quinta-feira, julho 13, 2006

Fogos de Norte a Sul


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Auto-tanque prestes a entrar em acção

Seis incêndios florestais deflagraram durante a tarde de ontem, de Norte a Sul do país, estão a ser combatidos por 186 bombeiros e apenas um está dominado, segundo informou o Serviço Nacional de Bombeiros e Protecção Civil.

Em Santa Vitória do Ameixial, no concelho de Estremoz, distrito de Évora, deflagrou um incêndio às 12:00, encontrando-se no local 27 bombeiros e oito veículos.

No mesmo distrito, outro incêndio, este em Ribeira do Loureiro, concelho de Portel, teve início às 14:50 e está a ser combatido por 22 bombeiros, apoiados por cinco veículos.

Às 12:34 teve início um fogo em Souto Novo, no concelho de Vila Verde, distrito de Braga, que está a ser combatido por 46 bombeiros e 12 viaturas.

Pelas 14:26, começou um em Monteiras, concelho de Castro Daire, no distrito de Viseu, estando no local 32 bombeiros, apoiados por sete veículos, um helicóptero e dois aviões.

No distrito de Aveiro, deflagrou às 14:45 um fogo em Junqueira, concelho de Vale de Cambra, que está a ser combatido por 30 bombeiros, com sete viaturas, e o apoio de um helicóptero.

Lembramos que, ainda há uma semana, com o tempo encoberto e uma temperatura baixa para a época do ano, o ministro da Administração Interna referiu o facto de estarem a ocorrer menos incêndios do que no ano anterior, facto que, aparentemente, constituiria uma vitória para o Governo que apostou no actual dispositivo como solução para o problema dos incêndios florestais.

Tentando comparar o incomparável, pois não há dois anos iguais e, mesmo escolhendo dias com condições meteorológicas idênticas, um sem número de factores que podem ir desde o desgaste do dispositivo após dias de maior trabalho até aos mais diversos imponderáveis, prejudica a comparação, foram efectuadas afirmações perigosas que em nada contribuem para o sucesso nesta luta.

Apenas dois dias após esta intervenção, o Beriev Be 200 sofreu um acidente e passados três dias, ocorreu a morte de seis bombeiros, demonstrando que a súbida de temperatura e a alteração das condições atmosféricas facilmente desmentem o ministro.

Na verdade, mesmo com alguns reforços, a falta de trabalho de fundo durante o resto do ano, quando as prioridades são dadas a outros problemas, acaba por comprometer sucessivamente o esforço que os bombeiros fazem durante o verão, única altura em que o País desperta para uma realidade que, deliberadamente, esquece durante longos meses, como se assim evitasse um triste acordar.

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