Para além das inúmeras reportagens, algumas de gosto mais do que duvidoso e que em nada contribuem para a resolução deste problema, somos ainda brindados com um sem número de debates cujo conteúdo normalmente não passa de um debate estéril, misto de lamentações e troca de acusações, normalmente excessivamente partidarizados, sem nunca apresentar soluções que contibuam para a resolução deste problema.
Quando propusemos uma acção mais eficaz no campo da prevenção a dversos orgãos de comunicação social, seja através de programação específica, da simples inserção de spots publicitários ou de intervenções em espaços noticiosos ou nos programas que promovem o turismo rural, a resposta foi o silêncio. Pode-se concluir que a prevenção não vende, não satisfaz o gosto mórbido de audiências que procuram o sentimentalismo enquanto aguardam, os primeiros apelos à solidariedade de forma a poderem satisfazer o ego e esquecer a responsabilidade pela sua falta de acção.
Enquanto se debate se a transmissão de incêndios deve ou não ser evitada, propomos aos canais televisivos, sobretudo ao que depende directamente do Estado, a emissão de programação que vise a protecção da Natureza não apenas através de educação ambiental, importante mas que muitas vezes carece de aplicação prática, mas sobretudo de através de actividades lúdicas que tenham como propósito específico a fomentar a participação de concorrentes e espectadores em trabalhos de campo na defesa do património natural. Já assistimos a diverso tipo de programação, seja a nível de concursos ou de outro tipo de programas interactivos, muitas vezes em horário nobre, cujo propósito é apenas o divertimento, mas cujos moldes, com pequenas alterações, permitem atingir objectivos louváveis e com importante impacto social, provavelmente sem perdas de audiência.
Também alguns dos programas que fomentam o turismo rural e são patrocinados por entidades que dele dependem em termos económicos, com pequenas introduções de formato, podem dar um importante contributo na defesa do património que publicitam, o qual muitas vezes está destruido antes da data de emissão. Para muitos agentes económicos, este poderá ser um dos investimentos com maior rentabilização dado contribuir para perservar o objecto da sua própria actividade.
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