Câmara FPV para óculos - 2ª parte

Está presente a possibilidade de recorrer à aplicação Roadcam para controle remoto, a partir de um dispositivo móvel, o que permite, dependendo das capacidades de transmissão deste e das condições da rede enviar imagens em tempo real sob a perspectiva do utilizador.

Esta aplicação é essencial para tirar partido da câmara, conectando via WiFi com um dispositico móvel, a partir do qual podem ser efectuadas operações e configurações, bem como proceder ao envio de imagens em tempo real, via rede móvel, partilhando-as com directamente com alguém ou em redes sociais.

Também é possível descarregar o conteúdo do cartão ligando o dispositivo a um computador, via cabo USB, fornecido, ou passando o cartão de memória para um leitor, aconselhando-se a salvaguardar as imagens antes que sejam reescritas, dado que existe gravação em "loop" com blocos de 1, 2, 3 e 5 minutos, o que significa que, caso o cartão esteja cheio, estes blocos serão reescritos, a começar no mais antigo.

Este dispositivo é compatível com a maior parte dos óculos existentes no mercado, desde que possuam hastes rígidas e direitas, aconselhando-se, natualmente, modelos com resistência física adequada, o que excluir modelos mais frágeis que, face a movimentos, se possam partir.

Vender o helicóptero antes de o comprar - 3ª parte

Neste caso concreto, vítima deste acidente sobreviveu e continua internada no Hospital de Coimbra, em estado grave, desconhecendo-se qual o impacto da lentidão do transporte desde o local do acidente até ao hospital de destino poderá ter tido no seu actual estado de saúde e em eventuais consequências para o futuro, sendo natural que, após a conclusão dos tratamentos seja averiguada uma eventual relação entre o tempo de socorro e a evolução do tratamento.

Dado objectivo é que o Estado português contratou um serviço da maior importância a uma empresa que não possuia meios próprios e que, após selecionada, foi em busca dos meios contratualizados, o que implica que nunca iria pagar mais aos contratados do que o Estado lhe pagou, mesmo que tal implicasse demoras no cumprimento do contrato, com todas as consequências que daí podem resultar.

Este tipo de negócio parece-nos absurdo, no fundo permite a qualquer empresa, sem património ou capacidade financeira, mesmo sem meios ou experiência, vencer um concurso e assinar um contrato com o Estado e usar como garantia do pagamento dos meios que necessita adquirir ou alugar esse mesmo contrato, colocando-se assim numa situação de vantagem face a empresas que fizeram investimentos e necessitam de os amortizar.

No entanto, para a empresa vencedora, que não precisou de efectuar investimentos, a margem de manobra é superior, dada a ausência de encargos e despesas prévias e o conforto conferido pelo contrato com o Estado, a que corresponde uma garantia do recebimento do valor contratualizado e que serve como forma de obter empréstimos em moldes favoráveis.

"BitChat" - mensagens sem Internet - 1ª parte

Jack Dorsey, conhecido por ter sido um dos criadores do Twitter e do Bluesky, apresentou na passada segunda-feira uma aplicação de troca de mensagens descentralizada e encriptada capaz de funcionar sem Internet, recorrendo a conexões "bluetooth" que funcionam em rede e de forma descentralizada.

Denominada "Bitchat", esta rede do tipo "mesh", o que significa que uma mensagem vai passando por nós da rede, neste caso via "bluetooth", o que permite ser utilizada sem Internet ou rede móvel, foi disponibilizada no TestFlight já a ser testada por 10 mil utilizadores.

Para o criador do "Bitchat", esta rede lembra o antigo chat IRC, tendo a vantagem de não recorrer a servidores, contas ou recolha de dados. o que a torna resistente a falhas de rede e censura, enquanto garante segurança e privacidade.

No portal Github, um documento explica qual a "arquitetura técnica, protocolos e mecanismos de privacidade" desta aplicação que permite conversar em privado e em grupo, via salas de conversação que podem ser protegidas e acessíveis via credenciais, no que pode ser uma alternativa interessante, com possibilidade de ser utilizada mesmo em situações críticas.

Vender o helicóptero antes de o comprar - 2ª parte

Mais uma vez, o helicóptero não aterra junto do hospital de destino, aterrando no aeródromo de Cernache, pelo que uma nova ambulância é mobilizada para efectuar o transporte até ao Hospital de Coimbra, num processo complexo, moroso, incómodo, dispendioso, incluindo-se aqui no respeitante a todo o pessoal mobilizado, e muito ineficiente, resultando numa demora incompatível com a segurança do paciente.

É de notar que, dependendo do trajecto escolhido, a distância entre a Covilhã e Coimbra fica perto dos 140 quilómetros, podendo ser percorrida em duas horas, eventualmente menos num veículo de emergência e durante a noite, quando existe menos tráfego, pelo que todo o método de transporte é, no mínimo, questionável.

