Fogo florestal no Verão de 2005
Nem todos, contudo, estarão directamente envolvidos no combate às chamas, apesar de ter aumentado o número de bombeiros contratados sazonalmente, dado que a maior parte do acréscimo resulta do reforço em áreas como a logística ou da inclusão neste número dos sapadores florestais.
Também incluido neste dispositivo, está incluido o recém-criado "Grupo de Intervenção, Protecção e Socorro" (GIPS) da GNR, que actuará nos distritos com maior incidências de fogos florestais.
Na fase "Charlie", período de maior risco, entre 1 de Julho e 30 de Setembro, haverá um total de 7.750 homens, entre os quais 5.100 bombeiros, que incluem "Equipas de Combate a Incêndios" (ECI), antes designadas por "Grupos de Primeira Intervenção" (GPI), unidades de apoio logístico, apoio a meios aéreos, grupos de reforço, meios da GNR, equipas do Instituto para a Conservação da Natureza, equipas de empresas de celuloses e sapadores florestais.
Neste efectivo não está contabilizado o contributo das Forças Armadas, que, em média, terão envolvidos cerca de 500 militares, normalmente em missões de patrulha e sensibilização.
A "Directiva Operacional Nacional", que traduz o dispositivo e respectivas ligações operacionais, foi ontem entregue pelo Serviço Nacional de Bombeiros e Protecção Civil (SNBPC) à tutela e será apresentada pelo ministro de Estado e da Administração Interna.
Depois de percorrer todos os distritos do país, numa ronda que termina com Setúbal e Lisboa, António Costa escolheu o Parque das Nações para revelar as principais novidades do dispositivo.
Na verdade, o reforço principal acaba por ser a inclusão das três centenas de elementos do GIPS e uma maior capacidade logística, a que se alia o tão anunciado aumento da capacidade de transporte de água em 43%, de cuja eficácia temos as maiores reservas.
Para além deste aumento, existe uma redefinição do papel dos meios aéreos, que passarão a atacar os incêndios à nascença em vezde serem mantidos como reserva até estes se tornarem incontroláveis, tal como já mencionamos, e que cremos ser uma alteração táctica importante de que poderão resultar melhorias no combate.
No entanto, as inovações não serão tantas quanto seria desejável, pois na área da prevenção, ordenamento e desenvolvimento do Interior pouco ou nada se avançou, esquecendo que os incêndios devem, tanto quanto possível, ser prevenidos e não combatidos.
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