O antigo Be 12 opera bem em áreas mais restritas
Será esta a forma de perservar a excelência que se pretende para a aeronave selecionada por razões políticas e económicas, leia-se o pagamento da já mítica dívida russa para com Portugal, que parece não haver possibilidade de recuperar.
O acidente ocorrido na barragem da Aguieira verificou-se quando uma segunda trajectória foi tentada, para que o Beriev enchesse os tanques em mais de 40%, valor que se verificou na primeira tentativa e que é insuficiente.
Assim, porque não é prático fazer abastecimentos de água de apenas 40% em cada passagem, o que limita a operacionalidade do avião, dada a necessidade de repetição de que resulta tempo perdido e combustível gasto, a tripulação optou por uma nova rota tendo abastecido os tanques em 60% mas, como se verificou pelo resultado, sem margem de manobra para descolar em segurança.
Para além do apuramento de responsabilidades que prossegue, seria também de rever a lista de pontos de abastecimento de água, que foi nitidamente empolada, através da inclusão de locais como o da barragem da Aguieira, onde não é possível abastecer o Be-200 numa única passagem e com os níveis de água que se verificam no Verão.
Sem ter acesso ao estudo efectuado, torna-se difícil verificar onde residem os erros, mas o facto de este ter sido realizado durante os meses de Inverno, com um nível de água nas albufeiras muito superior ao actual, pode contribuir para explicar o desfasamento que agora se verifica e que tem penalizado fortemente esta aeronave.
Independentemente do resultado, com um início de testes tão problemático, começamos a acreditar que só razões de ordem política e económica poderão levar a adoptar este modelo que, repetimos, tem provado ser excelente nas condições para as quais foi concebido.
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