sábado, outubro 07, 2006

Segurança no Google


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Google Toolbar Versão 4

Cada vez mais a segurança é factor fundamental na confiança que os utilizadores da Internet têm num dado produto ou serviço.

Com uma gama cada vez mais vasta, a Google desenvolveu vários esforços não apenas de aumentar a segurança das suas plataformas, mas também de produtos que sejam instalados nos computadores dos utilizadores, de modo a reduzir riscos de intrusão ou contaminação e a garantir que os dados e a privacidade são perservados.

Alguns produtos, como o Google Toolbar, incluem funções de segurança contra "software" que se tente instalar sem autorização do utilizador e o sistema de mail inclui um filtro "anti-phishing", capaz de detectar a legitimidade ou não de uma mensagem de correio.

No entanto, este esforço, para ter sucesso, necessita da colaboração de todos, pelo que o endereço security@google.com está agora disponível para todos quantos queiram reportar algum tipo de falha ou deficiência que ponha em causa a estabilidade ou a privacidade de um produto concebido pela Google, de modo a que a falha seja corrigida tão rapidamente quanto possível.

Incêndios destruiram 13 habitações em 2006


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Popular defende uma casa das chamas

Durante o ano de 2006 e até dia 15 de Setembro, os incêndios florestais destruiram um total de 13 casas de habitação, 7 edificações comerciais ou industriais e 77 construções agrícolas.

Destas habitações, apenas 3 eram a residência principal, uma das quais não ficou totalmente destruida, sendo as restantes secundárias ou temporárias.

No respeitante a edificações comerciais ou industriais, apenas 3 não foram totalmente destruidas, o mesmo acontecendo com 2 das instalações agrícolas, sendo que as restantes foram completamente perdidas.

A maioria destas destruições ocorreu na Beira Alta, com 4 habitações destruidas em Viseu e outras tantas na Guarda, seguindo-se Viana do Castelo, onde se concentra o maior número de edificações agrícolas destruidos, num total de 31.

Quando comparado com o ano anterior, ano em que foram destruidas 82 primeiras habitações e 83 secundárias, bem como 24 estruturas comerciais e 796 agrícolas, o número de edifícios e estruturas destruidas é significativamente menor, de certa forma proporcional à diminuição de área ardida.

Ainda recentemente noticiamos a reconstrução de diversas habitações destruidas em 2005 e agora entregues aos seus proprietários, mais de um ano após a sua destruição pelas chamas, devido à intervenção da sociedade civil que contribuiu mais do que o Estado para repor os bens perdidos.

Tendo em conta o menor número de perdas que se verificou este ano, espera-se que a reconstrução seja mais rápida e que o Estado assuma as suas responsabilidades e colabore activamente com as autarquias no sentido de ajudar estas famílias a voltar rapidamente a uma vida normal.

Veículos clássicos sem documentos


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Descrição de placa de identificação de um Ford clássico

A legalização de veículos antigos, sem documentos, tem sido debatida em diversas ocasiões, sendo muitas vezes solicitada a venda de documentos de uma viatura semelhante que possam ser utilizados.

Esta opção configura vários tipos de crime, que vão desde a viciação à falsificação, passando por várias infracções a nível fiscal, razão pela qual não só nunca deveria ser considerada, como a própria discussão pública devia evitada e mesmo prevenida, dada a presunção imediata de um crime.

No entanto, e porque a perda de um veículo por vezes raro ou precioso por questões meramente burocráticas é difícil de aceitar, pode-se optar por uma solução legal, que sendo um pouco mais dispendiosa evita no futuro problemas a nível criminal que poderão levar à apreensão da viatura e à punição do proprietário.

A proposta que aqui incluimos não será, logicamente, a única, mas apenas mais uma sugestão relativamente a um dos processos legais que possam fazer reviver um clássico sem documentos cuja perda será sempre de lamentar.

A venda de documentos, nomeadamente do "modelo V5", acompanhados pela chapa de registo que inclui o número de chassis, é legal em Inglaterra, desde que a mesma seja usada para permitir a circulação de um veículo idêntico e com a antiguidade suficiente para estar isento de impostos.


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Documento de identificação modelo V5

A um preço módico, pode-se encontrar em revistas da especialidade, anúncios de jornais ou mesmo no EBay inglês, o conjunto de placas identificadoras, cujas fotografias para alguns modelos de Land Rover já apresentamos, e o documento que genericamente corresponde ao nosso Documento Único Automóvel e que permite proceder ao registo de um veículo ou à sua transferência de proprietário.

