Segundo o relatório, este incêndio terá sido causado por "descargas elétricas mediadas pele rede de distribuição", enquanto o incêndio de Góis, o oitavo maior desde que há registos, teria sido causado por um raio, portanto não apontando para mão criminosa em nenhuma destas ocorrências.
É estabelecido que não foi efectuado um alerta precoce, nem se mobilizaram totalmente os meios, o que permitiu que, em tempo muito quente, o incêndio tivesse condições muito favoráveis à sua propagação e dificilmente podia ser detido, sendo óbvio que na ANPC não existia a capacidade técnica e científica, a nível de analistas de incêndios e de meteorologistas especializados para agir com a rapidez e eficácia necessária.
A má avaliação da situação determinou a não activação de meios aéreos, entre eles um helicóptero que estava disponível e estacionado em Pampilhosa da Serra e o helicóptero estacionado no Centro de Meios Aéreos de Pombal, bem como de outros meios terrestres que podiam ter sido enviados para o teatro de operações, o que terá permitido que o incêndio atingisse rapidamente proporções que se revelaram catastróficas.
Para a comissão, "a prontidão do sistema de defesa da floresta contra incêndios", revelou "a incapacidade em reconhecer e/ou responder atempada e adequadamente às condições meteorológicas que seriam enfrentadas, ao longo do dia 17, está na génese da tragédia" de Pedrógão Grande, com as responsabilidades a irem directamente para a ANPC.
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