Demodulação de sinal GSM de 900 MHz
A implementação da localização de chamadas de emergência surge perante a pressão da Comissão Europeia que, após quatro anos de atraso por parte do Estado português, ameaçou apresentar queixa no Tribunal Europeu de Justiça.
A geo-referenciação de chamadas será efectuada em duas fases, esperando-se que até ao final de Março seja possível localizar todas as chamadas provenientes da rede fixa e, até fins de Julho, o mesmo suceda com as originárias da rede móvel.
Para que tal seja possível, será necessário eliminar restrições no acesso à informação e defenir e implementar sistemas de partilha de dados entre os vários operadores, de modo a que o gestor do sistema associado ao número 112 receba as informações necessárias que levem à localização geográfica da chamada.
Em termos aplicacionais, é necessário compatibilizar os vários formatos de armazenamento de dados, de forma a consolidá-los, obtendo assim um sistema coerente de bases de dados a ser instalada numa plataforma a disponibilizar pela entidade gestora do sistema, que são as forças de segurança.
As questões da geo-localização, bem como a precisão que se pode esperar, já foram discutidas num texto anterior, cuja releitura aconselhamos aos mais interessados, sendo de acrescentar que, actualmente, todos os telemóveis activados nos Estados Unidos têm que incluir um "chip" de GPS.
Mesmo num sistema de triangulação eficaz, em condições óptimas, existem diversos factores de que podem resultar desvios importantes, particularmente gravosos em zonas urbanas ou acidentadas em que se verifiquem interferências ou obstruções, pelo que será aconselhável que se opte por uma solução semelhante à adoptada nos Estados Unidos.
Num País visitado por inúmeros turistas estrangeiros, que têm naturais dificuldades em identificar o local onde se encontram, mas também em situações de maior pânico, a localização automática de chamadas melhora a capacidade de resposta dos meios de socorro, podendo contribuir assim para salvar vidas em perigo.
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