quarta-feira, julho 12, 2006

Cartografia de zonas interditas


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Animais procuram abrigo durante um fogo florestal

Já nos ocorreu, por diversas vezes, propor uma cartografia de zonas interditas, cuja configuração permita considerar que o risco de trânsito ou permanência é demasiadamente elevado para ser permitido o acesso excepto em situações de perigo para a vida humana.

Em condições que descrevemos sucintamente, existem áreas, por exemplo com declives acentuados, em gargantas estreitas, que constituem verdadeiras armadilhas de onde, em caso de um imprevisto, dificilmente se pode sair.

A cobertura do território nacional feita pelo Instituto Cartográfico do Exército tem vindo a ser actualizada e melhorada, podendo ser complementada por sistemas interactivos como o Google Earth, o TerraServer ou o Lusiglob português, dando origem a informações rigorosas que sirvam de base a um tratamento por parte de especialistas.

Os sistemas de orientação e comunicações, como os GPS e os rádios portáteis, inclusivamente em modelos integrados, facilitam contactos e permitem a um centro de controle manter todo o dispositivo devidamente coordenado, com conhecimento do posicionamento concreto de cada unidade.

Desta forma, a presença de equipas em zonas consideradas de maior risco poderá ser minimizada, dando informação aos operacionais do perigo em que se encontram e coordenando esforços de modo a, sem comprometer a eficácia do combate, reposicioná-los em zonas mais seguras.

Tal obriga a um investimento em meios, provavelmente não tão dispendiosos como os que muitas vezes são inutilmente adquiridos, e, sobretudo, em formação, tal como temos vindo a insistir desde há muito.

Dois dias após a trágica morte de seis bombeiros, é absolutamente essencial reflectir sobre os procedimentos a adoptar e o papel que cada um, seja a nível institucional ou particular, deve desempenhar no sentido de evitar que situaçõe semelhantes se repitam.

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