Site dos Bombeiros Portugueses
Sendo um plano de prevenção, este não dependeria obviamente da data exacta do fim da época dos fogos, sobretudo tendo em conta o facto de não ser da responsabilidade do Ministério da Agricultura o combate aos fogos. Por outro lado, o adiamento, que nem sequer foi devidamente noticiado no dia em que devia ser apresentado, corresponde a uma primeira perda de credibilidade no plano em causa, lançando dúvidas sobre a sua real existência.
Para além de indiciar uma certa falta de coordenação inter-ministerial, o facto de prevenção e combate dependerem de Ministérios diferentes, são um ponto de partida discutivel quando se pensa em rentabilizar recursos, maximizando a sua eficácia e evitando duplicações de funções e deficiências de comunicação.
Sempre consideramos que todos os assuntos relativos aos fogos florestais deviam ser centralizados numa única entidade, seja a nível do gabinete do Primeiro Ministro, seja na dependência de uma Autoridade Nacional com poderes efectivos, que nada tenha a ver com a caricatura que ocorreu instituir este ano e cujo títular confessou servir apenas para prestar apoio moral aos Bombeiros, deixando a coordenação efectiva ao Centro Nacional de Operações de Socorro, dirigido pelo inevitável Gil Martins.
Este é, portanto, mais um exemplo de duplicação de meios, que apenas vem lançar confusões e a ilusão de que algo mudou. Infelizmente, mudou para que tudo continue na mesma enquanto o País continua a arder.
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