sábado, fevereiro 22, 2020

As réplicas do sextante Kelvin & Hughes - 2ª parte

Obviamente, só com a prática se atinge um patamar que permite efectuar as operações com a rapidez e precisão exigíveis, mesmo para uso recreativo, para o que, inevitavelmente, será necessário dispor de um sextante com as características e funcionalidades que permitam efectuar experiências e, caso haja interesse, passar para um nível mais elevado, o que justifica adquirir um modelo de melhor qualidade que será, obviamente, mais dispendioso.

Existem numerosos modelos, funcionais ou não, com dimensões que vão desde a dezena de centímetros até perto do dobro, e construídos em diversos tipos de metal, na sua maioria sendo em cobre, com elementos em aço e ópticas em vidro, quase sempre de origem indiana, um país onde metalurgia e a construção de réplicas tem-se vindo a solidificar.

Naturalmente, as réplicas funcionais de maiores dimensões, normalmente de melhor qualidade e mais fáceis de utilizar serão as mais interessantes, mas os preços sobrem rapidamente, agravados pelo quase inevitável pagamento de direitos alfandegários, pelo que a nossa sugestão, para quem pretenda aprendar a usar um sextante, seja procurar um modelo cujo valor, incluido portes fique pela vintena de Euros, o que evita pagamentos adicionais.

Para quem pretenda aprender a usar um equipamento que durante séculos, e até ao advento de novas tecnologias, foi essencial na navegação, mesmo um modelo funcional de pequenas dimensões, entre os 12 e os 15 centímetros, pode ser o suficiente para entrar num campo do conhecimento e da História que consideramos particularmente interessante e que veio a ter um impacto decisivo na expansão dos países europeus durante o início da Idade Moderna.

sexta-feira, fevereiro 21, 2020

A colecção de mapas David Rumsey - 3ª parte

Com a maior disseminação da imprensa, o que permitia a impressão de livros, e um acumular e sistematizar dos conhecimentos, durante o século XVIII surgem livros de navegação muito completos, abordando, para além das ciências náuticas, todas aquelas que são necessárias, como sustento desta, incluindo-se desde a matemática à geografia, passando pela astronomia, reunindo-se numa única obra um conjunto de matérias diversa que ilustra o conhecimento da época e a forma como este era transmitido.

Por considerarmos historicamente interessante, e contribuir para enquadrar o saber nesta área perto da mudança do século XVIII para o século XIX, disponibilizamos cópias de dois livros, um manual prático de navegação e um almanaque náutico, sendo que o primeiro inclui um conjunto de capítulos particularmente interessantes, abordando as várias vertentes das ciências náuticas, e terminando num conjunto de tabelas, enquanto o segundo, um almanaque, é composto pelas tabelas referentes ao ano da edição.

Quem pretender uma abordagem um pouco mais prática, pode imprimir alguns destes mapas, ou parte destes, e socorrer-se de algumas das réplicas de instrumentos da época que hoje se podem encontrar por preços relativamente acessíveis, incluindo-se aqui astrolábios, sextantes, ampulhetas, lunetas ou bússolas, para experimentar algumas das teorias que se podem encontrar nos livros que disponibilizamos.

Apesar de esta ser, sobretudo, uma viagem na História, não obstante estarem presentes mapas recentes, a visita a este repositório e a consulta ou leitura destes livros mais do que se justifica, por ajudar a entender a evolução da ciência, ajudar a lançar luz sobre numerosos factos históricos e permitir ver de uma forma diferente os mapas e instrumentos ou ferramentas de navegação de que hoje dispomos, e que muito modificaram a nossa forma de interagir com o Mundo e a percepção que temos da realidade.

quinta-feira, fevereiro 20, 2020

As réplicas do sextante Kelvin & Hughes - 1ª parte

Para os interessados em aprender técnicas de navegação anteriores à disponibilização das tecnologias actualmente em uso, para além do conhecimento básico de orientação e cartografia, o domínio de alguns instrumentos ou equipamentos é essencial, sendo necessário ir para além da comum bússola, abrangendo antigos modelos de cronómetro ou outros de contagem do tempo, bem como os astrolábios e sextantes.

Essencialmente, um sextante é um dispositivo de navegação que consiste numa luneta, espelhos, um braço móvel e um arco refletor de 60º, o equivalente a um sexto de um círculo, de onde deriva o seu nome, com sistemas de regulação e ajustes que permitem a determinação precisa de um conjunto de ângulos que serão usados para determinar a posição do observador.

Com base nos ângulos obtidos, num conjunto de tabelas e em informação horária e lapsos de tempo, do que resulta um processo de triangulação, que tanto pode ter origem no Sol, durante o dia, ou num conjunto de estrelas conhecidas durante a noite, será determinada a latitude, do que decorre que o uso do sextante carece de informação complementar

Quem prentender aprender a usar um sextante tem na Internet um conjunto de recursos interessantes, entre estes o da "Wikihow", mas também diversos vídeos no Youtube, sendo ainda possível consultar ou descarregar tabelas e informações que complementam o seu uso, facilitando todo o processo de aprendizagem que, parecendo complexo, acaba por se revelar simples após um período de habituação.

quarta-feira, fevereiro 19, 2020

Protecção do acesso ao depósito dos Defender - 2ª parte

A opção da Uproar 4x4, igualmente em alumínio, tem um preço francamente inferior, mas o processo de instalação, sendo simples e ao alcance da maioria do proprietários de um Defender, implica efectuar um conjunto de 4 furos de 5 milímetros na zona do bocal.

