quarta-feira, junho 25, 2008

RSB pode vir a ser uma reserva nacional - 1ª parte


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Brasão dos Sapadores Bombeiros

A possível transferência da tutela do Regimento de Sapadores Bombeiros (RSB) de Lisboa para a Autoridade Nacional de Protecção Civil (ANPC) ganhou mais força com a nomeação do tenente-coronel Joaquim Pereira Leitão para o comando deste unidade actualmente dependente da autarquia lisboeta.

O próprio presidente da câmara de Lisboa, António Costa, demonstrou abertura a esta possibilidade de integrar o RSB no Sistema Nacional de Protecção Civil, facto a que as dificuldades financeiras da autarquia e a necessidade de introduzir melhoramentos no RSB não estará alheia.

Não obstante, nem todos concordam com esta perspectiva, para quem a integração do RSB no sistema nacional, corresponde a uma governamentalização desta unidade e a uma opção de centralismo, facto agravado pelo perfíl do novo comandante que considera que "o Regimento poderá constituir-se, assim, como uma Reserva Estratégica Especial Nacional, com altos níveis de qualificação e de resposta, para intervenções específicas".

A ideia de usar o RSB como uma reserva nacional, através da celebração de um protocolo com a ANPC, mesmo que este se mantenha nominalmente como um serviço municipal, levanta alguns receios junto da população lisboeta, para quem esta unidade de bombeiros é essencial na área do socorro e cujos efectivos e meios, já escassos para as missões a desempenhar, podem ficar ainda mais reduzidos devido à dispersão.

Na verdade, importa saber não apenas quais as reais razões, que podem resultar tão somente da fragilidade financeira da câmara de Lisboa e não de uma motivação estratégica, bem como os efeitos em termos da disponibilidade de meios de socorro na actual área de actuação do RSB, para além da forma de integração numa estrutura nacional.

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