Esta é uma operação administrativa e de custo reduzido, após o que é concedida a autorização para utilizar o registo anterior, ficando assim a viatura legalizada em Inglaterra e com a antiguidade do dador dos elementos identificadores.

Após concluir este processo, pode-se então considerar importar a viatura para Portugal, sendo que o desconto no Imposto Automóvel, dependente da idade, pode atingir os 80% para veículos com mais de 10 anos, conforme a tabela de 2006 da Direcção Geral das Alfandegas e dos Impostos Especiais de Consumo.

Sendo um processo algo burocrático e que carece do acompanhamento e aconselhamento de especialistas, que poderão ser de uma agência ou de uma associação, como o Automóvel Clube de Portugal, esta é uma pista no sentido de permitir recuperar viaturas antigas, que pelo seu interesse não devem deixar de circular.

sexta-feira, outubro 06, 2006

Portugal pode ficar sem helicópteros de socorro durante 6 meses


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Interior de um Bell UH-1

Portugal pode ficar sem helicópteros de socorro durante os seis meses que vão desde o fim do contrato de aluguer dos actuais meios aéreos até à chegada dos que foram adjudicados e que só deverão ser entregues em Abril do próximo ano.

Assim, e caso não haja uma intervenção do Governo, os helicópteros, actualmente baseados em Santa Comba Dão e Loulé, deixarão de prestar serviço junto do Serviço Nacional de Bombeiros e Protecção Civil (SNBPC) a partir do dia 15 de Outubro.

Concretamente, a saida de serviço é a 15 deste mês no caso do helicóptero estacionado em Santa Comba Dão e a 25 de Novembro do respeitante ao que está em Loulé, deixando ao Ministério da Administração Interna (MAI) apenas 10 dias para tomar uma decisão provisória que poderá passar por um ajuste directo.

O MAI já solicitou ao SNBPC um parecer e garante que o problema não chegará a existir pois antes do fim do contrato de aluguer haverá uma solução que garanta a existência de meios que são considerados de extrema importância nas acções de socorro.

Supõe-se, portanto, que será mantido o mesmo grau de operacionalidade, necessário para garantir o socorro atempado às populações, sobretudo em zonas do Interior do País, de acordo com as pretensões dos Bombeiros e garantias dadas pelo SNBPC a Duarte Caldeira, presidente da Liga de Bombeiros Portugueses.

Não havendo uma solução pela via do concurso, pode o Governo alegar "interesse público" para efectuar uma adjudicação directa, alugando assim as aeronaves, embora tal situação nos pareça irregular.

Não é uma surpresa ou um imprevisto que o contrato termine a 15 de Outubro, pelo que, tomando as decisões de forma atempada, haveria lugar a um concurso segundo as regras em vigor, pelo que a sua não efectivação e substituição pela declaração de "interesse público" é abusiva.

Usar a declaração de "interesse público" para resolver situações do dia a dia, contornando assim as normas legais, levanta óbvias suspeitas e permite uma fácil contestação da mesma, do que pode resultar a suspenção, por via judicial, da decisão do Governo.

Sendo os dois helicópteros afectos aos bombeiros considerados como essenciais por vários intervenientes nas acções de socorro, já que são os únicos com a polivalência necessária à actuação em múltiplas operações, torna-se incompreensível a situação a que se chegou, sobretudo se nos lembrarmos que a adjudicação dos novos meios poderá ser decidida em tribunal.

Recordamos que o concurso de que resultou a aquisição dos Kamov Ka-32 foi contestado, com recurso aos Tribunais, pelo que a data de Abril poderá ser irrealista, sobretudo se nos lembrarmos que é normal haver atrasos nas entregas de meios aeronáuticos e, mais ainda, na sua operacionalidade, sobretudo tratando-se de equipamentos nunca antes utilizados em Portugal.

Num texto anterior, analizamos a questão da adjudicação dos Ka-32, bem como as características deste modelo, sendo que, pela ausência de novas informações, este se mantém actual, pelo que sugerimos a sua leitura.

Espera-se que esta situação seja resolvida dentro das normas legais, sem comprometer o socorro das populações e dentro da transparência que deve orientar os assuntos de Estado, nomeadamente aqueles que envolvem dinheiros públicos.

Fogo no Parque Natural da Costa Vicentina


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Incêndio em Portugal este Verão

Um incêndio devastou na tarde de ontem uma área de mato na Praia da Barriga, no concelho de Vila do Bispo, no Parque Natural da Costa Vicentina, consumindo um total de 30 hectares.

