sexta-feira, junho 27, 2008

RSB pode vir a ser uma reserva nacional - 2ª parte


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Veículo dos Sapadores Bombeiros

Há muito que somos favoráveis a uma maior profissionalização do socorro e da existência de uma estrutura distrital e nacional capaz de escalonar reservas em termos de efectivos e equipamentos às corporações com base local, sendo que as unidades de sapadores podem ter um papel a desempenhar, mas tal tem que ser planeado com especial cuidado, salvaguardando os meios necessários para o desempenho das missões que actualmente estão atribuidas.

No caso concreto do RSB, que tem um papel fundamental na segurança da cidade de Lisboa, a pronta concordância do presidente da câmara sugere que a autarquia pensa, essencialmente, em partilhar os custos inerentes ao funcionamento e manutenção do Regimento e não na disponibilidade futura para realizar as missões actuais.

Por outro lado, o Governo e a própria ANPC parecem estar a tirar partido da crise camarária para aquirir, como que em saldo, uma unidade profissional, o que será financeiramente mais convidativo do que criar outra de raiz, mas que pode ter os efeitos colaterais já mencionados em termos da segurança da Capital.

Continua a faltar uma perspectiva global em diversos aspectos da vida nacional, afectando áreas tão diversas como o socorro, o desenvolvimento regional ou a própria economia, acabando as políticas sectoriais por ser vítimas da inexistência de um plano que as integre e coordene, podendo falhar não devido ao seu mérito individual, mas pelos efeitos colaterais que nem sempre são devidamente avaliados.

A falta de uma visão integrada resultará, para além das óbvias dificuldades de planeamento exigente e rigoroso que exigem, dos inúmeros poderes pessoais que tantos querem manter, colocando os seus interesses individuais acima dos da colectividade, levantando constantes obstáculos à introdução de alterações que os privem de lugares que consideram de relevo.

Mais do que problemas organizacionais de raiz, serão as mentalidades as responsáveis pela inércia que impossibilitam ou adiam reformas inevitáveis para a modernização do País.

2 comentários:

Reinaldo Baptista disse...

Sim quando o RSB respeitar as outras entidades no terreno poderá ser um bom parceiro, durante muitos anos isolaram-se na sua ilha cheia de defeitos, ignorando completamente os seus parceiros no terreno.

Nuno Cabeçadas disse...

Olá

Trata-se de um problema que não é apenas do RSB mas do funcionamento da câmara de Lisboa.

Já passei meses para conseguir uma simples resposta da CML e só após muitas insistências deram uma explicação que, nessa altura, pouco efeito prático podia ter.

Um abraço