sábado, março 03, 2007

Vale a pena reduzir o preço do Windows Vista?


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O novo "desktop" do Windows Vista

Descrito por alguns como o "service pack" mais caro da História, o Windows Vista vai acabar por substituir grande parte dos sistemas operativos anteriormente lançados pela Microsoft nos computadores capazes de suportar os melhoramentos implementados.

Por outro lado, é normal que os fabricantes suspendam o suporte de sistemas operativos antigos, considerados como estabilizados e cuja rentabilidade seja nula, pelo que muitos utilizadores serão empurrados na direcção de um "upgrade" particularmente dispendioso e que pode não corresponder às suas necessidades.

A diferença de preço entre o Windows Vista nos Estados Unidos e os praticados na Europa é, no entanto, demasiada, desfavorecendo os utilizadores do Velho Continente que podem, nalguns casos, ser obrigados a pagar quase o dobro pela mesma versão do sistema operativo.

Mesmo tendo em conta questões relacionadas com a fiscalidade, adicionando o IVA e outras taxas aduaneiras, o incremento de preço em muito ultrapassa o valor dos impostos cobrados, pelo que existe um efectivo encarecimento do produto.

No Reino Unido encontra-se a circular uma petição online com o objectivo de baixar o preço do Windows Vista, podendo esta ser encontrada no "site" oficial "ePetition", onde é solicitada a intervenção do governo inglês no sentido de fazer baixar o preço deste sistema operativo da Microsoft.

Entre nós, num mercado pequeno e periférico, com um poder de compra muito inferior ao da maioria dos países europeus, o valor pedido pela Microsoft para o seu novo sistema operativo vai, provavelmente, levar cada vez mais dos utilizadores de informática pessoal que se querem manter legais a optar por não efectuar este "upgrade" ou a, pura e simplesmente, migrar para uma plataforma Linux, aceitando perder alguns dos programas a que todos nos habituamos.

O valor pedido por sistemas operativos de base, nos quais não estão incluidas aplicações mas tão somente um conjunto de ferramentas básicas de produtividade, devia ser analisado não apenas por particulares, mas pelo próprio Estado, certos de que muitos milhões de euros seriam poupados ao erário público.

São muitos os países, sobretudo os que estão em vias de desenvolvimento, que optaram por "software" de base Linux, o que permite redireccionar recursos para fins mais prementes, para além de contribuir para o desenvolvimento de programas baseados em sistemas abertos que mais tarde poderão ser rentabilizados.

Entre nós, para além de acordos entre o Estado e alguns produtores de "software", pouco se tem feito para que exista uma indústria nacional que desenvolva programas inovadores e independentes de uma plataforma proprietária e cada vez mais dispendiosa.

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