As chamas consumiram sobretudo mato e pelas 19:30 já se encontravam circunscritas, tendo sido combatidas por 76 homens de várias corporações de bombeiros do Algarve, apoiados por 19 viaturas, um helicóptero e uma máquina de rastro, que enfrentaram dificuldades devido ao forte vento que se fazia sentir.

Mesmo em Outubro, após o termo da "Fase Charlie", os fogos continuam a devastar áreas protegidas, as mais poupadas em anos anteriores e, percentualmente, as mais atingidas este ano, razão pela qual uma avaliação deve, forçosamente, incluir parâmetros qualitativos que avaliem devidamente o valor comercial e ambiental das zonas devastadas.

FireFor abre em Braga


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Projecto de veículo de combate a incêndios

O único certame a nível mundial sobre o tema dos incêndios, o "FireFor - Salão Internacional de Técnicas e Maquinaria para a Prevenção e Extinção de Incêndios Florestais", abre hoje no Parque de Exposições de Braga.

Após ter-se realizado em Espanha, este evento, reservado exclusivamente a visitantes profissionais, realiza-se pela primeira vez em Portugal, ao abrigo de um protocolo celebrado para o efeito.

Em simultâneo vai decorrer a 4ª Conferência sobre prevenção e extinção de incêndios florestais e regeneração de zonas afectadas.

Em paralelo, vão-se ainda realizar, entre outros, um um fórum de mecanização florestal e segurança nos trabalhos florestais e demonstrações de máquinas e equipamentos, podendo mais detalhes ser lidos num texto em que anunciamos este evento.

No termo de mais uma época de incêndios, esta é uma oportunidade de ver o que há de mais recente nesta área e de avaliar enventuais aquisições ou, simplesmente, recolher ideias que permitam um combate mais eficaz no futuro.

quinta-feira, outubro 05, 2006

Google Goups Beta


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Écran do Google Goups Beta

Os Google Goups evoluiram para uma nova plataforma, ainda em formato "Beta" ou experimental, mas que será em breve o formato comum a todos os grupos já existentes.

Sendo relativamente pouco conhecido em vários países, entre os quais Portugal, este formato de discussão, semelhante aos "newsgroups" mas com um conjunto de funções adicionais, merece destaque pois permite uma troca de informação e a constituição de bases de dados sobre assuntos específicos.

Para além da possibilidade de aderir a um dos grupos existentes, os utilizadores podem criar os seus, com um formato público ou privado, e podendo recorrer ao sistema de correio electrónico do Google, que encadeia mensagens, como complemento.

A nova versão do Google Groups permita também construir páginas, partilhar documentos e gerir informação, inclusivé a nível do perfil dos próprios membros, de forma flexível e adaptada às necessidades de cada grupo.

Se bem que um grande número dos nossos leitores seja, sobretudo, adepto dos fóruns, este formato de grupo de discussão pode vir a seduzir alguns, dada a extrema facilidade com que podem ser criados e geridos e a integração com outros produtos e plataformas disponibilizadas gratuitamente pelo Google.

Começou a avaliação da época de fogos


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Canadair CL-415 em acção

A Associação Nacional de Bombeiros Profissionais (ANBP) já tem pronto um relatório destinado ao Ministério da Administração Interna com perto de uma centena de páginas, sendo a mais crítica das associações do sector, insistindo na necessidade de uma "séria e rigorosa" avaliação da "Fase Charlie", que terminou no último sábado.

Também a Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP) já iniciou a avaliação a nível distrital, mas só fará um balanço final na reunião do Conselho Executivo, que vai ocorrer a 21 de Outubro.

Tal como a ANBP, também a LBP, na pessoa do seu presidente, Duarte Caldeira, considera que a primeira quinzena de Agosto deve ser profundamente analisada, dado ter sido a fase mais crítica deste Verão.

Para o presidente da LBP "é relevante avaliar dados como os períodos de um incêndio com mais meios em operação, a percentagem de reacendimentos, as horas de ignição e extinção e parâmetros do género, para perceber se este ano foi circunstancialmente bom em termos de área ardida, ou resulta de uma melhoria estrutural", para além de ser necessário evitar "mitos ilegítimos" como o que diz haver em torno do Grupo de Intervenção de Protecção e Socorro (GIPS) da Guarda Nacional Republicana (GNR).

Para Duarte Caldeira houve avanços na área da primeira intervenção e na gestão de meios aéreos, enquanto os principais problemas se verificaram na coordenação e na estrutura hierárquica.

