Jovens a percorrer um itinerário florestal
O anúncio foi feito numa conferência de imprensa no Governo Civil por Catarina Rodrigues, responsável da delegação do IPJ, na apresentação do programa para este ano, a que se podem candidatar autarquias e associações como entidades promotoras.
Os jovens voluntários, que terão de ter mais de 18 anos, recebem uma bolsa de 12 euros diários, terão um seguro de acidentes pessoais e formação geral e específica, mas não vão participar em acções de combate a incêndios por razões de segurança e operacionalidade, limitando a sua acção à prevenção, limpeza de matas e sensibilização de populações.
Filipe Neto Brandão, governador civil de Aveiro, sublinhou "a generosidade que os jovens emprestam ao que fazem" e a importância da "pedagogia cívica do programa" para a preservação da floresta.
António Ribeiro, o segundo comandante do Centro Distrital de Operações, considerou que é também uma oportunidade "para os jovens conhecerem a floresta por dentro", concluindo que "a limpeza e manutenção da floresta é um problema de gerações" pelo que a sensibilização tem de começar pelos jovens.
Sem mais detalhes, torna-se impossível avaliar a importância desta iniciativa, para além da sensibilização a nível dos próprios participantes, sobretudo tendo em conta a forma como acções semelhantes foram implementadas no passado.
No entanto, dividindo os participantes pelas semanas de actividade, teremos em permanência cerca de 50 jovens, desconhecendo-se detalhes organizativos e de logística, essenciais para o sucesso deste tipo de actividade.
A título de exemplo, sem que exista um sistema de transporte organizado, as áreas de actuação serão escassas e sempre na periferia das povoações, onde a prevenção é, efectivamente, protagonizada pelos próprios habitantes.
A própria "formação geral e específica" carece de ser explicada, para saber se estamos a falar de algo concreto, tecnicamente aprofundado e que será utilizado na prática, valorizando os formandos, ou das habituais sessões onde algumas ideias genéricas e do conhecimento de todos servem de base a divagações inúteis.
Sem enquadramento, meios de transporte e comunicações, não podemos falar de prevenção, quando muito de limpeza de algumas zonas selecionadas, resultando apenas numa forma de educar os participantes, sensibilizando-os para a problemática dos incêndios florestais.
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