sexta-feira, março 27, 2009

Incidência em áreas protegidas - 3ª parte


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Bombeiros durante um incêndio florestal

Ao invés, vedar ou dificultar acessos, impor regras que afastam as populações, limitar a actividade económica, destruindo a sustentabilidade e o equilíbrio que vigorou durante séculos, e desertificando áreas que ficarão ao abandono, fruto da falta de habitantes e de investimento, corresponde a uma destruição a prazo de um importante capital natural.

As opções seguidas têm sido, manifestamente, neste último sentido, optando o Estado por reduzir as perspectivas de sustentabilidade enquando diminui o investimento público, considerado como não prioritário numa época de crise económica e social, do que resulta um quase completo abandono e o declínio de áreas que em breve não terão merecimento de uma classificação especial.

Nesta perspectiva, perde-se um importante património, que dificilmente poderá ser recuperado nas próximas gerações, acrescendo a possibilidade de, por perda da actual classificação, estas áreas protegidas serem abertas a actividades que as comprometam para sempre.

A sustentabilidade das áreas protegidas passa por parcerias público-privadas, pela abertura a actividades turísticas e de lazer, pela mobilização da sociedade civil através de programas de voluntariado e por políticas agrícolas que voltem a fixar populações, sendo possível, com um investimento inicial moderado, obter proventos substanciais a médio e longo prazo, bastando para tal uma perspectiva de futuro integrada do desenvolvimento regional.

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