sábado, junho 10, 2006

PSD quer ouvir o Governo sobre incêndios florestais


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Partido Social Democrata

O Partido Social Democrata (PSD) considera que o dispositivo de combate aos incêndios florestais tem demonstrado "aparentes fragilidades" pelo que solicitou a presença urgente do títular do Ministério da Administração Interna (MAI) no Parlamento, para prestar esclarecimentos.

Em resposta, fonte do MAI confirmou, ao Jornal de Notícias, que António Costa "está sempre disponível" para se deslocar à Comissão Eventual para os Fogos Florestais.

No requerimento apresentado, o grupo parlamentar social-democrata recorda que, ao apresentar a directiva operacional nacional, foi salientado pelo ministro António Costa um novo conceito de intervenção, "mais rápida nos fogos nascentes, bem como uma articulação mais integrada de todos os agentes no combate".

Segundo este partido político, os objectivos propostos não estão a ser atingidos, facto patente nas "dificuldades" no combate aos fogos que deflagraram nos últimos dias.

No requerimento, não é, contudo, feita qualquer referência ao incêndio que lavrou no início da semana, em Fragoso, no concelho de Barcelos, e que relançou o debate sobre a utilização de meios aéreos.

Neste momento é, efectivamente necessário analisar se a estratégia seguida é correcta, quer a nível da utilização de meios aéreos, quer no respeitante às várias medidas adoptadas que parecem não equivaler a uma melhoria em termos operacionais.

Também será de interrogar o MAI relativamente à eficácia dos militares da GNR envolvidos em operações de combate aos incêndios, bem como à falta dos equipamentos prometidos, que parecem ainda não ter chegado às corporações.

Mesmo sabendo que, em termos gerais, é tarde para corrigir estratégias, que, de resto parecem não existir, podem-se rectificar opção tácticas, que, mesmo sendo limitadas, evitam maiores danos e reduzem os perigos para os envolvidos nas operações e para as populações em geal.

Infelizmente, diz-nos a experiência que as comissões parlamentares acabam por não ser mais do que o eco da voz da maioria do momento, sancionando situações absurdas, justificando erros crassos e impedindo investigações, pelo que, para além do efeito mediático, duvidamos que esta audição produza qualquer efeito na orientação do Governo.

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