Para o presidente da Associação Portuguesa dos Bombeiros Voluntários, Paulo de Jesus, que esteve no terreno. houve "descoordenação em muitos casos", no que é seguido por Pedro Moura, da Portucel e do grupo de empresas Afocelca, para quem "subsistirem algumas capelas", mas que tem uma opinião positiva da coordenação, considerando que este ano "nunca houve perda de controlo".

Este responsável considera, no entanto, que é necessário evoluir e aponta três vectores essenciais que incluem a profissionalização, formação e aprofundamento do comando único.

Exceptuando a questão do GIPS, cujo futuro tentamos perspectivar num texto recente, a maioria das avaliações apontam, por um lado, para uma melhor coordenação e, por outro, para uma incapacidade de resposta do sistema em situações de maior pressão, como as ocorridas na primeira quinzena de Agosto.

Também concordamos com a perspectiva do presidente da LBP quando insiste na necessidade de verificar se as melhorias foram estruturais ou circunstanciais, dado que o critério da área ardida é inútil e pode, no limite consubstanciar um exito de 100% quando nada mais houver para arder.

No entanto, para além dos parâmetros enunciados por Duarte Caldeira, é importante saber quais as alterações em termos de formação, organização, comunicações, tácticas e coordenação e de que forma estas influiram no combate às chamas, sempre sem esquecer que o problema dos incêndios florestais é de nível estrutural e não pode ser encarado numa perspectiva meramente reactiva.

Enquanto não houver por parte das entidades responsáveis a decisão política de começar a transferir para a prevenção, com tudo o que implica em termos de desenvolvimento económico-social a nível regional e local, o principal esforço, continuaremos a encarar este problema a nível de um mero controle de danos que, por muito eficaz que seja, será sempre insuficiente para quem é directamente atingido por este flagelo.

quarta-feira, outubro 04, 2006

Off Road 4X4: nova revista de TT


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Capa do 1º número da Off Road 4X4

Recebemos o anúncio de que a partir do dia 5 de Outubro estará disponível nas bancas de todo o país a nova revista de todo o terreno Off Road 4X4, cujo conteúdo transcrevemos:

É com enorme prazer que anunciamos o lançamento da nova revista de TT "OFF ROAD 4x4". Trata-se de uma publicação mensal com todas as noticias do todo terreno.

Irá ser dado destaque aos clubes e suas iniciativas, preparação de veículos TT e apresentação e ensaio de novos modelos.

Haverá também lugar para toda a informação relativa aos diversos campeonatos nacionais da modalidade: trial, navegação e velocidade.

Na secção "Mercado Off Road 4x4" poderá encontrar o TT que procura ou mesmo acessórios para o seu 4x4.

Para aqueles que querem receber a revista em primeiro lugar podem fazer já a sua assinatura em
www.offroad4x4.pt.

Esta será a revista de todos e aberta a todas as contribuições.

Em breve daremos mais notícias.

Desejamos à nova publicação os maiores sucessos e que contribua para o desenvolvimento de um todo o terreno responsável e ecológico em Portugal e esteja realmente aberta a todas as participações, nomedamente a dos que encaram esta actividade não apenas sob o ponto de vista lúdico, mas como uma forma de participação em acções de solidariedade.

Gadgets & Google Desktop


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O pony do Google Desktop

Os "gadgets" ou pequenas aplicações escritas para um determinado ambiente, têm-se tornado particularmente populares, contribuindo para uma personalização e aumento da produtividade.

Estão disponíveis, a partir de agora, inúmeras destas pequenas aplicações para o Google Desktop e para o Google Pages, constituindo uma base de dados que inclui horóscopos, calendários e tantos outros utilitários.

A instalação é particularmente simples, bastando incluir algum código HTML na página, do que resulta a sua personalização, mas também é possível escrever aplicações, recorrendo às instruções que o Google fornece.

Sobretudo para quem tem necessidade de alguma aplicação específica, como um calculador de IVA, ou simplesmente quem quer um "desktop" original, deixamos o convite para uma breve visita á área do Google onde estes "gadgets" podem ser encontrados.

Prevenção ou reconstrução?


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Incêndio em Ourém em 2005

Três famílias do concelho de Ourém, das localidades de Freixianda e Urqueira, receberam casas reconstruidas através de fundos recolhidos em campanhas de solidariedade promovidas pela Cáritas.

Esta instituição está a financiar a reconstrução de um total de 27 habitações, oito das quais no concelho de Ourém, no âmbito de um protocolo assinado com a autarquia local em Outubro de 2005.

