O Governo, através dos ministérios da Administração Interna (MAI) e da Agricultura, Desenvolvimento Rural e Pescas (MADRP), anunciou a construção de 103 novas torres de vigilância destinadas a uma detecção mais rápida dos incêndios florestais.
Estas torres vão dispor de equipamentos videovigilância e espera-se que 30 já estejam prontas este Verão.
Em declarações prestadas aos jornalistas durante a apresentação de uma nova torre de vigilância das florestas, o titular do MADRP, Jaime Silva, explicou que as novas torres se destinam a substituir as actuais, algumas das quais bastante degradadas, mas que se mantêm operacionais.
Assim, o processo de substituição será gradual, começando pelas torres com menos condições de operacionalidade e irá prolongar-se até 2008, altura em que as novas torres estarão instaladas na sua totalidade.
Este investimento de 2.500.000 euros, segundo o ministro do Estado e da Administração Interna, António Costa, "vale a pena" dado potenciar "a eficácia na primeira intervenção", numa opção seguida neste último ano e que o Governo pretende manter.
Nesta vertente, nas palavras de António Costa, "é preciso detectar cedo e dar o alerta" é essencial para evitar que pequenos focos possam ser prontamente combatidos, evitando assim que assumam proporções que os tornem incontroláveis.
Para além dos novos postos de vigia e do equipamento, será efectuada uma campanha de sensibilização da população, num investimento total que se estima em 4.500.000 de euros nos próximos três anos, visando aumentar a vigilância das florestas na prevenção de incêndios.
A implementação de sistemas de videovigilância, sobretudo se puderem ser activados remotamente e incluirem módulos de infravermelhos, capazes de efectuar detecções de variações térmicas, se associadas a um "software" correctamente desenvolvido, é um dos processos mais eficazes de obter bons resultados com custos controlados.
No entanto, para que os resultados sejam optimizados, é necessária a implementação de um sistema de comunicações eficaz e de localização precisa dos focos referênciados, eliminando o arcaico sistema de triangulação onde se torna necessário que várias torres cruzem ângulos para se determinar o local preciso da ocorrência.
A cartografia digital, com imagens tridimensionais é um auxiliar importante, que permite uma fácil identificação do terreno e a determinação precisa da ocorrência, podendo contribuir para a rapidez da intervenção e facilitar o próprio planeamento da intervenção de meios aéreos.
As soluções propostas devem ser vistas de forma integrada e complementar, aliando um conjunto de novas tecnologias com meios mais tradicionais, para o que é obrigatório, para além de um correcto planeamento, a formação contínua dos vigilantes, não apenas para potenciar os resultados, mas como forma de valorização pessoal que estes, sem dúvida, bem merecem.
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