domingo, janeiro 27, 2008

Impacto no socorro do aumento de serviços de transporte - 1ª parte


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Ambulância dos Bombeiros de Vidago

Já mencionamos diversos problemas resultantes da evidente falta de planeamento e de visão de conjunto que caracterizam a actual política de remodelação dos serviços de saúde, concretamente algumas das consequências resultantes dos múltiplos encerramentos ou perdas de valência, mas os efeitos na estrutura de socorro devem ser analisados separadamente.

Com o encerramento ou a redução de horários de centros de saúde, tem-se vindo a assistir ao posicionamento de ambulâncias nos locais onde estes funcionavam ou durante o período de encerramento, quando se verifique, por exemplo, o fecho noturno.

Estas ambulâncias, que podem pertencer ao Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) ou, em maior número, aos bombeiros, ficam, normalmente imobilizadas, numa missão que alguns pretendem que minimize o impacto da perda de um serviço de atendimento.

Obviamente, substituir um serviço e uma estrutura de atendimento por uma ambulância, por muito bem equipada que esteja e por muito qualificada que seja a tripulação é algo que, para nós, não faz qualquer sentido, podendo resultar não numa solução parcial, mas num duplo prejuizo, quando à perda da unidade de saúde se adiciona a de um meio de socorro que fica impossibilitado de cumprir a sua missão.

O encerramento de unidades de saúde, por outro lado, aumenta substancialmente o número de quilómetros a percorrer não apenas em missões de socorro, mas também em transportes, os quais acabam por ser cada vez mais morosos e empenham um maior número de recursos que, assim, ficam indisponíveis para outro tipo de missões.

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