Caso os helicópteros do INEM estivessem operacionais, tal como o contrato exige, o helicóptero baseado em Viseu, muito mais ligeiro do que os da Força Aérea, teria podido aterrar no Hospital da Covilhã ou no próprio local do acidente, o que encurtaria o tempo de transporte para hora e meia, resultando num socorro que, dependendo de vários factores e na melhor das hipóteses, seria apenas marginalmente mais rápido do que caso efectuado por ambulância.

Naturalmente, a decisão de evacuar um doente por terra ou por ar depende de vários factores, não apenas do tempo de transporte, mas o número de transferência de um meio para outro deve ser reduzido na medida do possível, mantendo-se igualmente, salvo excepções, o acompanhamento por parte da mesma equipa médica.

Câmara FPV para óculos - 1ª parte

A câmara S110 é um pequeno dispositivo de gravação e partilha de vídeo em tempo real, na perspectiva de primeira vista, sendo adaptável à maioria dos óculos existentes no mercado, replicando, de certa forma o conhecido FPV dos drones, aqui adaptado a outra realidade.

Esta câmara permite gravar em Ultra HD, a 2.7K, o que permite fazer o envio de imagens em tempo real, na perspectiva de primeira pessoa, sendo também possível proceder a gravações áudio de alta qualidade, podendo-se registar facilmente conteúdos de reuniões ou apontamentos de voz.

É possível gravar vídeo, em formato MP4 e com compressão H.264 a 2.7K 30fps, em 1080p 30fps e 720p 30fps, com o sensor de imagem GC2083 a oferecer um ângulo de 110 graus, enquanto a resolução máxima das fotos é de 12 MP, o que corresponde a 4032x3024.

Está presente um pequeno écran colorido IPS de 0,96", que permite navegar pelos menus de configuração, como alternativa a comandos de voz, muito intuitivos e fáceis de utilizar, bem como visualizar as imagens gravadas no cartão de memória instalado e que pode ter até 128 Gb de capacidade.

Vender o helicóptero antes de o comprar - 1ª parte

Um homem de 49 ficou com ferimentos graves, com um traumatismo craniano, na vila de Paúl, no concelho da Covilhã, na sequência de um acidente com uma trotinete, obrigando a socorro urgente, com o pedido de helitransporte a ser efectuado perto das 20:00, dando origem a uma longa sequência de intervenções por parte de diversas equipas médicas.

Demorou perto de cinco horas e meia, com a intervenção de seis equipas, obrigando a mobilizar um helicóptero da Força Aérea, o único capaz de operar durante a noite, como consequência da falta de meios da empresa a quem este serviço foi adjudicado, o que nos parece inadmissível, correspondendo a uma violação contratual logo no início deste.

Segundo o contratualizado, deveriam ter sido disponibilizados quatro helicópteros, que a empresa não tinha disponíveis, obrigando à mobilização de meios da Força Aérea, que colocou um helicóptero ao serviço do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), aguardando-se que um segundo helicóptero entre ao serviço, para o que necessita de um "kit" médico-sanitário ainda em falta.

Neste caso concreto, o acidentado, uma vez transportado para o Hospital da Covilhã, e porque o helicóptero da Força Aérea, pelas suas dimensões, se vê impossibilitado de aí aterrar, teve que ser novamente transportado por ambulância para Castelo Branco, o local adequado à aterragem mais próximo, após o que o helicóptero, que se deslocou do Montijo, procedeu ao transporte aéreo.

Opera 120 final já disponível

A versão 120 final do Opera, o navegador que temos utilizado durante os últimos anos, já pode ser descarregada, reportando a compilação 120.0.5543.38, baseada no Chromium 135.0.7049.115 ou posterior, vindo consolidar algumas das alterações e melhoramentos das versões anteriores, mas sem ser uma versão marcante, como muitas vezes acontecia quando estas tinham números mais redondos.

As principais novidades são a nível do écran dividido e de uma maior facilidade em mover de uma ilha de janelas para outra, do Opera Translate, que entende de forma imediata conteúdos presentes na Internet e pode traduzir páginas em mais de 40 linguas diferentes, e um gestor de credenciais, ou de "passwords", redesenhado e com utilização mais simples e ituitiva.

Outra novidade relevante é a remoção da funcionalidade de carteira incluída no navegador, cuja funcionalidade completa apenas ocorrerá até 15 de Julho, após o que surgirão limitações, incluindo a nível de métodos de recuperação até a um termo de utilização que está prevista para o primeiro dia de 2026.

No entanto, observando o muito extenso "changelog" desta versão, o número de correcções e pequenas alterações ou melhoramentos é relevante, pelo que, por debaixo de uma aparência muito semelhante à das versões anteriores, este Opera 120 representa um melhoramento em várias vertentes, o que, só por sí, justifica uma actualização rápida para esta versão.