Quando se verifica um abalo de terra em Portugal, mesmo que pequeno, surgem as comparações com o terramoto de 1755 e sérias interrogações quanto à capacidade de alerta às populações e de resposta por parte dos meios de socorro.
Logicamente, nenhum País, tem a capacidade de, só por sí, prestar o socorro necessário no caso de um abalo sismíco grave, podendo verificar-se uma excepção no caso da Rússia, que, por razões geográficas dispoem de meios distribuidos pelo seu extenso território, dos quais a maioria não será afectado ou compronetido, os quais pode deslocar com facilidade para zonas afectadas.
No entanto, entre nós o problema começa logo nas entidades que devem dar o alerta e prestar informações ao público, como o caso do Instituto de Meteorologia, que neste caso falhou clamorosamente, com um "site" permanentemente desactualizado que apenas contribuiu para aumentar os receios das populações, sobretudo as do Sul do País, onde o efeito do tremor foi mais sentido.
E se o próprio sistema de alerta e seguimento falha, então o que poderá suceder com os meios de socorro, que necessitam de informação precisa sobre os efeitos, incluindo áreas atingidas e com que força, possibilidade de agitação no mar ou eventuais réplicas?
A existência de um sistema de aviso das populações, utilizando os recursos actualmente disponíveis não exige custos particularmente altos, bastanto recorrer a um pouco de imaginação e demonstrar alguma iniciativa.
No passado, sugerimos que fossem enviados alertas para os telemóveis registados nas antenas das zonas afectadas, de modo a que apenas os potenciais interessados fossem avisados, evitando assim situações de pânico em áreas onde não se verifique qualquer perigo eminente.
Este sistema foi, igualmente, sugerido para situações tão diversas como o desaparecimento de menores ou perigos rodoviários, sendo que, em várias situações, esbarra com uma legislação caduca que apenas facilita a vida a quem não a respeita.
O susto de hoje, que felizmente não passou disso mesmo, demonstrou uma série de fragilidades, mesmo a nível central, que não transmite um mínimo de confiança nem às populações, nem aos meios de socorro que venham a ser acionados em caso de catástrofe.
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