Realizou-se no Centro de Congressos de Lisboa, a sessão de apresentação dos resultados do combate aos incêndios florestais com a presença, entre outros convidados, dos ministros da Administração Interna, Rui Pereira, e da Agricultura e Pescas, Jaime Silva.
Coube ao comandante operacional nacional de Protecção Civil, Gil Martins, anunciar que este ano as chamas apenas destruiram 17.354 hectares de floresta e mato, número muito abaixo dos 75.471 hectares ardidos no ano passado e menor ainda quando comparado com a média dos últims anos.
Gil Martins considerou que estes resultados se deveram a condições climatéricas, que este ano foram excepcionais, mas também à restruturação do dispositivo de combate aos fogos.
Por seu lado, Jaime Silva anunciou que durante o próximo ano serão formadas mais equipas de sapadores florestais como forma de reforçar o dispositivo existente e contribuir para acções de prevenção, área em que ainda há muito por fazer.
Na mesma ocasião, o segundo-comandante da Guarda Nacional Republicana informou que esta força, na sequência de acções de fiscalização, passou multas num valor total superior a 700.000 euros, mas que muitas destas coimas não estão a ser cobradas.
Esta foi uma sessão sem polémicas, destinada sobretudo a cumprir calendário, onde faltou apresentar um plano de prevenção e de reflorestação, algo que não será de estranhar porque as extensas áreas ardidas continuam a servir de barreiras naturais, substituindo assim as que deviam ser planeadas e criadas de forma artificial.
Compreende-se assim que não haja grande empenho em recuperar áreas queimadas, tal a importância destas na contenção das chamas e nos números divulgados, os quais nunca entram em conta com este aspecto extremamente condicionante da actual situação.
Afinal, talvez para o ano que vem voltemos a ter sorte com o clima e as medidas estruturais que há muito são necessárias possam continuar a ser adiadas sem que dai resultam graves prejuizos para o País nem danos políticos para a imagem do Governo.
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