O Serviço de Protecção da Natureza e do Ambiente (SEPNA) da Guarda Nacional Republicana pretende ampliar o número de postos de vígia no distrito de Braga, passando dos actuais 11 para um total de 15.
O primeiro passo consiste na realização de um levantamento sobre o estado dos postos de vigia existentes e na análise da rede, para ver se há necessidade de instalar mais estruturas de vigilância.
Segundo o SEPNA, os postos actualmente existentes no distrito estão em condições razoáveis de manutenção, mas necessitam de novos equipamentos tecnológicos de forma a serem utilizados no máximo das suas potencialidades.
Após um estudo inicial, o SEPNA considerou que é necessário reforçar a rede de postos com novas unidades em locais estratégicos nos concelhos de Fafe, Cabeceiras de Basto, Vieira do Minho e Terras de Bouro.
O levantamento deve estar concluido nos finais de Março e, pela altura da época de incêndios, no início de Maio, os postos deverão ter um vigilante em permanência, estando prevista a contratação de pessoal especificamente para este fim.
Actualmente, a coordenação da rede dos postos de vigia florestais é da responsabilidade do SEPNA, após esta ter transitado da Direcção-Geral dos Recursos Florestais, que durante anos geriu o sistema de detecção de incêndios, mas a forma de actuação mantém-se sensivelmente idêntica, com recurso a pessoal contratado que alerta o Centro Distrital de Operações de Socorro caso detecte uma situação suspeita.
Sendo partidários, sobretudo, de sistemas de detecção automáticos quando instalados em pontos fixos, mas dando primazia à vigilância móvel, dado que consideramos ser indispensável a efectiva ocupação do terreno para efeitos de cobertura integral das áreas florestais e como forma de disuassão de comportamentos criminosos ou de risco, o aumento das torres de vigilância, desde que dotadas de recursos tecnológicos, será um meio transitório a contemplar desde que não se pretenda que assuma o protagonismo na detecção de incêndios.
A alocação de recursos para este tipo de vigilância só deve, portanto, ser encarada como um complemento a métodos proactivos, onde exista mobilidade e iniciativa, bem como a possibilidade de interpelar quem permaneça ou se desloque de forma suspeita em zonas de maior risco de incêndios.
Dar primazia a torres de vigilância, muitas delas sem os recursos tecnológicos necessários, cria uma falsa sensação de segurança que, nas horas críticas de Verão, se revela enganadora, resultando em alertas tardios e fogos de grandes proporções cujas consequências são conhecidas.
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