Outra vertente intrigante é, segundo as notícias, ter sido o SIS, o Serviço de Informações e Segurança, a detectar uma intrusão que devia ter activado alarmes e ser prontamente detectada, avaliada e contida por quem administra a rede, sem que fosse necessário a intervenção de uma entidade externa para denunciar uma situação que, potencialmente, poderia decorrer desde há dias sem ser detectada e corrigida.
Por outro lado, o ministro dos Negócios Estrangeiros, para além de desvalorizar o sucedido, afirmando que não foi acedida informação sensível, o ataque teria ocorrido apenas na 4ª feira, dia em que foi revelado pela imprensa, e fora detectado pelos serviços do ministério, sendo apenas mais um de entre muitos que ocorrem de forma quase constante, dando a crer que esta é uma situação normal e quase irrelevante.
Este ataque segue-se a uma vaga extensa, alguns dos quais são bem conhecidos e devidamente tipificados, como aqueles que visam obter o pagamento de um resgate, enquanto outros ainda levantam muitas dúvidas quanto às suas reais motivações, que, pelo menos no caso dos que se revelam mais sofisticados, nunca serão por mero vandalismo ou a vontade de prejudicar terceiros, sendo sempre de equacionar outras possibilidades, tal como fizemos quando abordamos o ataque à Vodafone.
Tendo em conta o número de ataques em Portugal, é óbvio que alguns deles estarão ligados, podendo uns serem uma preparação ou uma acção exploratória necessária para o passo seguinte, ou uma acção complementar, que visa obter um resultado que apenas pode ser alcançado através de um conjunto de intrusões, como parte de um plano elaborado e que explora as vulnerabilidades no nosso País.
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