O acordo prevê que seja a autarquia a fazer o levantamento e selecção e elaborar os projectos de reconstrução, cabendo à Cáritas o apoio financeiro na adjudicação e pretende recuperar as habitações destruidas pelos incêndios do Verão de 2005, que destruiram perto de um terço da área florestal de Ourém.

A Cáritas tem apoiado as vítimas dos incêndios de 2005 sobretudo nas Dioceses de Coimbra, Guarda, Leiria/Fátima e Vila Real, onde houve diversas habitações destruidas pelas chamas.

Não podemos deixar de salientar o esforço de solidariedade de todos quantos contribuiram para que estas famílias voltassem a ter um lar, bem como a importância da intervenção da sociedade civil, sem o que as vítimas dos incêndios de 2005 dificilmente teriam perspectivas de refazer a sua vida.

No entanto, devemos lembrar que a intervenção do Estado foi escassa, muitas vezes alheando-se dos problemas e que é necessário que a sociedade aja de forma proactiva, tomando medidas e colaborando de modo a prevenir os incêndios.

A nossa perspectiva, que não tem sido seguida pela maioria dos decisores e dos próprios fazedores de opinião, é a de que a mobilização da sociedade deve ser feita com antecedência, seja cumprindo as normas vigentes que visam prevenir os incêndios, que é o mínimo exigível, ou indo mais longe e colaborando activamente na própria prevenção.

No caso concreto da comunicação social, temos assistido a uma cobertura dos incêndios, muitas vezes explorando o sofrimento das vítimas, mas sem qualquer empenho na divulgação de acções que, pelos seus resultados, privassem os noticiários do seu principal tema de Verão.

Caso se verifique a alteração que propomos, provavelmente não haverá tantas famílias com a vida suspensa durante mais de um ano, enquanto esperam poder readquirir algum tipo de normalidade, já que será impossível esquecer os traumas resultantes da destruição do lar.

terça-feira, outubro 03, 2006

MyGPS - Versão PDA


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Écran do MyGPS num PDA

A versão do MyGPS para PDA destina-se a sistemas baseados em PocketPC e inclui um conjunto reduzido das caraterísticas e possibilidades do programa para computadores pessoais.

A versão para PDA recebe informação NMEA de um GPS conectado com o PocketPC e coloca a posição actual sobre um mapa calibrado, tal como acontece com o CompeGPS ou o OziExplorer.

Este produto requer o Ewe VM instalado no PDA, o qual pode ser descarregado sem custos a partir do "site" do produtor.

Sendo um dos raros programas de uso livre concebidos a pensar nos PDA, será esta uma boa oportunidade para quem disponha deste tipo de equipamento de testar um produto novo.

Nesta curta série, apresentamos alguns dos programas gratuitos mais comuns, que se podem adicionar a muitos outros que temos vindo a descrever e que possibilitam o uso de equipamentos de GPS sem encargos adicionais e sempre dentro da legalidade indispensável ao seu uso institucional.

Lembramos que, para além destas soluções, já propusemos sistemas em que a versão gratuita do Google Earth em conjunto com o EarthBridge ou com o GPS Gate, permite suportar um GPS sem custos adicionais, utilizando como base a excelente base de dados da Google e as cada vez mais rápidas comunicações sem fios.

"Fase Charlie" terminou e avaliação vai começar


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Helicóptero durante um reabastecimento de água

Com o fim do mês de Setembro chegou ao fim a "Fase Charlie", a mais crítica dos incêndios florestais e aquela que mobiliza mais meios de combate, estando em vigos a "Fase Delta".

Será também esta a altura em que os primeiros balanços serão feitos, provavelmente de forma redutora com base na simples contabilização da área ardida e sem ter em conta quer o valor da mesma, nomeadamente no respeitante a zonas protegidas, nem tendo em conta o efeito dos incêndios de anos anteriores neste número.

Neste momento, já temos alguns comentários de dirigentes, que em breve publicaremos, mas também algumas conclusões que tiramos, com base nos números disponíveis, já estão perto de ser finalizadas, alertando para o quão enganador pode parecer a avaliação feita por alguns dos responsáveis políticos por esta campanha, baseada em poucos indicadores, apresentados de forma simplista.

Também começam a surgir as primeiras avaliações de desempenho em termos operacionais, com especial destaque para a do Beriev Be-200, que já analisamos e a provavelmente voltaremos quando houver uma decisão relativamente à aquisição ou não desta aeronave, tal como já o fizemos em relação ao Grupo de Intervenção de Protecção e Socorro (GIPS) da Guarda Nacional Republicana, que necessita de ver o seu futuro devidamente equacionado.

