Actualmente, Portugal compete com a Lituânia pelo pouco honroso último lugar, entre os países da Europa comunitária, a dispor de uma rede 5G, considerada por muitos como um instrumento de importância estratégica para o desenvolvimento do País, dadas as inúmeras possibilidades que oferece nos vários sectores da economia, assumindo, igualmente, grande relevância para uso particular.
Depois de estar entre os primeiros países a dispor de redes 3G e 4G, como consequência de um processo de atribuição de frequências desastroso, baseado num leilão com regras absurdas, que apenas pode ser explicado como um misto de irrealismo e incompetência, não se vislumbra um fim para um processo que tinha tudo para correr mal, e para cujo caótico desenrolar a ANACOM foi avisada pelos operadores.
Face às experiências de outros países, e da forma como se desenrolaram concursos anteriores, perante os avisos dos operadores, é inexplicável a forma como a ANACOM conduziu o processo que, não obstante a introdução de alterações durante o seu decurso, do que pode decorrer a sua invalidação judicial, continua a marcar passo, enquanto o clima entre operadores e regulador se degrada diariamente.
Já foram vários os operadores a ameaçar avançar com queixas judiciais ou, o que pode ser ainda mais grave, a reduzir o investimento em Portugal, sobretudo na vertente tecnológica, dando prioridade a outros mercados e estabelecendo parcerias com instituições e universidades de outros países, compromentendo o desenvolvimento de uma importante área tecnológica em Portugal.
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