Cada vez que passa uma mensagem contraditória, com instruções impossíveis de cumprir, ou de cujo seguimento resulta um prejuízo objectivo, sem que se possa verificar qualquer benefício, a autoridade do Estado diminui, dificultando a aceitação das suas directivas e aumentando o crescente clima de revolta, alternativa, ou, possivelmente evolução, da indiferença que já se sentia.
A forma errática, caótica e, ultimamente, incompetente como o Governo tem gerido a pandemia, com erros clamorosos, sobretudo na altura do Natal e passagem de Ano, com decisões a custarem a vida de centenas de portugueses, antecipa problemas que atingem directamente as fundações do estado democrático, bem patentes nas ilegítimas restrições de liberdades constituicionais, que apenas promovem perigosos populismos, cujo número de seguidores aumenta diariamente.
A crise de saúde veio expor o real funcionamento de um Estado que, sendo supostamente democrático, está enredado por uma teia de cumplicidades, baseados em interesses obscuros, e com ligações que vão surgindo de forma mais evidente, sendo cada vês mais óbvio como se forma e exerce o verdadeiro poder em Portugal, fruto de relações perigosas e interesses conflituantes.
Em poucas semanas, defrontamo-nos com uma sucessão de revelações e incidentes que vieram expor de forma particularmente visível o que muitos ainda tentam negar, o facto de vivermos num sistema onde a Constituição e legislação em vigor são ignorados, ou contornados, com maior ou menor habilidade, mas sempre de forma que, mesmo assumindo aparências de legalidade, ou a sua assumpção face à ausência de contestação legal, sem que daí decorram as consequências legalmente previstas.
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