sábado, junho 28, 2008

Efeitos colaterais do uso de localizadores - 1ª parte


Image Hosted by ImageShack
Os sistemas de neutralização existem

Conforme já referimos, o Ministério da Administração Interna (MAI) optou por uma acção coincidente com a nossa sugestão de solicitar a cooperação das seguradoras na disseminação de equipamentos de geolocalização e imobilização a ser instalados em viaturas, adicionando uma campanha de sensibilização e o uso de sistemas capazes de identificar uma matrícula e verificar em tempo real se existe algo pendente relativamente ao veículo.

Na altura, lamentamos quer a falta de resposta do MAI, quer o facto de a rapidez com que anunciou a ideia não ser compatível com um estudo aprofundado e, obviamente, não ter tido o tempo para reflectir nos possíveis efeitos colateriais ou na possibilidade de neutralizar o sistema.

Tal como todos os nossos leitores com alguma experiência ou conhecimentos nesta área dos localizadores via GPS com envio de referenciação e recepção de comandos via SMS têm, estes sistemas apresentam vulnerabilidades que podem ser exploradas por criminosos que se queiram apropriar das viaturas onde estejam instalados.

Na utilização original que propusemos, concretamente em termos de organização e de gestão de frotas de veículos, estas vulnerabilidades não se fazem sentir, com excepção das limitações decorrentes de falhas de sinal de rede móvel ou de obstáculos que impeçam a recepção do sinal de GPS, mas quando existe uma vertente a nível de segurança, na qual podem ser introduzidos factores externos adicionais, o caso muda de figura.

O sistema de "transponders", que propusemos como substituto do método de informação fotográfica baseada na matrícula, será menos vulnerável a interferências, sobretudo se a colocação dos equipamentos for devidamente estudada, sendo uma das soluções mais realistas em termos de protecção, sem, obviamente, esquecer que qualquer comunicação remota é passível de ser afectada por contra-medidas electrónicas.

Sem comentários: