domingo, maio 07, 2006

Detecção e combate aos incêndios conta com reforço de 1.500 efectivos


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Fogo florestal no Verão de 2005

Entre meios de detecção, primeira intervenção e combate, o dispositivo montado para combater os incêndios florestais tem, este ano, um acréscimo de cerca de 1.500 efectivos relativamente ao ano passado.

Nem todos, contudo, estarão directamente envolvidos no combate às chamas, apesar de ter aumentado o número de bombeiros contratados sazonalmente, dado que a maior parte do acréscimo resulta do reforço em áreas como a logística ou da inclusão neste número dos sapadores florestais.

Também incluido neste dispositivo, está incluido o recém-criado "Grupo de Intervenção, Protecção e Socorro" (GIPS) da GNR, que actuará nos distritos com maior incidências de fogos florestais.

Na fase "Charlie", período de maior risco, entre 1 de Julho e 30 de Setembro, haverá um total de 7.750 homens, entre os quais 5.100 bombeiros, que incluem "Equipas de Combate a Incêndios" (ECI), antes designadas por "Grupos de Primeira Intervenção" (GPI), unidades de apoio logístico, apoio a meios aéreos, grupos de reforço, meios da GNR, equipas do Instituto para a Conservação da Natureza, equipas de empresas de celuloses e sapadores florestais.

Neste efectivo não está contabilizado o contributo das Forças Armadas, que, em média, terão envolvidos cerca de 500 militares, normalmente em missões de patrulha e sensibilização.

A "Directiva Operacional Nacional", que traduz o dispositivo e respectivas ligações operacionais, foi ontem entregue pelo Serviço Nacional de Bombeiros e Protecção Civil (SNBPC) à tutela e será apresentada pelo ministro de Estado e da Administração Interna.

Depois de percorrer todos os distritos do país, numa ronda que termina com Setúbal e Lisboa, António Costa escolheu o Parque das Nações para revelar as principais novidades do dispositivo.

Na verdade, o reforço principal acaba por ser a inclusão das três centenas de elementos do GIPS e uma maior capacidade logística, a que se alia o tão anunciado aumento da capacidade de transporte de água em 43%, de cuja eficácia temos as maiores reservas.

Para além deste aumento, existe uma redefinição do papel dos meios aéreos, que passarão a atacar os incêndios à nascença em vezde serem mantidos como reserva até estes se tornarem incontroláveis, tal como já mencionamos, e que cremos ser uma alteração táctica importante de que poderão resultar melhorias no combate.

No entanto, as inovações não serão tantas quanto seria desejável, pois na área da prevenção, ordenamento e desenvolvimento do Interior pouco ou nada se avançou, esquecendo que os incêndios devem, tanto quanto possível, ser prevenidos e não combatidos.

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