Não podemos deixar aqui uma nota para a fraca dimensão do impacto que a morte de seis bombeiros teve quer nos noticiários, quer no próprio sentir popular.
Julgamos que tal se deve ao facto de cinco das seis vítimas serem estrangeiros, sem famílias em Portugal para os chorar ou funerais para acompanhar, facto de que resultou o esquecimento dos seus nomes, sendo indistintamente referidos como "técnicos chilenos".
Se lermos os jornais, assistirmos aos noticiários ou ouvirmos as rádios, apenas o nome do bombeiro Sérgio Rocha foi ouvido, enquanto os nomes dos sapadores chilenos que estavam entre nós no cumprimento de uma difícil missão, foi ignorado, como se apenas contando apenas para as estatísticas de quantos perderam a vida vítimas dos incêndios florestais, como se o facto de não terem nascido no nosso País de alguma forma tornasse mais tolerável o sucedido.
Para que ninguém se esqueça de que, tal como o bombeiro português, merecem ser recordados, aqui ficam os nomes dos sapadores chilenos que vieram morrer longe da sua pátria:
Sergio Cid, chefe da equipa
Juan Carlos Escobar
Fabian Tramolao
Bernabé Barto
Henry Bravo
Lembramos, ainda, porque a memória é curta, sobretudo quando a culpa é muita, os dois colegas que morreram em 2003 em Mortágua:
Manuel Montoya
Isaías Huenhuam
Esperamos que o Estado português honre as suas memórias e auxílie as suas famílias e não deixe cair estes nomes no esquecimento.
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1 comentário:
Dou-te toda a razão. Mas já agora vê os jornais chilenos e vê de quem se esqueceram. Abraço
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