Faltam os relatórios finais e, sobretudo eventuais propostas de alterações no sentido de melhorar o desempenho, de forma a que as lições deste ano sejam tidas em conta no futuro, não só de modo a aumentar a segurança de todos quantos estão envolvidos nesta luta, mas também como forma de homenagear os que este ano perderam a vida no combate às chamas.

Continuaremos, portanto, a acompanhar o rescaldo deste Verão e, tal como anteriormente, a propor pistas ou alterações que melhorem quer a objectividade na avaliação desta campanha, quer o desempenho nos anos que se seguem.

segunda-feira, outubro 02, 2006

Quadratura do Círculo Especial - Conferências do Lake


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O pouco prestigiado Parlamento português

Algumas intervenções no programa Quadratura do Círculo Especial - Conferências do Lake, transmitido na noite do último Sábado na SIC e que contou com a presença do ex-presidente da República, Jorge Sampaio, não podem deixar de merecer algumas considerações, nomeadamente no respeitante ao cada vez maior alheamento dos cidadãos relativamente a questões ou temas relacionados com a política e a governação.

As sondagens ou estudos de opinião que abordam o divórcio entre a política e os cidadãos têm como característica comum, e provavelmente inevitável, a unilateralidade, explorando apenas a opinião de uma das partes e cabendo à outra, do alto de uma cátedra, opiniar sobre hipotéticas razões que possam ter provocado o que é comum chamar o desprestígio da classe política.

Na verdade, destes inquéritos resulta apenas um conjunto de respostas não comprometedoras, que dão uma imagem do que a população em geral pensa dos orgãos de soberania ou da chamada classe política, mas ficam por responder o que estes últimos esperam dos cidadãos.

A falta de participação cívica tem, lamentavelmente, muito a ver com esta últma permissa e deve-se em grande parte á postura dos detentores de cargos públicos e à forma como respondem ou não a interpeleções da sociedade civil.

Exemplos básicos são as petições entregues na Assembleia da República, que correspondem a um enorme esforço por parte dos seus promotores, normalmente com poucos ou nenhuns apoios, e que raras vezes são discutidas ou, no mínimo, analizadas em tempo oportuno e de acordo com o regulamentado, podendo perder-se eternamente nos corredores do Parlamento.

Também a correspondência que é enviada aos orgão de soberania, com propostas, ideias, estudos ou qualquer outro contributo, e nestas excluo reclamações ou queixas que têm um tratamento diferente, quando existe resposta, não merecem mais do que umas breves linhas de agradecimento que, pelo seu conteúdo, mais parecem um "não nos telefone, nós contactamos".

Obviamente, muita outra correspondência, e neste caso dou particular destaque a mensagens enviadas por correio electrónico, nem sequer merecem uma resposta, facto que é facilmente verificado através de missivas enviadas por este meio aos vários grupos parlamentares, dos quais apenas dois responderam.

Logicamente, mesmo para o cidadão mais empenhado mas que por opção não está enquadrado num partido político, tal atitude rapidamente leva a uma indiferença ou mesmo a uma hostilidade que, efectivamente, não se pode deixar de compreender.

Assim, perante a experiencia passada, não é difícil concluir que actualmente o cidadão, ou os direitos de cidadania se esgotam no conjunto votante/contribuinte, sendo que, para além destas duas obrigações, tudo o mais surge como um incómodo que parece ser dificilmente tolerado.

Consequentemente, a postura do cidadão comum perante a actual classe política, que com ele não estabelece qualquer tipo de relação que não as mencionadas, é a de indiferença, eventualmente de rejeição, que pode ser facilmente manipulada através de um conjunto de ideias ou propostas mais ou menos demagógicas ou populistas.

Portanto, quelquer revisão de sistema que passe pela redução dos actuais titulares recebe uma aprovação generalizada, que em nada tem a ver como o modo de funcionamento, mas tão somente com o desejo de substituir os actuais protagonistas.

Sem nos alongarmos sobre a actual classe política, na sua maioria oriunda de juventudes partidárias e não recrutada entre os melhores estudantes universitários ou numa elite cultural, científica ou intelectual, tal como mencionou Pacheco Pereira numa edição anterior do mesmo programa, do que decorre a necessidade de uma espécie de blindagem como meio de a tornar impermeável à entrada de quem, pelo seu mérito, possa por em causa a qualidade dos actuais quadros dirigentes.

No entanto, longe de responsabilizar quem recorre a estes argumentos, visamos especificamente quem, pela sua indiferença e alheamento, ainda não compreendeu plenamente a dimensão do cargo para que foi eleito ou nomeado, refugiando-se em estudos que, pela sua parcialidade, dão conta de consequências e não de causas.

