Uma ambulância de socorro dos bombeiros
Apesar do acordo inicial, o projecto defenitivo ainda está por negociar de modo a ser devidamente aprovada e regulamentada, mas este é um passo que tem todas as condições para vir a concretizar-se, ultrapassadas que estão as pressões de diversos grupos de opinião que se têm oposto ao estatuto de paramédico e a uma maior qualificação dos tripulantes das ambulâncias de socorro que não sejam enfermeiros ou médicos.
Este será um passo fundamental para equiparar Portugal aos padrões da maioria dos países europeus a nível da qualificação dos técnicos de ambulâncias, faltando, no entanto, um reforço a nível de pessoal médico e de enfermagem e um substancial melhoramento do sistema de gestão e controle de meios, que tem dificultado seriamente a acção no terreno.
No entanto, mesmo com a requalificação dos técnicos ou a contratação de mais pessoal médico, não é possível substituir meios hospitalares nem compensar as falhas resultantes do encerramento de serviços, pois a distância entre o local de intervenção e o de tratamento não será reduzido e os tempos de deslocação tenderão a manter-se.
Sendo extremamente importante a instituição da carreira de paramédico, esta melhoria no socorro não corrige problemas que derivam de erros estruturais e de uma fragilidade a nível de coordenação e gestão de meios que tem vindo a ser sucessivamente responsabilizada por incidêntes dos quais têm resultado sérias consequências para as vítimas.
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