Resta ao Governo alterar os lotes, redefinindo-os, ou aceitar pagar um preço mais elevado, dado que apenas a Heliportugal aceitou o propostos, correspondente a 10.000.000 de Euros para 10 helicópteros ligeiros, ficando a faltar aeronaves de vários modelos, como os "Fireboss", "Canadair" ou aparelhos para observação, todos eles essenciais para o dispositivo de combate.
Com a indisponibilidade da maioria dos Kamov Ka-32, e desconhecemos quantos e quando estarão disponíveis mais helicópteros deste tipo, o número de aeronaves pertença do Estado português resume-se aos três Ecureiul disponíveis, ao que, mesmo acrescendo uma dezena de helicópteros ligeiros da Helibravo, o total é francamente insuficiente, estando ausentes aviões de asa fixa, essenciais para as operações de combate aos fogos.
Existe, naturalmente, uma grande pressão, resultante da tragédia do ano anterior, embora, face à extensa área ardida em 2017, seja de prever que neste Verão os incêndios sejam muito menos devastadores e em número mais baixo, contidos pelas enormes áreas queimadas que funcionam como barreiras naturais, impedindo a propagação das chamas, resultando, com toda a probabilidade, num dos anos com menor área ardida das últimas décadas.
Não obstante a previsível calmia relativa da próxima época de incêndios, a tolerância para uma nova tragédia é virtualmente nula, pelo que os decisores políticos não irão deixar de adoptar as medidas possíveis para evitar que tal aconteça, mesmo que para isso sejam obrigados a pagar um valor particularmente elevado pelos meios aéreos a incorporar num dispositivo que depende excessivamente destes recursos.
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