sábado, setembro 01, 2007

Verão de 2007 tem sido o menos quente dos últimos 20 anos


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Imagem de satélite em 4 de Agosto de 2003

O Instituto de Meteorologia (IM) divulgou a informação de que este é o Verão menos quente dos últimos 20 anos e o mais chuvoso deste século.

Relativamente às temperaturas médias, o Verão de 2007 tem registado em Portugal continental temperaturas 0.5º abaixo do normal dos últimos 20 anos, mas, se entrarmos em conta apenas com os anos de 2001 e 2007, então a diferença das temperaturas médias é inferior em 1.9 graus.

Outra situação de excepção, é o facto de este Verão não se ter verificado nenhuma onda de calor, algo que já não acontecia desde 1997.

Mesmo tendo em conta que o Verão só termina a 21 de Setembro, pelas contas actuais a temperatura média é de 20.7º, enquanto a média entre 1971 e 2000 foi de 21.2º.

É igualmente importante lembrar que já foi este século que ocorreram quatro dos cinco verões com temperaturas médias mais elevadas, tendo em conta os valores desde que há registos climatológicos, com os valores médios mais elevado a registarem-se entre 2003 a 2006.

Por outro lado, segundo os dados do IM, este Verão pode ser considerado como chuvoso, apresentando valores de precipitação cerca de 50% acima da média.

Em particular, o mês de Junho deste ano, quando comparado com o mesmo mês de anos anteriores, foi o mais chuvoso dos últimos 20 anos e o 11º mês mais chuvoso desde 1931.

Estes dados, que vêm ao encontro de um sentir generalizado, confirmam a óbvia ligação entre a meteorologia e os incêndios florestais e vêm desmentir uma infeliz frase do ministro da Administração Interna que minimizou o efeito das condições climáticas no baixo número de ocorrências e de área ardida.

Já abordamos por várias vezes a importância de analisar objectivamente os dados e de cruzar os que são obtidos através do IM, referentes à meteorologia, e os que são transmitidos pela Direcção-Geral dos Recursos Florestais e pela Protecção Civil quanto a ocorrências e área ardida, de modo a tirar as devidas elações.

Comentar com ligeireza a influência decisiva de factores que condicionam o número e a extensão dos incêndios, que se tornam incontroláveis quando, como na Grécia, se verifica uma confluência de condições, demonstra falta de conhecimento técnico ou, o que será mais grave, falta de verdade, sendo que, por uma razão ou por outra, devem ser tiradas as devidas consequências.

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