segunda-feira, junho 23, 2008

Área ardida em 2008 é substancialmente superior à do ano passado


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Um incêndio florestal em Portugal

Em 2008 verificou-se um substancial aumento percentual da área ardida relativamente ao mesmo período do ano passado, com base nos dados recolhidos de Janeiro a Maio pela Direcção-geral dos Recursos Florestais (DGRF).

Os dados provisórios que constam do "site" da Autoridade Nacional de Protecção Civil (ANPC), dão conta de 3.443 hectares ardidos nos cinco primeiros meses do ano, correspondendo a um aumento homólogo de 67%.

No entanto, quando comparados com os cinco anos anteriores, os valores apontam para menos 1.779 hectares ardidos e menos 1.091 ocorrências registadas.

Este ano os distritos mais afectados foram os de Braga, onde arderam 878 hectares e de Vila Real, com 668, registando igualmente o maior número de ocorrências, respectivamente com 147 e 163 registos.

Em termos mensais, o maior número de incêndios registou-se em mês de Março, com 1.053, seguindo-se Fevereiro, com 925 ocorrências, e Abril com apenas 220.

Estes números ainda são pouco significativos e não traduzem a realidade de um País onde a área florestal diminuiu substancialmente ao longo da última década, com grandes perdas em 2003 e 2005, o que influencia decisivamente as estatísticas, criando uma ideia de sucesso que é contestável.

A diminuição de área florestal, o aumento das descontinuidades, a melhoria da coordenação e dos meios de combate e um ano de 2007 atípico, com uma área ardida anormalmente baixa, influenciam os dados estatísticos, os quais acabam por omitir parte da realidade e, sobretudo, as razões que estão na origem destes números.

1 comentário:

O Galaico disse...

A contabilização da area ardida deveria ser feita apenas em florestas autóctones. Isto é, ter em conta eucaliptais é redundante pois os eucaliptos já por si são o testemunho de uma floresta que já não existe. Em Braga, e nas suas imediações, a maioria das serras são compostas de eucaliptos e mais eucaliptos. Isso não é floresta e, os incendios nestas áreas não significam nada pois nada lá existe e em 2 meses estes já estão mais viçosos do que antes. No Norte, só a partir do Alto Minho e em direcção ao Interior é que s encontram florestas dignas neste nome. O litoral, sempre fustigado por incêndios não perde nada com os desastres dos eucaliptos. Na verdade, não fossem estes sairem reforçados a cada incêndio, os fogos seriam uma benção!

Querem acabar com os incendios? Acabem com os eucaliptos que só fazem crescer silvas e mato por causa do tempo que as suas folhas e casca metem a decompor-se. Estas árvores são bombas relógio que, depois, acabam por se propagar a todas as arvores de valor como são os Carvalhos, Pinheiros, Oliveiras, etc etc.