terça-feira, setembro 11, 2007

Fogos ainda activos em Arouca e Arcos de Valdevez


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Reabastecimento de água de um Beriev Be-200

Mais de uma centena de bombeiros, apoiados por 28 viaturas, ainda combatiam incêndios activos nos distritos de Viana do Castelo e Aveiro, de acordo com informação da Autoridade Nacional de Protecção Civil (ANPC).

Um fogo em área florestal detectado às 20:26 em Alvarenga, no concelho de Arouca, distrito de Aveiro, mantinha duas frentes activas e era combatido por 52 bombeiros apoiados por 15 viaturas.

Em Tibo, no concelho de Arcos de Valdevez, também no distrito de Viana do Castelo, um incêndio em mato que começou pelas 19:26 ficou circunscrito às 20:13, tendo sido enviados para o local 12 bombeiros apoiados por três viaturas, um grupo de análise e uso do fogo e um grupo de reforço para incêndios de Aveiro.

Ao fim da tarde continuava por circunscrever o incêndio no concelho de Monção, distrito de Viana do Castelo, que mobilizava 29 bombeiros com oito viaturas.

O incêndio começou pelas 17:42 numa zona de mato de Tangil e estiveram presentes os dois Beriev Be-200 a operar em território nacional, estando no local o segundo comandante operacional distrital, um grupo de análise e uso do fogo táctico e um grupo de reforço proveniente do Porto.

Durante a tarde um incêndio de grandes dimensões lavrou durante duas horas e meia em Nico, no concelho de Cinfães, distrito de Viseu, levando à mobilização de mais de 150 bombeiros apoiados por 41 viaturas e quatro aerotanques, incluindo os dois Beriev Be-200.

O incêndio que começou pelas 20:00 de domingo em Vale de Pia, no concelho de Torre de Moncorvo, já se foi circunscrito, tendo estado envolvidos no combate 49 bombeiros apoiados por 13 veículos, que demoraram cerca de oito horas a controlar a situação.

Tal como mencionamos anteriormente, a intervenção de meios aéreos pesados em incêndios combatidos por poucas dezenas de bombeiros parece ser a grande novidade deste ano, parecendo repetir-se com regularidade.

Também a presença de especialistas em fogos tácticos tem vindo a repetir-se, sendo esta opção mais interessante e que poderá dar mais frutos do que o recurso contínuo a aeronaves pesadas que poderão brevemente não estar disponíveis.

Se do ponto de vista noticioso tem, efectivamente, sido dado especial relevo aos Beriev, que actuam em situações que, em condições normais, poderiam não justificar este tipo de meio, o recurso a especialistas na análise e no fogo táctico passou relativamente desapercebida, quando será um método que, quando completamente recuperado e posto em prática, terá um maior efeito do que os meios aéreos pesados.

Mais do que a aquisição e o aluguer de material, o "know how" é essencial para melhorar as tácticas de combate e diminuir riscos, sendo este o caminho a seguir.

Seria com agrado que aceitariamos que se sacrificasse um meio pesado, se a mesma verba fosse dispendida em formação de especialistas nas várias corporações de bombeiros, de modo a que em todas elas houvesse elementos com a capacidade para analisar a evolução do fogo e recorrer aos métodos mais adequados à sua contenção, certos de que os resultados desta opção corajosa seriam muito mais duradoros do que os obtidos hoje através de um elevado número de meios aéreos.

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