Homenagem funebre aos bombeiros chilenos
A morte dos seis bombeiros, segundo o ministro da Administração Interna, citado pela rádio TSF, deveu-se a "problemas de coordenação da acção no terreno e a dois fenómenos relacionados com o comportamento do fogo".
Registou-se, segundo o ministro, que falava no Parlamento, na Comissão Eventual para os Fogos Florestais, "uma situação particularmente complicada de fogo de copas e uma erupção violenta que apanhou os seis homens no percurso da evacuação".
"Outros bombeiros conseguiram fugir, mas houve seis cujo percurso foi impossibilitado pelo comportamento do fogo", adiantou António Costa, ao reconhecer a existência de erros de planeamento, facto raro que salientamos com o devido apreço.
No entanto, a parte do relatório perliminar que se conhece é um conjunto de generalidades que podia ser aplicado à maioria das situações, sem apontar factos concretos e, menos ainda, soluções possíveis.
Assim, para lá de um "erro de coordenação" que não é descrito e ninguém sabe a quem pode ser imputado, e de "uma situação particularmente complicada", que lamentavelmente tende a ser a norma nos fogos florestais, felizmente sem as mesmas consequencias, nada há a adiantar ou corrigir.
Logicamente, não são apontadas ou reconhecidas causas estruturais, resultantes de anos sucessivos de políticas desastrosas por parte de sucessivos governos, nem questões organizacionais ou a nível de meios, optando-se por conclusões tão vagas que evitam consequencias a nível de quem tem poder decisório.
Portanto, se houver um novo acidente, o relatório já estará pronto e apontará para a tradicional mistura de fatalismo, azar e imprevisibilidade que caracterizam a vida neste pobre País.
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