terça-feira, setembro 06, 2005

Ministério para as Situações de Emergência


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Ministério para as Situações de
Emergência


A sugestão de uma força especial de emergência para combater acidentes naturais pode ter algum interesse, mas sem uma explicação mais concreta não passa de uma declaração de intenção e duvido que o Ministério da Administração Interna tenha ideias claras acerca desta questão.

Existem países onde a a Protecção civíl está a nível de Ministério, como em Itália, e na Rússia existe um Ministério para as Situações de Emergência, que para além de bombeiros inclui forças especiais e todas as infraestruturas e meios necessários para a deslocação e intervenção nos mais longínquos territórios russos e mesmo fora das fronteiras nacionais, incluindo desde gigantescos aviões de transporte a viaturas blindadas, passando por helicópteros e ambulâncias.

É, portanto, uma estrutura altamente profissionalizada mas extremamente dispendiosa, que demorou décadas a treinar e aperfeiçoar e obriga a um investimento permanente sob pena de ficar rapidamente inoperacional.

Talvez ainda haja recordação de há 2 anos, durante os fogos do Verão de 2003, helicópteros pesados russos tripulados por equipagens com berets laranja, prestaram um serviço inestimável no combate às chamas.

Este auxílio prestado por elementos do Ministério para as Situações de Emergência teria sido uma excelente oportunidade para estudar a sua actuação e tentar saber mais relativamente a esta estrutura que se tem distinguido na maioria das tragédias que se viveram no seu País de origem.

Logicamente, não parece ser possível criar uma estrutura organizada e operacional sem um custo que parece não estar ao alcance, pelo menos por agora, de um Estado que se debate com sérias dificuldades económicas.

Ficamos portanto, pela intenção e, muito possivelmente, por mais uma série de estudos que se prolongarão no tempo e ficarão esquecidos numa qualquer prateleira onde jazem tantos outros, que tanto custaram ao erário público, mas cuja aplicação nunca veio a acontecer.

Esperemo que, pelo menos, não se estejam a duplicar estruturas e orgãos de comando, com os inerentes custos e acrescidos entraves burocráticos, sem que daí resultem reais vantagens na persecução dos objectivos propostos.

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