quinta-feira, outubro 18, 2007

Apresentados os resultados do combate aos fogos


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Uma floresta queimada

Realizou-se no Centro de Congressos de Lisboa, a sessão de apresentação dos resultados do combate aos incêndios florestais com a presença, entre outros convidados, dos ministros da Administração Interna, Rui Pereira, e da Agricultura e Pescas, Jaime Silva.

Coube ao comandante operacional nacional de Protecção Civil, Gil Martins, anunciar que este ano as chamas apenas destruiram 17.354 hectares de floresta e mato, número muito abaixo dos 75.471 hectares ardidos no ano passado e menor ainda quando comparado com a média dos últims anos.

Gil Martins considerou que estes resultados se deveram a condições climatéricas, que este ano foram excepcionais, mas também à restruturação do dispositivo de combate aos fogos.

Por seu lado, Jaime Silva anunciou que durante o próximo ano serão formadas mais equipas de sapadores florestais como forma de reforçar o dispositivo existente e contribuir para acções de prevenção, área em que ainda há muito por fazer.

Na mesma ocasião, o segundo-comandante da Guarda Nacional Republicana informou que esta força, na sequência de acções de fiscalização, passou multas num valor total superior a 700.000 euros, mas que muitas destas coimas não estão a ser cobradas.

Esta foi uma sessão sem polémicas, destinada sobretudo a cumprir calendário, onde faltou apresentar um plano de prevenção e de reflorestação, algo que não será de estranhar porque as extensas áreas ardidas continuam a servir de barreiras naturais, substituindo assim as que deviam ser planeadas e criadas de forma artificial.

Compreende-se assim que não haja grande empenho em recuperar áreas queimadas, tal a importância destas na contenção das chamas e nos números divulgados, os quais nunca entram em conta com este aspecto extremamente condicionante da actual situação.

Afinal, talvez para o ano que vem voltemos a ter sorte com o clima e as medidas estruturais que há muito são necessárias possam continuar a ser adiadas sem que dai resultam graves prejuizos para o País nem danos políticos para a imagem do Governo.

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