Confundir ou misturar causa e efeito, mais do que manipular a opinião pública, serve para transferir a responsabilidade de quem não é capaz de analizar, de forma crítica, o que está efectivamente mal na relação entre política e cidadania para todos aqueles cuja voz é diariamente ignorada.

Promoção de ferramentas no Lidl


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Work Center Móvel

A partir desta 2ª feira, dia 02 de Outubro, o Lidl vai ter em promoção diverso tipo de ferramentas e acessórios, algumas das quais poderão interessar aos adeptos do todo o terreno que façam algum tipo de manutenção das suas máquinas.

A título de exemplo, deixamos aqui uma breve apresentação do Work Center Móvel, um sistema de arrumação com 2 compartimentos autónomos facilmente deslocável, que apresenta as seguintes características:

Caixa com compartimento superior de arrumação.
Pega de transporte e fecho de segurança.
2 prateleiras removíveis.
Gaveta giratória com diversos compartimentos.
Caixa de arrumação de grande capacidade.
Pega telescópica e rodas.

O preço deste sistema móvel é de 29.00 euros, mas estão disponíveis várias outras alternativas, a diferentes preços, que incluem desde jogos de chaves a serras, passando por carregadores de baterias ou acumuladores eléctricos.

Deixamos aqui esta sugestão para os que ocupam os meses do Inverno que se aproxima na manutenção e melhoramentos dos seus veículos.

O Beriev e a pescada


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Antes de o ser já o era: a pescada

Alguém sabe qual a semelhança entre o Beriev Be-200 e uma pescada?

Provavelmente não, mas aquilo que os torna parecidos é que ambos antes de o serem já o eram.

A pescada, como todos sabem, já tinha esse nome antes mesmo de ser, passe a redundância, pescada e seguir o seu destino para a mesa de um apreciador.

Quanto ao Beriev Be-200, que esteve em testes durante este Verão, após o acordo de pagamento através da amortização da mítica dívida soviética para com o nosso País, obviamente seria adquirido, pelo que a avaliação operacional teria que coincidir com a análise financeira.

Assim, também neste caso, antes de o ser, já o era, pois nem mesmo algumas óbvias desvantagens quando comparado com o Canadair foram tidas em conta e mesmo as deficiências ou limitações do avião passaram para limitações da orografia, essa sim, a grande culpada por tudo quanto correu mal, tal como o lamentável acidente que quase o destruiu na barragem da Aguieira.

E aqui, a velha frase conhecida na IBM e no mundo informático, não é um “bug”, é uma “feature”, ganha uma nova dimensão, pois não estamos a falar de uma qualquer falha, limitação ou deficiência, mas tão somente de algo previsto na altura da concepção e perfeitamente enquadrado no funcionamento do mesmo.

Portanto, para alegria de um Governo que, independentemente da valia técnica, vai ter os seus aviões de combate aos incêndios enquanto anuncia que resolveu um problema secular, vamo-nos preparando para ver nos ares de Portugal o célebre Beriev, que no Verão vai transportar água e no Inverno talvez possa servir de táxi aéreo em substituição dos Falcon.

domingo, outubro 01, 2006

TrackMaker: um programa em português


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Écran do Trackmaker

De origem brasileira e com versões em Português e Inglês, o TrackMaker é um dos melhores, se não o melhor, dos programas de navegação por GPS gratuitos, incluindo muitas das características que normalmente só podem ser encontradas em produtos comerciais.

As características mais importantes deste programa, actualmente na versão 13.0 são:

- Cria, edita e apaga tracklogs, rotas e waypoints
- Banco de dados com mais de 280 diferentes referências de datum
- Os dados podem ser armazenados em diversos formatos
- Calcula comprimentos catográficos, velocidades instantâneas e médias nos Tracklogs
- Função de Zoom in e Zoom out
- O mapa pode ser arrastado inteiro, somente com o botão direito do mouse
- Mostra no écran: o nome, o comentário ou um comentário do waypoint em caixa de texto
- Possibilita mudar a cor do fundo, linhas de grade e do texto dos waypoints
- Navegação total sobre a imagem digitalizada do mapa
- Possibilita inserir várias imagens de mapa ou fotos no fundo do écran
- Reconhecimento dos ficheiros do PCX5, Waypoint+, MapInfo® e Arc/Info®, ArcView®, etc.
- Possibilidade de mudar a impressão para o modo Grade Verdadeira
- Função de Navegação em Tempo Real (RTN)
- Mostra e imprime mais de 190 ícones coloridos
- Impressão em escala

