sábado, setembro 17, 2005

E a formação?


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Uniden GPS radio

Já assistimos à divulgação de um conjunto de medidas e propostas de aquisição de equipamentos de combate aos incêndios florestais, tendo sido recentemente disponibilizado o estudo referente à contratação de meios aéreos.

Tem-se, também, contabilizado os meios a disponibilizar e orçamentados os recursos económicos que permita a sua mobilização, sendo provavelmente uma das poucas rúbricas no próximo Orçamento Geral de Estado onde não se vão sentir os cortes e restrições que serão a tónica dominante.

No entanto tem-se verificado, e várias vezes se apontou para esta questão, que ao aumento de meios não corresponde um aumento proporcional dos resultados. Infelizmente, de um significativo aumento do esforço financeiro tem resultado apenas uma marginal melhoria nos resultados obtidos, pelo que a conclusão é a de que está a ser preveligiada a vertente errada.

Quando comparado com outros países, excluindo a polémica da propriedade e da contratação de aeronaves, Portugal dispõe de meios de combate a fogos florestais em número compatível com os seus parceiros europeus e com a realidade geográfica. Assim, não é liquido que os resultados desastrosos que se verificam anualmente sejam consequência de uma falta de meios, sendo que as conclusões apontam claramente noutro sentido.

Desta forma, a percepção que temos do problema é a de que falta formação aos envolvidos quer no combate aos fogos, quer aos responsáveis pela coordenação, nomeadamente em termos de comunicações, controlo das operações e dos recursos, informação geográfica e capacidade de orientação no terreno. No entanto, a formação que falta nos pontos mencionados não aparece mencionada, mesmo sendo de custo muito inferior ao da aquisição de novos meios e necessária para potenciá-los. Corre-se, portanto, o risco de continuar a não obter o rendimento possível dos meios existentes e a adquirir, numa altura em que a prioridade deveria ser, acima de tudo, tirar o maior partido do que já existe, complementando os meios existentes apenas em casos de óbvias insuficiências.

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