Acrescerão, ainda, as consequências da redução dos dispositivo ocorrida no termo da "Fase Charlie", feita sem ter em atenção o aumento da secura dos solos e as temperaturas elevadas que se continuam a verificar, bem como a cada vez menor disponibilidade de voluntários, cada vez mais condicionados por deveres laborais, que se faz sentir sobretudo nos dias úteis.
A reactivação de 72 dos 236 postos de vigía, guarnecidos pela Guarda Nacional Republicana, e o alargamento do contrato de alguns meios aéreos, ficando disponíveis dois aviões pesados, dois aviões médios e oito helicópteros médios em regime de contrato, que reforçam os meios do Estado, que incluem três helicópteros ligeiros e três pesados, bem como algumas esparsas tentativas de, sem custos, reforçar os efectivos do dispositivo, confirmam o que muitos já tinham considerado uma flagrante falta de meios no combate contra os grandes incêndios que continuam a ocorrer.
É de realçar que o dispositivo que combateu os incêndios no início de Outubro é composto por efectivos insuficientes e cada vez mais desgastados, patente nos acidentes que, intuitivamente, são mais normais quando o cansaço é excessivo, confirma o caos vigente e as más opções na gestão do sistema de defesa contra incêndios.
É o próprio governo a reconhecer que "não terá acautelado os meios de vigilância, deteção e combate necessários ao quadro meteorológico dos últimos dias, propício à propagação de incêndios florestais", mas, mesmo face a uma admissão do óbvio, faltam as consequências que devem ser inerentes ao exercício de qualquer cargo de responsabilidade, seja a nível político, seja a nível operacional, abundando, em contrapartida, as menções à criminalidade ou incendiarismo com que, aparentemente, tudo de pode justificar.
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