Extremamente importante, é a possibilidade de integração total com Google Earth®, qua inclui as seguintes possibilidades:

- Permite importar e exportar ficheiros KML com suporte para imagens, itinerários, rotas e waypoints.
- Envia ao Google Earth® itinerários, rotas e waypoints selecionados e imagens.
- Permite ver a posição atual no Google Earth® em tempo real.
- Clique sobre qualquer imagem e escolha a opção Visão 3D no Google Earth.
- Protocolo NMEA0183 para navegação em tempo real com outros modelos GPS
- Opção de escolha de nome, estilo e cor para as Tracklogs
- Função Catálogo que regista todas as imagens inseridas em ficheiros GTM
- Função AutoLoad de carregamento automático de imagens de mapas na Navegação em Tempo Real (RTN)

No "site" é ainda possível obter mapas dos vários continentes, mas também de algumas zonas ou países, com especial destaque para o Brasil.

Este é, sem dúvida, um programa a não perder e uma excelente opção para quem não queira investir num "software" de orientação.

Beriev com parecer positivo


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Em Itália, o Be-200 também foi testado

Os relatórios de avaliação ao desempenho operacional do avião russo Beriev Be-200, que durante quase dois meses participou no combate aos fogos, apontam no sentido de uma apreciação positiva que poderá levar a uma eventual aquisição desta aeronave.

Apesar de o Ministério da Administração Interna (MAI) garantir que ainda vai estudar os documentos, salientando que ainda não tomou uma decisão, o facto de a aquisição poder ser feita através da amortização de uma dívida será, sem dúvida, de capital importância.

Também ficou concluido, por coincidência ou não, na mesma altura, o inquérito ao acidente sofrido pelo avião a 6 de Julho, no qual são excluidas eventuais limitações operacionais que, curiosamente, foram detectadas quando o hidroavião foi testado pela Protecção Civil italiana.

Segundo o director do Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes com Aeronaves, Anacleto dos Santos, o acidente na Barragem da Aguieira deveu-se a "um erro de planeamento" porque "a distância do braço do rio em que foi feito o enchimento foi mal calculada".

Confirma-se, portanto, que foi prolongado o contacto com a água na tentativa de fazer o reabastecimento completo numa trajectória onde tal não poderia verificar-se, do que resultou uma descolagem tardia e o impacto na copa das árvores.

Esta conclusão, que era uma evidência após análise do perfil de voo da aeronave, conforme um texto que publicamos, peca por tardia e o atraso da empresa em entregar documentação em nada contribui para o pronto esclareceimento desta situação.

No entanto, e ao contrário do que alguns opinam, esta situação deve-se a um conjunto de erros na avaliação dos locais e a limitações operacionais da aeronave, incapaz de abastecer naquela distância e numa zona com a orografia particularmente acidentada.

Quando comparado com o Canadair, o Be-200 apresenta como vantagem a maior capacidade de carga, que atinge os 12.000 kg, com pouco de combustível nos depósitos, uma maior velocidade e, dependendo da configuração, uma polivalência que o torna apto para outro tipo de missões.

Tem, no entanto, desvantagens quanto ao total de pontos de água, a uma menor capacidade de manobra e à necessidade de manter uma velocidade e altitute mais elevadas, de que resulta uma maior perda de água devido ao decréscimo de precisão e à evaporação.

Também o consumo de combustível e de manutenção deverá ser devidamente equacionado, sendo que também aqui a opção pelo CL-415 é mais favorável, sendo de analizar se o custo total de operação ou "total cost of ownership" não poderá penalizar fortemente o modelo russo.

A hipótese de uma frota mista, usando os dois modelos como complementares um do outro, tem custos totais proibitivos em termos de manutenção, treino de pessoal e outros associados, pelo que dificilmente poderá ser contemplada.

Não obstante as dúvidas que todo o processo levanta, a decisão no sentido da aquisição do Be-200 estaria praticamente tomada a partir do momento em que o pagamento fosse feito conta a amortização de uma dívida que assumia contornos de incobrável, pelo que o conteúdo de relatórios operacionais ou inquéritos a acidentes acabem por ser minimizados perante esta opção financeira.

Esperamos que, caso o Be-200 venha a ser adquirido, as contas finais sejam devidamente publicitadas, evitando assim uma situação semelhante à dos helicópteros Kamov, cujo custo de manutenção é manifestamente uma forma de ocultar o baixo preço de venda, transformando o negócio num desastre a médio prazo.