sexta-feira, agosto 31, 2007

EMA: Sustentabilidade de um operador de meios aéreos do Estado (1ª parte)


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Um dos Kamov que operam em Espanha

A questão do entendimento da sustentabiliade de Empresa de Meios Aéreos (EMA) tem levantado algumas questões sobre as quais a nossa posição nem sempre tem sido devidamente esclarecida.

A opção por uma estructura empresarial tem, obviamente, vantagens, mas obriga a uma gestão que se enquadre dentro de uma perspectiva diferente de um simples organismo do Estado cuja dotação orçamental provém directamente do ministério da tutela segundo critérios por ele estabelecidos.

O Estado poderia ter optado por atribuir os meios aéreos a serviços específicos, como forma de dotação, tal como acontece com os meios normalmente distribuidos, por exemplo, às forças de segurança, sendo que o tipo de gestão e a forma de atribuição de verbas obedeceria aos processos e métodos comuns para os organismos públicos.

No caso concreto da EMA, sendo uma empresa que tem como objectivo a prestação de um conjunto de serviços, a sua sustentabilidade deverá provir da sua actividade, cobrando a organismos públicos e privados os montantes acordados de acordo com os contratos estabelecidos e actuando no mercado de forma concorrencial.

Assim, sendo objecto principal a prestação de serviços na área da Protecção Civil, espera-se que a EMA contractualize com as entidades que operam neste sector, um determinado valor pela prestação de serviços que não deverá ser superior ao que seria praticado por uma outra empresa que com ela concorresse em pé de igualdade.

É, pois, a nossa perspectiva que seja no combate aos incêndios florestais, seja na evacuação de vítimas, busca e salvamento, patrulhamento ou outras actividades, a contratualizar com os diversos ministérios que delas necessitam, que virá o grosso das receitas de que a empresa necessita.

De igual forma, havendo capacidades excedentária expectável em determinadas alturas do ano, a EMA poderia concorrer na prestação de serviços fora do âmbito do Estado, razão pela qual é dada importância à certificação dos Kamov Ka-32, contribuindo assim para a rentabilização de meios.

1 comentário:

E disse...

A certificação do KA-32 pelo INAC para transporte de carga suspensa é possível. Mas na minha opinião pessoal, preferia que os KA-32 não fizessem concorrência com as empresas privadas que fazem este tipo de serviço, já que os Kamov foram adquiridos pelos contribuintes e que deveriam limitar-se a serviços de protecção civil. A sua certificação ou não, em nada compromete o desempenho das missões de protecção civil, porque são missões do estado. E a realização destas missões não precisam de maneira nenhuma de uma certificação do INAC para operações comerciais. Abraço, DC.