É sem dúvida a nível do Estado que devemos recear um ataque de maiores proporções, tendo em conta que a deslocação de serviços físicos para plataformas "online" não foi acompanhada pelo necessário investimento em segurança e, sobretudo, em especialistas, que, actualmente, têm uma procura que lhes permite auferir um vencimento completamente incompatível com o praticado na função pública.
Mesmo tendo em conta as diferenças entre instituições, é impossível não comparar a postura da Vodafone, que foi recentemente atacada, e que foi de uma clareza e transparência que gerou confiança e solidariedade, com a do Minsitério dos Negócios Estrangeiros, que apenas após inquirido pela imprensa admite o sucedido, sem adiantar nada de concreto, o que aumenta a desconfiança que muitos sentem em relação à classe política e a incerteza quanto ao que realmente terá sucedido.
Entre o adiantado pela comunicação social, que aponta para uma situação grave, que pode ter começado antes do fim de semana e teria sido detectada pelo SIS e as afirmações do ministério, que apenas confirma um ataque na passada quarta feira, sem acesso a áreas mais sensíveis e que desencadeou mecanismos de alerta implementados na rede, vai uma diferença enorme, que as respostas vagas do ministro responsável em nada esclarecem, levantando mais dúvidas do que certezas.
Este ataque, pela gravidade que pode atingir, merece uma especial atenção, sendo óbvio que iremos continuar a acompanhar esta situação, na medida do possível, e verificaremos a consistência das informações que nos chegarem, no sentido de apurar a verdade e entender aquilo que realmente sucedeu, bem como o possível alcance desta intrusão, que pode ser muito mais grave do que aquele que pretendem dar a entender.
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