Sabendo-se que o negócio principal, ou "core business" de um operador como a MEO reside nos seus clientes particulares e empresariais, e não naquele que é prestado via SIRESP, ou mesmo a entidades públicas, não temos dúvidas quanto à opção ditada por exigências comerciais e pela oposição que fará contra a possibilidade de enterrar a rede.
Naturalmente, caso exista um colapso da MEO, por razões comerciais, os efeitos sobre as redes que esta gere serão imprevisíveis e a mudança do SIRESP para uma rede alternativa implica negociações e custos, para além de uma fase de teste que, perante a premência da situação, pode ter que ser abreviada, aumentando assim o grau de imprevisibilidade de uma solução de recurso.
Assim, e a menos que exista um acordo, provavelmente não revelado, com a MEO, como a aceitação da compra da TVI pela Altice ou a abertura de um banco "on line", que sirva como moeda de troca, só mesmo muito dificilmente a rede será enterrada, mesmo que estudos e teste revelem que tal seria a opção mais adequada na eventualidade da manutenção da actual estrutura de uma rede cujas funcionalidades, tal como referimos anteriormente, nos parecem ultrapassadas e incompatíveis com as exigências dos dias de hoje.
Na verdade, com a actual estrutura funcional, independentemente da sua fiabilidade, cujo melhoramento implicaria um investimento muito substancial, o SIRESP nunca será a solução adequada aos dias de hoje, pelo que novos gastos numa mesma plataforma, sem que daí resulte um substancial acréscimo de funcionalidades, parece um desperdício de recursos que podiam ser utilizados numa solução tecnologicamente mais avançada, capaz de se manter actual durante o período para que haja retorno do montante investido.
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