terça-feira, junho 24, 2008

Automóvel particular substitui ambulância - 1ª parte


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Um operador numa central do INEM

A falta de meios de socorro no Alentejo obrigou um médico de Beja, com o consentimento dos pais da vítima e por decisão da direcção do Centro de Saúde de Beja, a transportar no seu carro particular, uma criança de três anos ferida com gravidade num acidente.

A criança foi vítima de um atropelamento quando atravessava uma passagem de peões no centro de Beja, pelas 08:43 e socorrida inicialmente no Centro de Saúde local, que fica nas imediações, mas, perante a gravidade dos ferimentos, foi decidido optar pelo seu envio para o Hospital local, tendo sido efectuado o pedido ao Centro de Orientação de Doentes Urgentes (CODU) de Lisboa e Vale do Tejo, que terá accionado o pedido de meios de socorro.

A primeira chamada para o Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) foi efectuada pela condutora da viatura que atropelou a criança e as seguintes pelo próprio Centro de Saúde, mas quer a Viatura Médica de Emergência e Reanimação (VMER), quer a ambulância adstrita ao 112 estacionada nos bombeiros não compareceram.

Após meia hora à espera por uma ambulância, que não apareceu, um médico acabou por transportar a criança no seu carro particular, acompanhado pela mãe do vítima e por dois colegas, para o Hospital de Beja, de onde acabou por seguir para o Hospital de Santa Maria, em Lisboa, acompanhada de um médico e de uma enfermeira, dada a gravidade do seu estado.

A Polícia de Segurança Pública, que foi alertada através da chamada inicial do 112 e enviou para o local uma viatura de prevenção de acidentes da Esquadra de Trânsito, confirmou que não compareceu no local qualquer ambulância ou veículo de socorro.

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