de vida dos residentes, relativamente aos quais a Câmara manifesta uma completa indiferença.
Da reunião resultam poucas certezas, para além do consenso dos moradores e da incapacidade da autarquia em dar explicações aceitáveis ou a assumir responsabilidades pelo desaire, num misto de indiferença e arrogância, patente na afirmação dos técnicos que dizem ser eles os especialistas, pelo que o que os moradores vivem e sentem, manifestamente, está errado, sem dúvida proveniente de alguma realidade alternativa.
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