terça-feira, maio 23, 2006

Desempregados na prevenção dos incêndios


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Instituto do Emprego e Formação Profissional

A Governadora Civil de Évora, Fernanda Ramos, reforçou o apelo à prevenção dos incêndios florestais na região, lembrando as autarquias de que podem recorrer a trabalhadores subsidiados para as operações de limpeza junto das vias de comunicação e de outras áreas do domínio público.

"As câmaras municipais podem socorrer-se de trabalhadores que recebem subsídio de desemprego para as operações de limpeza e desmatação", afirmou Fernanda Ramos, ao enumerar o dispositivo de combate a incêndios florestais no distrito.

Nas vésperas de iniciar uma série de visitas aos diferentes concelhos do distrito, onde deverá abordar a problemática dos incêndios, a representante distrital do governo renovou o apelo aos proprietários florestais para a limpeza das florestas.

As serras dOssa e de Portel, onde predominam montados, são algumas das zonas mais vulneráveis no distrito em matéria de incêndios.

O dispositivo de combate no distrito de Évora mobiliza, na chamada "Fase Bravo", a decorrer até fins de Junho, cerca de 150 homens, 40 viaturas e uma Torre de Vigia.

No distrito de Évora, verifica-se um aumento de 53% dos recursos no terreno no período de Verão em relação ao ano passado, depois de, na Primavera, esse aumento atingir os 71%.

O helicóptero adstrito à região vai ser desviado de Viana do Alentejo para o Alandroal, uma vez que se trata de uma zona com mais incêndios de maiores dimensões, além de permitir ainda atingir mais áreas de maior risco comparado.

A opção pela contratação de desempregados inscritos nos Centros de Emprego para reforçar acções de limpeza tem sido proposta por diversas vezes, inclusivé por muitos cidadãos anónimos, que consideram que quem recebe um subsídio do Estado, deve prestar uma contrapartida na medida das suas possibilidades.

Se devidamente enquadrados, estamos de acordo com esta opção, tal como o estariamos se fossem integrados reclusos em regime virado para exterior ou como penas de substituição para condenados, de modo a que todos pudessem prestar um serviço ao País, reforçando o dispositivo existente.

Esta será também uma forma de ajudar os próprios participantes, integrando-os na sociedade e na vida activa, mesmo que através de uma actividade alternativa, e fomentando a sua própria auto-estima, criando assim condições para a próxima fase da sua vida como cidadãos.

Lamentavelmente, a maior parte das autarquias não utiliza este recurso que tem ao seu dispor, embora tenhamos conhecimento de desempregados que, voluntariamente, tenham participado em actividades de prevenção e de limpeza e de outros que, tendo-se oferecido para participar, nunca foram chamados pelas entidades que contactaram.

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