Disponível em negro brilhante ou acetinado, compatível com os Defender cujo bocal se encontra atrás da roda traseira, o que incluir os Td5 e TDCi, tem a característica interessante de os suportes serem ajustáveis, o que ajuda a obter uma boa finalização, mesmo tendo em conta pequenas diferenças entre veículos, o que assegura um posicionamento correcto.

Este modelo ajuda em termos de protecção contra furtos, protege de alguns impactos ou sujidade, mas, ao contrário do modelo da IS4X4, não é estanque, pelo que poeiras finas ou água podem continuar a acumular-se, situação que, eventualmente, pode ser evitada recorrendo a alguma imaginação, mas que implica sempre trabalho adicional.

Incluindo os acessórios de montagem, impostos e portes em território inglês, o preço fica pelas 109.99 Libras, que se traduz em perto de 125 Euros, substancialmente menos do que a proposta da IS4X4, que em Euros se aproxima dos 180, e que justifica a diferença de preço através da qualidade e estanquicidade da solução que desenvolveu, mas cujo preço, para muitos continua injustificável, podendo optar pela opção mais barata, eventualmente complementada com algum trabalho caseiro.

terça-feira, fevereiro 18, 2020

A colecção de mapas David Rumsey - 2ª parte

Cada mapa está documentado, incluido, entre outros dados a proveniência, autores, data, tipo de carta, dimensões, escala, se disponível, local e tipo de impressão, bem como um conjunto de anotações que se revelam particularmente úteis para os estudiosos da matéria.

Estão ainda disponíveis opções de geo-referenciação, fazendo a ligação entre um mapa antigo e coordenadas geográficas actualizadas e precisas, a possibilidade de exportar o mapa e a de encomendar uma impressão, sendo esta uma das opções que permite rentabilizar este vasto espólio.

Da colecção também constam numerosos tratados ou livros, muitos dos quais incluem mapas, alguns de enormes dimensões, com uma extensa, por vezes impressionante descrição dos seus conteúdos, bem como o enquadramento histórico e científico de época, e, inclusivé, a sua geo-referenciação, o que permite aferir da sua qualidade quando comparado com a informação hoje disponível.

Estes mapas eram complementados por um conjunto de instrumentos que permitiam a orientação, mesmo no alto mar, tal como a bússola ou o quadrante, diversos tipos de instrumentos ópticos, sistemas de medição de tempo, que se foram aperfeiçoando, sobretudo quando os cronómetros passaram a estar disponíveis a bordo, e por um conjunto de extensas tabelas, essenciais para determinar correctamente a posição.

segunda-feira, fevereiro 17, 2020

Grade para superfície vertical - 2ª parte

Prevista para um conjunto de modelos, para os quais não é necessário efectuar furos para a respectiva montagem, esta grade requer, essencialmente, uma superfície vertical plana para ser montada, sendo de, caso tal se justifique, reforçar o interior, recorrendo a uma placa metálica ou a anilhas de grandes dimensões, conforme cada situação específica.

O facto de possuir uma placa de fixação, particularmente sólida, e uma forma de regulação em altura bem conseguida, prática e de muito fácil uso, é essencial para que este sistema possa ser usado por numerosos modelos, incluindo, por exemplo, na porta traseira de um Defender, sobretudo nos casos em que estes possuam o sobressalente aí colocado, ficando sobre o pneu.

Naturalmente, tratando-se de adaptações ou uso em modelos diferentes daqueles para os quais se destina, o planeamente ganha especial importância, mas um suporte de pneu para a roda traseira com um sistema de calhas que permita a colocação de uma grade deste tipo no espaço que fica acima do pneu sobressalente, pode revelar-se interessante e justificar o interesse de quem desenvolva este tipo de produtos.

O preço de 280 Euros, a que acrescem portes e, eventualmente, direitos alfandegários, pode, infelizmente atingir valores elevados, justificados pela excelente qualidade de concepção e construção e pela garantia de 5 anos, opcionalmente extendida a perpétua, esperando-se que este acessório, que consideramos interessante, sirva de inspiração ao desenvolvimento de outros modelos, com preço mais adequado à nossa realidade e pensado para os modelos mais comuns entre nós.

domingo, fevereiro 16, 2020

A colecção de mapas David Rumsey - 1ª parte

Para quem se interessa pela orientação, independentemente do tipo de tecnologias utilizadas, a cartografia assume um especial destaque, com os novos sistemas digitais e as imagens de satélite a revolucionarem uma ciência antiga, que merece ser revivida e estudada.

O David Rumsey Map Collection Database é, como o próprio nome indica, uma extensa base de dados de mapas, das mais variadas proveniências, desenvolvidos por distintas civilizações, cada uma usando as suas técnicas e tecnologias específicas, e com abordagens e interesses distintos.

Esta colecção inclui mais de 96.000 mapas e imagens relacionadas, alojadas em servidores "on line", encontrando-se digitalizações de mapas raros, desde o século XVI até à actualidade e abrangendo todo o Mundo ou regiões e continentes específicos, dispondo ainda de sistemas de visualização e uma vasta documentação complementar.

A evolução dos mapas constantes desta colecção ajuda a entender a percepção do Mundo ao longo da História, bem como muitos conflitos ou acordos realizados, sendo certo que muitos são autênticas obras de arte, com ilustrações extraordinárias, que representam um imaginário muito próprio, complementando a realidade com a imaginação do autor.